programas <strong>de</strong> melhoramento genético cujo objetivo seja a seleção <strong>de</strong> híbridos ou <strong>de</strong>novas linhagens puras <strong>em</strong> gerações avançadas, no caso <strong>de</strong> espécies autógamas.Os efeitos da CGC do grupo II não foram analisados, pois pela restrição domo<strong>de</strong>lo adotado a somatória dos g j iguala-se a zero.Para todos os caracteres avaliados, que são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na cultura dopimentão por estar<strong>em</strong> ligados à qualida<strong>de</strong> do fruto, é possível afirmar que os efeitos dacapacida<strong>de</strong> geral <strong>de</strong> combinação do grupo I <strong>de</strong> cada linhag<strong>em</strong> apresenta comportamentodiferencial entre elas (Tabela 8).Os genitores Platero e P36-R apresentaram as maiores magnitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> efeitospositivos da CGC para peso médio do fruto e comprimento médio do frutocontribuindo, respectivamente, com g i <strong>de</strong> 1,35 g e 0,14 cm para ‘Platero’ e 5,85 g e 0,30cm para ‘P36-R’, nos <strong>cruzamento</strong>s <strong>em</strong> que os mesmos participaram. Os <strong>de</strong>maisgenitores apresentaram valores negativos <strong>de</strong> g i para os dois caracteres sendo o maiorvalor, <strong>de</strong> -3,10 g, para peso médio do fruto e -0,35 cm para comprimento do fruto,ambos do genitor Rubia-R, o qual contribuiu no sentido <strong>de</strong> reduzir a importância <strong>de</strong>ssescaracteres nos <strong>cruzamento</strong>s <strong>em</strong> que participou. Com relação à CGC, GONZÁLEZ et al.(2004), <strong>em</strong> <strong>um</strong> <strong>cruzamento</strong> dialélico <strong>de</strong> pimenta do tipo Serrano, obtiveram os valores<strong>de</strong> 0,9336 g e 0,5925, respectivamente, para peso médio e comprimento do fruto domelhor genitor .Em relação ao caráter largura média do fruto, o genitor P36-R apresentou maiorestimativa positiva <strong>de</strong> g i contribuindo com <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento médio <strong>de</strong> 1,44 mm, seguido <strong>de</strong>‘Quant<strong>um</strong>-R’, com 0,46 mm. Os <strong>de</strong>mais genitores f<strong>em</strong>ininos apresentaram efeitosnegativos, <strong>de</strong>stacando-se a do genitor Rubia-R, com -1,31 mm, levando à diminuição dalargura dos frutos nos <strong>cruzamento</strong>s <strong>em</strong> que participou.Para a relação entre comprimento e largura do fruto, estimativas positivas foramapresentadas por ‘Platero’ (0,007) e ‘Margarita’ (0,002), <strong>em</strong>bora com valores muitobaixos. Em contrapartida, os genitores que apresentaram os maiores valores negativosforam Quant<strong>um</strong>-R e P36-R, ambos com -0,003.38
Tabela 8 - Estimativas dos efeitos da capacida<strong>de</strong> geral <strong>de</strong> combinação (g i ) do grupo Irelativas a cinco caracteres <strong>de</strong> frutos <strong>de</strong> cinco genótipos <strong>de</strong> pimentão utilizados comogenitores f<strong>em</strong>ininos. Campinas-SP. 2007.Caráter (1)GenitorPF (g) CF (cm) LF (mm) C/L EP (mm)Quant<strong>um</strong>-R g (1) -1,25 -0,03 0,46 -0,003 0,03Rubia-R g (2) -3,10 -0,35 -1,31 -0,002 -0,06Platero g (3) 1,35 0,14 -0,42 0,007 0,15Margarita g (4) -2,84 -0,06 -0,17 0,002 -0,07P36-R g (5) 5,85 0,30 1,44 -0,003 -0,05DPg (i) 1,65 0,13 0,35 0,002 0,03(1)PF = peso médio do fruto; CF = comprimento médio do fruto; LF = largura média do fruto; C/L =relação entre comprimento e largura do fruto; EP = espessura da polpa;Quanto ao caráter espessura <strong>de</strong> polpa, ‘Quant<strong>um</strong>-R’ e ‘Platero’ apresentaram osmaiores valores positivos, respectivamente, 0,03 mm e 0,15 mm. Os resultados mostramque esses dois genitores são os mais indicados para a produção <strong>de</strong> híbridos quando oobjetivo é o <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar a espessura <strong>de</strong> polpa. Já os <strong>de</strong>mais genitores apresentaramvalores negativos, <strong>de</strong>stacando-se ‘Margarita’ com a maior contribuição negativa, que foi<strong>de</strong> -0,07 mm.As estimativas <strong>de</strong> CGC do grupo I, para todos os genótipos e todas ascaracterísticas avaliadas, evi<strong>de</strong>nciam a gran<strong>de</strong> variação existente na população utilizada.Essa constatação expressa o cuidado que o melhorista <strong>de</strong>ve ter na escolha a<strong>de</strong>quada dosgenitores <strong>em</strong> <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> melhoramento, ainda mais quando se preten<strong>de</strong> melhorarvárias características simultaneamente. Na prática, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre isso é possível, como seobserva na tabela 8 <strong>em</strong> que, nenh<strong>um</strong> dos genótipos revelou boa CGC para todos oscaracteres avaliados. Em todo caso, <strong>de</strong>ve-se preferir aqueles genótipos que apresentarammaior CGC para os principais caracteres <strong>de</strong> valor econômico para a cultura. Háex<strong>em</strong>plos na literatura <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> estudo da capacida<strong>de</strong> combinatória que tambémnão apresentaram efeito positivo <strong>de</strong> CGC para todos os caracteres avaliados, como os <strong>de</strong>AHMED et al. (2003) que avaliando os componentes <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>um</strong> dialelo <strong>parcial</strong><strong>de</strong> pimentão, notaram que para o efeito da CGC <strong>de</strong> três genitores se <strong>de</strong>stacaram comosendo bons combinadores gerais para a maioria das características avaliadas,principalmente, para produção total e para características <strong>de</strong> produção; e MIRANDA et39
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