CAFÉ FILHO et al. (2001) avaliaram 162 genótipos do gênero Capsic<strong>um</strong>, dosquais 8,5 % foram imunes ou altamente resistentes, 18 % resistentes, 15 %mo<strong>de</strong>radamente resistentes, 15,5 % mo<strong>de</strong>radamente suscetíveis e 43 % altamentesuscetíveis a L. taurica. Entre os materiais resistentes, quase todos pertenciam àsespécies C. baccat<strong>um</strong>, C. chinense e C. frutescens. Os autores também examinaram onível <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong>ssa amostra, e os resultados indicaram a existência <strong>de</strong> <strong>um</strong>avariação contínua quanto à reação <strong>de</strong> resistência e suscetibilida<strong>de</strong>, sugerindo aexistência <strong>de</strong> resistência horizontal.SOUZA & CAFÉ FILHO (2003) avaliaram a reação a L. taurica <strong>em</strong> acessos doBanco <strong>de</strong> Germoplasma <strong>de</strong> Capsic<strong>um</strong> da Embrapa Hortaliças, além <strong>de</strong> híbridos evarieda<strong>de</strong>s comerciais. I<strong>de</strong>ntificaram-se oito acessos imunes: HV-12, 4638 e pimentascomo ABE (CNPH 36), Kurimoto (CNPH 38), Nélio Fina 2 (CNPH 52), Escabeche(CNPH 279) e malagueta (CNPH 288). Notou-se que, <strong>em</strong> C. annu<strong>um</strong>, 70 % dosgenótipos foram mo<strong>de</strong>radamente suscetíveis ao patógeno e, nas espécies C. baccat<strong>um</strong>,C. chinense e C. frutescens, os resultados foram inversos, ocorrendo maior número <strong>de</strong>acessos resistentes. Houve variação no período <strong>de</strong> latência da doença <strong>em</strong> genótiposcomerciais <strong>de</strong> pimentão, indicando diversos níveis <strong>de</strong> resistência poligênica.LIMA et al. (2004), visando i<strong>de</strong>ntificar fontes <strong>de</strong> resistência <strong>em</strong> Capsic<strong>um</strong> aooídio (L. taurica) <strong>em</strong> telado e casa <strong>de</strong> vegetação, testaram 104 genótipos inoculando-oscom <strong>um</strong>a suspensão <strong>de</strong> conídios <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> telado, além da infestação natural <strong>em</strong>casa <strong>de</strong> vegetação. Cerca <strong>de</strong> 68 % dos genótipos avaliados no telado foram altamentesuscetíveis (AS), 8,7 % mo<strong>de</strong>radamente suscetíveis (MS), 7,8 % mo<strong>de</strong>radamenteresistentes (MR), 11,5 % resistentes (R) e 4 % altamente resistentes (AR). Dosgenótipos avaliados na casa <strong>de</strong> vegetação, 56 % foram AS, 16 % MS, 11 % MR, 10 % Re 8 % AR.BLAT et al. (2005a), avaliaram a reação <strong>de</strong> acessos <strong>de</strong> pimentão e pimentas a L.taurica <strong>em</strong> 156 acessos do Banco <strong>de</strong> Germoplasma <strong>de</strong> Capsic<strong>um</strong> da USP/ESALQ. Aavaliação foi feita por meio da escala <strong>de</strong> notas proposta por ULLASA et al. (1981) quevaria <strong>de</strong> 1 (resistente) a 5 (altamente suscetível). Dos acessos testados, 53 foramresistentes, sendo cinco <strong>de</strong> C. annu<strong>um</strong>, 31 <strong>de</strong> C. baccat<strong>um</strong> e 17 <strong>de</strong> C. chinense. Dentreos acessos <strong>de</strong> C. annu<strong>um</strong>, o dihaplói<strong>de</strong> HV-12 foi o mais resistente e as varieda<strong>de</strong>s #124e Chilli foram as duas novas fontes <strong>de</strong> resistência encontradas, apresentando reação <strong>de</strong>hipersensibilida<strong>de</strong> ao patógeno. Os acessos resistentes <strong>de</strong> C. baccat<strong>um</strong> e C. chinenseapresentaram <strong>de</strong>foliação como conseqüência do mecanismo <strong>de</strong> hipersensibilida<strong>de</strong>.10
