Rubia-R x HV-12, com valores <strong>de</strong> CEC <strong>de</strong> 0,62 cm e 0,31 cm, respectivamente (Tabela9). Vale ressaltar que os genitores Quant<strong>um</strong>-R e Rubia-R apresentaram efeitos negativos<strong>de</strong> CGC (Tabela 8), indicando que, para essas combinações, os efeitos gênicos nãoaditivosforam mais importantes, ocorrendo compl<strong>em</strong>entação gênica entre os genitores.Esses resultados divergentes são comuns e ocorreram <strong>em</strong> outros trabalhos, como no <strong>de</strong>SOUZA (2007), que obteve valor negativo <strong>de</strong> CGC para alguns genitores queproduziram híbridos <strong>de</strong> tomate com valor positivo <strong>de</strong> CEC para os caracteres número <strong>de</strong>frutos por planta, largura <strong>de</strong> fruto, espessura <strong>de</strong> polpa e aci<strong>de</strong>z titulável total. O mesmoocorreu para alg<strong>um</strong>as características <strong>de</strong> pimentão produção total <strong>de</strong> frutos por planta ealtura <strong>de</strong> planta, avaliadas por MIRANDA et al. (1988).Para largura média do fruto, os híbridos triplos Rubia-R x HV-12 e P36-R x HV-12 apresentaram os maiores valores <strong>de</strong> CEC, respectivamente, 1,78 mm e 1,64 mm,seguidos <strong>de</strong> Quant<strong>um</strong>-R x HV-12 (0,50 mm) e Platero x HV-12 (0,40 mm) (Tabela 9).Para esse caráter, os genitores Rubia-R e Platero comportaram-se <strong>de</strong> maneira contráriaao esperado, pois apresentaram CGC negativa para esse caráter (Tabela 8), indicandoque, nessas combinações, houve maior importância <strong>de</strong> interações não-aditivas,resultantes da compl<strong>em</strong>entação gênica entre os genitores, corroborando a teoria <strong>de</strong>SPRAGUE & TATUM (1942) e CRUZ & REGAZZI (1997).Os maiores valores positivos <strong>de</strong> CEC para a relação entre o comprimento e alargura do fruto, foram observados nos híbridos Rubia-R x HV-12 e Quant<strong>um</strong>-R x #124,ambos com média 0,019, seguidos por Margarita x HV-12 (0,018), Platero x #124(0,014), P36-R x #124 (0,009) e Quant<strong>um</strong>-R x HV-12 (0,004). Os <strong>de</strong>mais híbridostriplos apresentaram CEC negativas (Tabela 9). Segundo MIRANDA et al. (1988), pelaexigência do mercado brasileiro, a relação entre o comprimento e a largura do fruto<strong>de</strong>ve ficar entre 1,75 e 2,00. Para os autores, a melhor combinação seria o híbridoproduzido a partir do genitor <strong>de</strong> maior efeito da CGC para comprimento <strong>de</strong> fruto com ogenitor <strong>de</strong> mais alto efeito <strong>de</strong> CGC para largura <strong>de</strong> fruto, porém <strong>em</strong> seu trabalho esse“híbrido i<strong>de</strong>al” apresentou baixa estimativa do efeito <strong>de</strong> CEC.Outra ressalva a ser feita ao avaliar a relação entre o comprimento e a largura dofruto é com relação ao significado do valor positivo da CEC para esse caráter. Elesignifica que os híbridos triplos apresentam relação entre comprimento e largura maiordo que a <strong>de</strong> cada genitor antes do <strong>cruzamento</strong>. No entanto, ainda não são híbridos compotencial comercial, pois os que foram obtidos do <strong>cruzamento</strong> com ‘#124’, realmente,tiveram <strong>um</strong> ganho para esse caráter, mas seus frutos ainda são pequenos e pungentes.42
