quando selvagens. De seu lado a semente <strong>de</strong> linhaça, sofre rápida oxidação epara não per<strong>de</strong>r a sua quantida<strong>de</strong> efetiva <strong>de</strong> ômega-3 precisa ser triturada earmazenada em recipiente escuro e fechado, e consumida em no máximo 72h.Estilo <strong>de</strong> vida e hábitos alimentares da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna po<strong>de</strong>m levar a umabaixa ingesdtão e, por conseqüência, uma <strong>de</strong>ficiência do nutriente, o <strong>que</strong> po<strong>de</strong>,a médio e longo prazo, trazer conseqüências danosas ao organismo.Ácidos graxos essenciaisHumanos geralmente utilizam os AG obtidos <strong>de</strong> sua dieta diária, mas,quando necessário, são capazes <strong>de</strong> sintetizar AG (saturados e monoinsaturados)a partir <strong>de</strong> glicose e aminoácidos por meio <strong>de</strong> reações enzimáticas<strong>de</strong> alongamento (adicionam unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dois carbonos) e <strong>de</strong>ssaturação (criação<strong>de</strong> novas duplas ligações). A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssaturação é estimulada pelainsulina e inibida pela glicose, pela adrenalina e pelo glucagon.No entanto, não possuímos as enzimas <strong>de</strong>ssaturases especificamenteresponsáveis por adicionar uma dupla ligação antes do nono carbono a partirda extremida<strong>de</strong> metil (distal). As enzimas necessárias para essa finalida<strong>de</strong> sãoas <strong>de</strong>lta-9 e <strong>de</strong>lta-15 <strong>de</strong>ssaturases. Essas enzimas transformam o ácido oléico(18:1 ômega-9) em ácido linoléico (18:2 ômega-6) e ácido linolênico (18:3ômega-3), ambos consi<strong>de</strong>rados ácidos graxos essenciais (AGE). OS AGE nãosão produzidos pela espécie humana, <strong>de</strong>vendo ser adquiridos <strong>de</strong> fontesdietéticas. Veja, na Figura 3, na próxima página, os processos <strong>de</strong> elongamento<strong>de</strong> vários lípi<strong>de</strong>s a partir dos AG essenciais linoléico e alfa linolênico.A incorporação <strong>de</strong> AGE po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar alterações estruturais efuncionais da membrana fosfolipídica influenciando processos biológicosimportantes, como a síntese <strong>de</strong> mediadores inflamatórios <strong>que</strong> incluem oseicosanói<strong>de</strong>s.AG ômega-3 e ômega-6 são precursores <strong>de</strong> eicosanói<strong>de</strong>s <strong>que</strong> regulam afunção imune e inflamatória. Alguns <strong>de</strong>rivativos dos AGE, como odihomogamalinolênico e o araquidônico, ambos do tipo ômega-6, e o ácidoeicosapentaenóico (EPA), da série ômega-3, têm especial importância porserem precursores <strong>de</strong> mediadores lipídicos envolvidos em muitas funções8
fisiológicas. A Tabela 6 traz as principais características, funções emetabolismo dos AGE.Figura 3. Formação <strong>de</strong> novos ácidos graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longa poliinsaturadostipo ômega-6 e ômega-3 <strong>de</strong>rivados dos ácidos graxos essenciais linoléico ealfa-linolênico.Séries ômega-6Séries ômega-3ácido linoléicoC18:2 ômega-6ácido alfa-linolênicoC18:3 ômega-3<strong>de</strong>lta-6-<strong>de</strong>ssaturaseácido gamalinolênicoC18:3 ômega-6ácido estearidônicoC18:4 ômega-3elongaseEicosanói<strong>de</strong>sSéries 1Eicosanói<strong>de</strong>sSéries 2-4ácido dihomogamalinoléicoC20:3 ômega-6ácido araquidônicoC20:4 ômega-6<strong>de</strong>lta-5-<strong>de</strong>ssaturaseelongaseC20:4 ômega-3EPAC20:5 ômega-3Eicosanói<strong>de</strong>sSéries 3-5DHAC22:4 ômega-6DHAC22:5 ômega-3<strong>de</strong>lta-4-<strong>de</strong>ssaturaseDHAC22:5 ômega-6DHAC22:6 ômega-3EPA = ácido eicosapentaenóicoDHA = ácido docosahexaenóico9