Para frutos com três lóculos, <strong>de</strong>stacaram-se os genitores comerciais e todos híbridostriplos obtidos pela hibridação <strong>de</strong>sses genitores com ‘HV-12’. Os maiores valoresobservados foram para o híbrido triplo Quant<strong>um</strong>-R x HV-12 e para o genitor P36-R,respectivamente, 71,57 % e 62,79 %. Dos frutos com quatro lóculos, <strong>de</strong>stacaram-se osgenitores comerciais e os híbridos triplos oriundos do <strong>cruzamento</strong> com ‘HV-12’. Esseresultado chamou a atenção já que a presença <strong>de</strong> quatro lóculos é <strong>um</strong>a característica<strong>de</strong>sejável nas cultivares mo<strong>de</strong>rnas, pois está relacionada com frutos retangulares ouquadrados os quais, por ser<strong>em</strong> uniformes, facilitam o seu arranjo nas caixas e nasgôndolas dos supermercados. No presente estudo, observou-se que todos os híbridostriplos obtidos entre os híbridos comerciais e ‘HV-12’ produziram maior porcentag<strong>em</strong><strong>de</strong> frutos com três lóculos. Em gerações avançadas, os frutos com quatro lóculos obtidosa partir dos híbridos triplos obtidos nesse trabalho po<strong>de</strong>m ser selecionados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> queapresent<strong>em</strong> resistência ao oídio.Os valores <strong>de</strong> heterose para número <strong>de</strong> lóculos por fruto foram baixos (Tabela6), sendo positivos somente para os híbridos triplos Quant<strong>um</strong>-R x HV-12 (0,89 %) ePlatero x HV-12 (1,77 %). Resultados s<strong>em</strong>elhantes foram obtidos por MIRANDA(1987) e SILVA (2002).Nesse trabalho, preferiu-se avaliar o número <strong>de</strong> lóculos por classe e não pormédia, pois essa característica está relacionada com o formato do fruto, que é o caráter<strong>de</strong> maior interesse. A média, <strong>em</strong> si, não contribui para que se possam selecionargenótipos com número <strong>de</strong>sejável <strong>de</strong> lóculos. Por outro lado, a seleção é facilitadaquando se conhece a porcentag<strong>em</strong> <strong>de</strong> frutos para cada número <strong>de</strong> lóculo. Auniformida<strong>de</strong> dos frutos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, principalmente, do número <strong>de</strong> lóculos que, por suavez, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da biologia floral e a cavida<strong>de</strong> varia <strong>de</strong> acordo com o tamanho do fruto.A inserção peduncular também foi dividida <strong>em</strong> três classes, segundoclassificação utilizada por MELO (1997), obtendo-se as porcentagens <strong>de</strong> indivíduos <strong>em</strong>cada <strong>um</strong>a e os resultados encontram-se na tabela 6. A fonte <strong>de</strong> resistência #124apresentou 100 % <strong>de</strong> frutos com inserção peduncular classificada como extrudida. Essacaracterística paterna mostrou-se presente nas combinações híbridas <strong>em</strong> que fez parte ese relaciona com a presença <strong>de</strong> apenas <strong>um</strong> lóculo por fruto, com<strong>um</strong> entre as pimentas.Por sua vez, ’HV-12’ produziu 100 % <strong>de</strong> frutos com inserção plana, caráter transmitidocom predominância para os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, com porcentagens que variaram <strong>de</strong> 65,35 %para o híbrido triplo Platero x HV-12, a 91,79 % para a combinação Rubia-R x HV-12.A inserção plana se manifesta quando os frutos apresentam dois a três lóculos por fruto.34
Quanto aos genitores f<strong>em</strong>ininos, formados pelos híbridos comerciais, houve predomínio<strong>de</strong> inserção funda nos frutos, a qual se relaciona com frutos que apresentam entre três equatro lóculos.Os valores <strong>de</strong> heterose (H mp ) para a inserção peduncular foram negativos paratodos os híbridos triplos avaliados (Tabela 6). Em relação à inserção peduncular, o frutoi<strong>de</strong>al é aquele com inserção plana, a qual impe<strong>de</strong> o acúmulo <strong>de</strong> água que po<strong>de</strong> levar aoapodrecimento do fruto pela presença <strong>de</strong> patógenos oportunistas. No entanto, é