A <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong> da utilização <strong>de</strong> híbridos F 1 <strong>de</strong> pimentão é <strong>de</strong>vido ao alto custoda produção <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes, que envolve o processo manual <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>s controlados.No entanto, vários trabalhos sobre heterose vêm mostrando as vantagens <strong>de</strong> se utilizarpimentões híbridos (MIRANDA, 1987; TAVARES, 1993; MELO, 1997; MALUF,2001; SILVA, 2002).Os híbridos triplos possu<strong>em</strong> potencial produtivo equivalente aos híbridossimples (PATERNIANI et al., 2006; PATERNIANI et al., 2002), mas não sãoagronomicamente uniformes, o que po<strong>de</strong> causar certa resistência dos produtores <strong>em</strong>utilizá-los (WITCOMBE & HASH, 1999). Ele é muito usado para a<strong>um</strong>entar ourecuperar a base genética <strong>de</strong> cultivares já <strong>de</strong>finhadas (RAI et al., 2000), a<strong>um</strong>entar ouintroduzir resistência a <strong>de</strong>terminado patógeno ou genes <strong>de</strong> resistência (WITCOMBE &HASH, 1999; RAI et al., 2000), porém, o custo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes é alto e suaobtenção é mais complexa e <strong>de</strong>morada <strong>em</strong> relação aos híbridos simples (WITCOMBE& HASH, 1999).A macho-esterilida<strong>de</strong> é <strong>um</strong>a estratégia útil na obtenção <strong>de</strong> híbridos F 1 , poiseliminaria a etapa <strong>de</strong> <strong>em</strong>asculação individual das flores, assim, barateando o custo <strong>de</strong>produção. No entanto, as s<strong>em</strong>entes não são comercializadas, pois estas não s<strong>em</strong>ostraram suficient<strong>em</strong>ente confiáveis ou controláveis (POULOS, 1994;PICKERSGILL, 1997).Alguns requisitos para a utilização <strong>de</strong> híbridos F 1 são necessários: 1) o produtocomercial <strong>de</strong>ve ter alto valor; 2) o gasto <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes por hectare <strong>de</strong>ve ser baixo; 3)<strong>de</strong>ve-se dispor <strong>de</strong> várias cultivares fixadas e com características agronômicas<strong>de</strong>sejáveis; 4) os agricultores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> fazer uso <strong>de</strong> técnicas mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> cultivo; 5) ocusto <strong>de</strong> produção da s<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>ve ser o menor possível (MIRANDA & CASALI,1988; MALUF, 2001).2.6 Cruzamento DialélicoO conceito <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>s dialélicos foi apresentado por HAYMAN (1954) eGRIFFING (1956) e representa <strong>um</strong>a técnica muito importante para o melhoramento <strong>de</strong>plantas, <strong>um</strong>a vez que possibilita a recombinação da variabilida<strong>de</strong> disponível, permitindoa obtenção <strong>de</strong> novos genótipos.A análise <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>s dialélicos é <strong>um</strong> método com<strong>um</strong>ente utilizado nainvestigação <strong>de</strong> caracteres quantitativos no melhoramento vegetal. Sua utilização t<strong>em</strong>orig<strong>em</strong> a partir do <strong>de</strong>senvolvimento dos conceitos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s geral e específica <strong>de</strong>12
combinação, estabelecidos por SPRAGUE & TATUM (1942). O primeiro esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong>análise <strong>de</strong> variância para tabelas dialélicas foi apresentado por YATES (1947).Em programas <strong>de</strong> melhoramento é indispensável o conhecimento doscomponentes da capacida<strong>de</strong> combinatória na escolha <strong>de</strong> genitores geneticamentedivergentes envolvidos <strong>em</strong> esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>, sobretudo quando se <strong>de</strong>sejai<strong>de</strong>ntificar híbridos promissores e/ou <strong>de</strong>senvolver linhagens superiores a partir <strong>de</strong>les(ALLARD, 1956).A capacida<strong>de</strong> combinatória refere-se ao comportamento <strong>de</strong> linhagens oucultivares quando são usadas <strong>em</strong> combinações híbridas <strong>em</strong> <strong>um</strong> ou <strong>em</strong> vários sentidos,entre si. Associa-se com esse conceito a capacida<strong>de</strong> transgressiva dos genótipos e aresposta heterótica dos mesmos (SPRAGUE & TATUM, 1942).A estratégia a ser adotada <strong>em</strong> <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da análisegenética dos caracteres, pois isso leva a <strong>um</strong> melhor conhecimento das relações entre osgenitores envolvidos <strong>em</strong> <strong>cruzamento</strong>s, que po<strong>de</strong>m ser úteis na escolha a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>métodos <strong>de</strong> melhoramento e seleção a ser<strong>em</strong> <strong>em</strong>pregadas, b<strong>em</strong> como na visualização dopotencial genético <strong>de</strong> futuras linhagens (CRUZ & REGAZZI, 1997). Deve-se daratenção aos estudos genéticos dos caracteres agronômicos, como forma <strong>de</strong> avaliar opotencial genético dos genitores <strong>de</strong> produzir <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes melhores e <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar aeficiência dos métodos <strong>de</strong> melhoramento (TAVARES et al., 1999).Normalmente, a obtenção <strong>de</strong> híbridos experimentais é feita a partir <strong>de</strong><strong>cruzamento</strong>s entre diversas linhagens <strong>em</strong> <strong>um</strong> esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>sdialélicos, ou seja, quando se realizam todos os <strong>cruzamento</strong>s possíveis entre <strong>um</strong>conjunto <strong>de</strong> n linhagens (MIRANDA & GORGULHO, 2001).O método <strong>de</strong> GRIFFING (1956) foi <strong>de</strong>senvolvido para avaliar a capacida<strong>de</strong> geral<strong>de</strong> combinação (CGC) e a capacida<strong>de</strong> específica <strong>de</strong> combinação (CEC) dos genótiposprovenientes <strong>de</strong> <strong>cruzamento</strong>s dialélicos. O método experimental po<strong>de</strong> variar se aslinhagens genitoras ou os <strong>cruzamento</strong>s recíprocos são incluídos, apresentando quatropossíveis métodos experimentais, on<strong>de</strong> cada método requer <strong>um</strong>a forma diferente <strong>de</strong>análise. No método 1 são incluídos os genitores, <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> híbridos F 1 ’s e seusrecíprocos (todas as p 2 combinações); o método 2 inclui os genitores e os híbridos F 1 ’s,s<strong>em</strong> os recíprocos ([p(p+1)]/2 combinações); no método 3 consi<strong>de</strong>ram-se os híbridosF 1 ’s e seus recíprocos, s<strong>em</strong> os genitores ([p(p+1)] combinações); e, no método 4, sãoincluídos somente os híbridos F 1 ’s, s<strong>em</strong> recíprocos e genitores ([p(p-1)]/2combinações).13
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