Os híbridos triplos apresentaram <strong>um</strong> perfil intermediário <strong>de</strong> reação ao patógeno,mantendo as notas <strong>de</strong> sintomas entre 3 e 4 (Tabela 11), concordando com SHIFRISS etal. (1992) e BLAT et al. (2005a,b), porém esses avaliaram híbridos simples. As figuras5 e 6 mostram o progresso mais lento e gradual da doença para os híbridos triplos, osquais atingiram notas próximas <strong>de</strong> cinco somente na última avaliação, enquanto que osgenitores f<strong>em</strong>ininos suscetíveis rapidamente chegaram à nota máxima <strong>de</strong> sintomas.Segundo DAUBEZE et al. (1995), o retardamento na expressão <strong>de</strong>suscetibilida<strong>de</strong> sugere que a expressão dos genes <strong>de</strong> resistência seja incompleta ou <strong>de</strong>resistência <strong>parcial</strong> e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ocorrência <strong>de</strong> infecção secundária. Convém <strong>de</strong>stacarque a avaliação precoce po<strong>de</strong> revelar fenótipos com reações intermediárias, massomente na avaliação tardia é que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar e i<strong>de</strong>ntificar genótipos altamenteresistentes, como HV-12.BLAT et al. (2005b), estudando a herança da reação <strong>de</strong> C. annu<strong>um</strong> ao oídio,<strong>de</strong>terminaram que a resistência t<strong>em</strong> herança oligogênica, governada por pelo menosquatro pares <strong>de</strong> genes recessivos com efeitos <strong>de</strong> dominância e epistasia, concordandocom os resultados obtidos por SHIFRISS et al. (1992) e DAUBEZE et al. (1995).Segundo BLAT (2004) e VAN DER PLANK (1968), quando se t<strong>em</strong> herançaoligogênica, o número <strong>de</strong> gerações <strong>de</strong> seleção para a obtenção <strong>de</strong> homozigose é maior,porém essas resistências são duráveis e mais difíceis <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> superadas pelosurgimento <strong>de</strong> raças mais patogênicas. Assim, a melhor estratégia para o melhoramentoseria fazer vários retro<strong>cruzamento</strong>s com o genitor resistente, para a<strong>um</strong>entar a freqüênciados genes favoráveis <strong>de</strong> resistência ao oídio e, posteriormente, selecionar para qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> fruto. Por essa herança ser recessiva, o método <strong>de</strong> seleção é mais eficiente, pois aoselecionar plantas resistentes, automaticamente o melhorista estará escolhendo plantashomozigóticas.Essa reação intermediária po<strong>de</strong> ser valiosa no controle integrado do oídio se forassociado com o uso <strong>de</strong> fungicidas mo<strong>de</strong>rnos mais eficientes e <strong>de</strong> menor classetoxicológica e/ou alguns métodos alternativos <strong>de</strong> controle como leite <strong>de</strong> vaca,bicarbonato <strong>de</strong> sódio, fosfato monopotássico e microrganismos antagônicos (BLAT,2004).Os híbridos triplos Quant<strong>um</strong>-R x HV-12, Quant<strong>um</strong>-R x #124 e Rubia-R x #124<strong>de</strong>stacaram-se por apresentar notas <strong>de</strong> sintomas s<strong>em</strong>pre abaixo da média dos <strong>de</strong>maishíbridos triplos (Figuras 2, 3, 4 e 5).50
6Nota54321HV-12Genitores suscetíveisQuant<strong>um</strong>-R x HV-12Rubia-R x HV-12Platero x HV-12Margarita x HV-12P36-R x HV-1201ª 2ª 3ª 4ªAvaliaçãoFigura 4 - Progresso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos sintomas <strong>de</strong> oídio (Leveillula taurica) <strong>em</strong>plantas <strong>de</strong> híbridos triplos <strong>de</strong> pimentão usando ‘HV-12’ como genitor resistente.Campinas-SP. 2007.65Nota4321#124Genitores suscetíveisQuant<strong>um</strong>-R x #124Rubia-R x #124Platero x #124Margarita x #124P36-R x #12401ª 2ª 3ª 4ªAvaliaçãoFigura 5 - Progresso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos sintomas <strong>de</strong> oídio (Leveillula taurica) <strong>em</strong>plantas <strong>de</strong> híbridos triplos <strong>de</strong> pimentão usando ‘#124’ como genitor resistente.Campinas-SP. 2007.51
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