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Francine Saillant traz em seu artigo Direitos, ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e reparaçõespelos erros do passado escravista: perspectivas do movimento negro noBrasil, o cenário do processo preparatório <strong>da</strong> Conferência, em especial ascontribuições dos grupos de mulheres negras a partir <strong>da</strong> realização <strong>da</strong>sconferências <strong>da</strong>s Américas, <strong>da</strong> conferência nacional e <strong>da</strong>s estaduais, e porfim, a participação brasileira em Durban. Enfatiza as discussões em torno<strong>da</strong>s formas de reparação <strong>da</strong>s populações historicamente discrimina<strong>da</strong>s dosmeios econômicos e políticos, vislumbrando a partir do paradigma de Durbanos discursos articulados do movimento negro brasileiro em torno <strong>da</strong>s noçõesde direitos e de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.O movimento negro contemporâneo é um dos mais ativos na socie<strong>da</strong>decivil e o principal ator na luta por políticas de ação afirmativa. Emboravitorioso em muitas conquistas, enfrenta hoje uma agen<strong>da</strong> extensa, fragmenta<strong>da</strong>em suas temáticas, com vários atores políticos em disputa constante,em especial aqueles ligados ao debate sobre a adoção <strong>da</strong>s políticas deação afirmativa. Marcio André dos Santos reflete em seu artigo Políticanegra e democracia no Brasil contemporâneo: reflexões sobre os movimentosnegros acerca do conceito de movimento negro e <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>sao longo <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s com a institucionalização desse movimento,a partir dos desafios postos quanto à participação no Estado.Átila Roque nos brin<strong>da</strong> no artigo Construção e desconstrução do silêncio:reflexões sobre o racismo e o antirracismo na socie<strong>da</strong>de brasileira,com uma análise sobre os desafios apresentados às ONGs brasileirasque historicamente não trabalhavam com a temática <strong>da</strong>s relações raciais.O momentum proporcionado pela Conferência teve o grande mérito decriar novos patamares de confiança política entre as organizações e movimentossociais em torno <strong>da</strong> causa antirracista. Vários atores tiveram detopar o desafio de discutir uma outra agen<strong>da</strong> para o Brasil. Uma agen<strong>da</strong>que os estimulava a declarar o seu compromisso pelo fim <strong>da</strong>s discriminaçõese desigual<strong>da</strong>des raciais.A partir dos anos 1990 observou-se a emergência de novos atores naluta antirracista. Começam a se constituir nas favelas e periferias urbanasbrasileiras grupos de jovens ligados a iniciativas de cultura e arte, com umdiscurso de enfrentamento <strong>da</strong> violência, afirmação de pertencimento a essesterritórios e um indiscutível orgulho racial, marca importante de suas mensagensà socie<strong>da</strong>de. Silvia Ramos pesquisou esses grupos e analisa no artigoNegro Drama quais são suas características, seus discursos, a articulaçãode uma nova proposta que imbrica mercado e trabalho social, sua função9INTRODUÇÃO

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