com<strong>um</strong>a presença <strong>de</strong> inserção funda nos híbridos mo<strong>de</strong>rnos formados por frutos quadrados ouretangulares, mostrando <strong>um</strong>a seleção negativa para esse caráter. No presente trabalho,esse caráter foi estimado com o objetivo <strong>de</strong> avaliar a aparência dos frutos <strong>de</strong>vido àdiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> inserção do pedúnculo entre os genitores. O caráter inserçãopeduncular não <strong>de</strong>ve ser avaliado isoladamente <strong>de</strong>vido a sua relação com o número <strong>de</strong>lóculos, o formato do fruto e a espessura da polpa.4.3 Análise Dialélica Parcial4.3.1 Análise <strong>de</strong> variânciaOs quadrados médios associados a CGC e CEC estão s<strong>um</strong>arizados na tabela 7.Os valores dos quadrados médios referentes aos tratamentos, aos grupos, à CGC dogrupo II e à CEC foram altamente significativos para todos os caracteres avaliados, comexceção da espessura <strong>de</strong> polpa, que não foi significativa para CEC. Para a CGC dogrupo I, os caracteres peso médio do fruto, largura média do fruto e espessura da polpativeram significância a 1 %, e comprimento médio do fruto e relação entre comprimentoe largura do fruto foram significativos a 5 %, pelo teste F. Esses valores significativosreflet<strong>em</strong> a existência <strong>de</strong> diferenças reais entre os efeitos da CGC e da CEC, entre ostratamentos e grupos. Igualmente aos resultados obtidos nesse trabalho, MIRANDA etal. (1988) avaliando a capacida<strong>de</strong> combinatória <strong>de</strong> <strong>um</strong> dialelo <strong>em</strong> pimentão, observaramdiferença significativa para CGC e CEC para os caracteres peso médio do fruto,comprimento do fruto, largura do fruto, relação entre comprimento e largura do fruto,número <strong>de</strong> lóculo. Já GOMIDE et al. (2003), avaliando outros caracteres observaramque a CGC foi significativa para todas as características avaliadas (produção precoce,produção total e massa do fruto), ao passo que a CEC foi importante apenas para aprodução total. AHMED et al. (2003) avaliando a ação gênica e a capacida<strong>de</strong>combinatória <strong>em</strong> pimentão verificaram, diferent<strong>em</strong>ente do trabalho atual, a ocorrênciaapenas <strong>de</strong> efeitos não-aditivos para peso e largura do fruto, enquanto que, no presente35
- Page 2 and 3: INSTITUTO AGRONÔMICOCURSO DE PÓS-
- Page 4 and 5: À minha querida família,ao Thiago
- Page 6 and 7: SUMÁRIOÍNDICE DE TABELAS ........
- Page 8 and 9: ÍNDICE DE FIGURASFigura 1 - Esquem
- Page 10 and 11: MARCHESAN, Cristina Bambozzi. Genet
- Page 12 and 13: Com o aparecimento do oídio nas pl
- Page 14 and 15: Apesar de ser considerada uma plant
- Page 16 and 17: (2003), afirmaram que pode existir
- Page 18 and 19: primeira hipótese é que tenha sid
- Page 20 and 21: CAFÉ FILHO et al. (2001) avaliaram
- Page 22 and 23: A desvantagem da utilização de h
- Page 24 and 25: Com relação à maneira de obter a
- Page 26 and 27: que se refere ao cruzamento de indi
- Page 28 and 29: Pimentão Quantum-R - Híbrido F 1
- Page 30 and 31: Para o controle preventivo de doen
- Page 32 and 33: Figura 2 - Escala de notas de 1 a 5
- Page 34 and 35: Y ij = µ + t i + b j + ε ijSendo:
- Page 36 and 37: Tabela 3 - Esquema de ANAVA para ca
- Page 38 and 39: Tabela 4 - Quadrados médios da an
- Page 40 and 41: Tabela 6 - Porcentagens de número
- Page 42 and 43: trabalho utilizaram-se variedades n
- Page 46 and 47: trabalho, foram observados tanto ef
- Page 48 and 49: programas de melhoramento genético
- Page 50 and 51: al. (1988) que avaliando a capacida
- Page 52 and 53: Rubia-R x HV-12, com valores de CEC
- Page 54 and 55: Figura 3 - Esquemas de cruzamentos:
- Page 56 and 57: as avaliações (Figura 6). BLAT et
- Page 58 and 59: Segundo REUVENI et al. (1976) e REU
- Page 60 and 61: Os híbridos triplos apresentaram u
- Page 62 and 63: 5 CONCLUSÕESPara as condições em
- Page 64 and 65: CAFÉ FILHO, A.C., COELHO, M.V.S.;
- Page 66 and 67: KUROZAWA, C.; BARBOSA, V. Ocorrênc
- Page 68 and 69: SAKATA http://www.sakata.com.br/ind
- Page 70: 7 ANEXOSAnexo I - Análise de solo