Portanto, esse índice <strong>de</strong>ve estar acompanhado das estimativas da CEC paracomprimento médio do fruto e largura média do fruto.As figuras 3 e 4 ilustram o esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong> formato <strong>de</strong> fruto dosgenitores suscetíveis e resistentes ao oídio e os híbridos triplos resultantes do<strong>cruzamento</strong> entre esses genitores. Observa-se que o híbrido triplo obtido do <strong>cruzamento</strong>com ‘HV-12’ produziu fruto gran<strong>de</strong>, porém, ainda s<strong>em</strong> o tamanho i<strong>de</strong>al para o mercado.Por sua vez, o híbrido triplo proveniente do <strong>cruzamento</strong> com ‘#124’ apresenta frutomuito menor do que aquele resultando do <strong>cruzamento</strong> com HV-12, além <strong>de</strong> serpungente.Os resultados <strong>de</strong> CEC referentes à espessura <strong>de</strong> polpa não foram discutidos pelofato <strong>de</strong>ssa característica não ter sido significativa a 5 % pelo teste F na análise <strong>de</strong>variância do dialelo <strong>parcial</strong> (Tabela 7).Em geral, todos os híbridos triplos combinados com a pimenta #124,apresentaram CEC negativas para todos os caracteres avaliados, exceto para relaçãoentre comprimento e largura do fruto, que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada com ressalva, conformediscutido acima. O híbrido P36-R x HV-12 apresentou CEC com efeito positivo e altopara os caracteres peso médio do fruto, comprimento médio do fruto e largura média dofruto. O bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> ‘P36-R’ era esperado, já que foi consi<strong>de</strong>rado, pelasestimativas da CGC, <strong>um</strong> dos melhores combinadores. Os híbridos triplos Quant<strong>um</strong>-R xHV-12 e Rubia-R x HV-12 apresentaram efeito <strong>de</strong> CEC contrário ao esperado, <strong>de</strong>acordo com suas CGC, indicando que houve maior influência <strong>de</strong> genes <strong>de</strong> efeitos nãoaditivosnessas combinações, <strong>de</strong>stacando-as como híbridos com potencial superior,juntamente com P36-R x HV-12. ‘Platero’ foi consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> bom combinador <strong>de</strong>acordo com sua CGC, mas apresentou efeito contrário quando utilizado <strong>em</strong> hibridações.MIRANDA et al. (1988) obtiveram resultados s<strong>em</strong>elhantes para a característica númerototal <strong>de</strong> frutos por planta. Nos dois <strong>cruzamento</strong>s <strong>em</strong> que participou (Platero x HV-12 ePlatero x #124) sua CEC foi negativa para todos os caracteres, exceto para largura dofruto no <strong>cruzamento</strong> com ‘HV-12’, indicando que, para ‘Platero’, os efeitos gênicosaditivos tiveram maior influência sobre os caracteres estudados.43
- Page 2 and 3: INSTITUTO AGRONÔMICOCURSO DE PÓS-
- Page 4 and 5: À minha querida família,ao Thiago
- Page 6 and 7: SUMÁRIOÍNDICE DE TABELAS ........
- Page 8 and 9: ÍNDICE DE FIGURASFigura 1 - Esquem
- Page 10 and 11: MARCHESAN, Cristina Bambozzi. Genet
- Page 12 and 13: Com o aparecimento do oídio nas pl
- Page 14 and 15: Apesar de ser considerada uma plant
- Page 16 and 17: (2003), afirmaram que pode existir
- Page 18 and 19: primeira hipótese é que tenha sid
- Page 20 and 21: CAFÉ FILHO et al. (2001) avaliaram
- Page 22 and 23: A desvantagem da utilização de h
- Page 24 and 25: Com relação à maneira de obter a
- Page 26 and 27: que se refere ao cruzamento de indi
- Page 28 and 29: Pimentão Quantum-R - Híbrido F 1
- Page 30 and 31: Para o controle preventivo de doen
- Page 32 and 33: Figura 2 - Escala de notas de 1 a 5
- Page 34 and 35: Y ij = µ + t i + b j + ε ijSendo:
- Page 36 and 37: Tabela 3 - Esquema de ANAVA para ca
- Page 38 and 39: Tabela 4 - Quadrados médios da an
- Page 40 and 41: Tabela 6 - Porcentagens de número
- Page 42 and 43: trabalho utilizaram-se variedades n
- Page 44 and 45: Para frutos com três lóculos, des
- Page 46 and 47: trabalho, foram observados tanto ef
- Page 48 and 49: programas de melhoramento genético
- Page 50 and 51: al. (1988) que avaliando a capacida
- Page 54 and 55: Figura 3 - Esquemas de cruzamentos:
- Page 56 and 57: as avaliações (Figura 6). BLAT et
- Page 58 and 59: Segundo REUVENI et al. (1976) e REU
- Page 60 and 61: Os híbridos triplos apresentaram u
- Page 62 and 63: 5 CONCLUSÕESPara as condições em
- Page 64 and 65: CAFÉ FILHO, A.C., COELHO, M.V.S.;
- Page 66 and 67: KUROZAWA, C.; BARBOSA, V. Ocorrênc
- Page 68 and 69: SAKATA http://www.sakata.com.br/ind
- Page 70: 7 ANEXOSAnexo I - Análise de solo