BLAT et al. (2005b), com o objetivo <strong>de</strong> estudar a herança da reação <strong>de</strong> C.annu<strong>um</strong> ao oídio (L. taurica), cruzaram três progenitores resistentes e homozigóticos(HV-12, Chilli e #124) com três suscetíveis (609, 442 e 428) e obtiveram sete híbridos(HV-12 ´ 609, 442 ´ HV-12, 428 ´ HV-12, Chilli ´ 609, #124 ´ 609, Chilli ´ HV-12 e#124 ´ HV-12) e sua gerações F 2 . A epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> oídio ocorreu <strong>de</strong> maneira natural apartir <strong>de</strong> inóculo mantido <strong>em</strong> plantas <strong>de</strong> pimentão suscetíveis. As avaliações das reaçõesao oídio foram feitas na fase <strong>de</strong> frutificação, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a escala <strong>de</strong> notas <strong>de</strong> 1(resistente) a 5 (altamente suscetível). Foram estimados, os números <strong>de</strong> locos, açãogênica, coeficiente <strong>de</strong> herdabilida<strong>de</strong>, ganho <strong>de</strong> seleção esperado e o progressoobservado <strong>em</strong> F 3 e possíveis relações <strong>de</strong> alelismo entre os genes que governam aresistência. O <strong>cruzamento</strong> HV-12 ´ 609 foi o único <strong>em</strong> que a reação <strong>de</strong> resistênciamostrou ausência <strong>de</strong> dominância. Nos <strong>de</strong>mais <strong>cruzamento</strong>s, <strong>de</strong>tectaram-se efeitosdominantes e epistáticos. A herança foi caracterizada como sendo governada por, nomínimo, quatro pares <strong>de</strong> genes. As herdabilida<strong>de</strong>s e ganhos <strong>de</strong> seleção estimados foramaltos. O mecanismo <strong>de</strong> resistência dos progenitores resistentes #124, Chilli e HV-12mostraram diferenças <strong>de</strong> expressão e natureza genética.Levando-se <strong>em</strong> conta que o cultivo protegido <strong>de</strong> pimentão no Brasil é importantee crescente, a incorporação <strong>de</strong> genes que confer<strong>em</strong> resistência ao oídio é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância para a manutenção <strong>de</strong>sse sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> cultivo.2.5 Híbridos F 1É necessário dar atenção aos estudos genéticos dos caracteres agronômicos,como forma <strong>de</strong> avaliar o potencial genético dos genitores para produzir <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntessuperiores e <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar a eficiência dos métodos <strong>de</strong> melhoramento (TAVARES et al.,1999).Segundo MIRANDA & CASALI (1988), o vigor híbrido ou híbrido F 1 é amelhor opção para o melhoramento <strong>de</strong> pimentão <strong>em</strong> curto prazo, <strong>em</strong> razão do alto nível<strong>de</strong> heterose observada para produção por planta <strong>em</strong> pimentão.As vantagens <strong>de</strong> se utilizar híbridos F 1 estão fundamentadas na combinação <strong>de</strong>diferentes caracteres qualitativos e quantitativos. Em hortaliças, as vantagens estãorelacionadas à maior uniformida<strong>de</strong>, vigor da planta, homeostase, maturação precoce,resistência a patógenos, a<strong>um</strong>ento da qualida<strong>de</strong> e do rendimento, garantindo o retorno doinvestimento (MIRANDA & CASALI, 1988; MALUF, 2001).11
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