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66<br />
Mundo<br />
Conclusões<br />
De tudo o que ficou dito, po<strong>de</strong>mos concluir<br />
que as implicações <strong>de</strong> Basileia II para<br />
as instituições <strong>de</strong> crédito serão substanciais<br />
e em seguida listamos algumas <strong>de</strong>las:<br />
� O nível <strong>de</strong> capital (fun<strong>dos</strong> próprios) exigido<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> medição<br />
<strong>de</strong> risco escolhi<strong>dos</strong>;<br />
� Haverá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos sistemas <strong>de</strong><br />
medição, <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> reporte <strong>dos</strong> riscos;<br />
� As bases <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> compiladas internamente<br />
serão cada vez mais importantes;<br />
� Haverá (e já está a haver) mudanças<br />
organizacionais e <strong>de</strong> procedimentos;<br />
� Novos perfis <strong>de</strong> recursos humanos<br />
serão (e já estão a ser) recruta<strong>dos</strong> nomeadamente<br />
nas áreas da Estatística e da Matemática<br />
bem como analistas <strong>de</strong> sistemas;<br />
� O esforço financeiro na implementação<br />
está já a ser significativo;<br />
� A entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> supervisão intervirá mais<br />
(por via do Pilar 2 <strong>de</strong> Basileia II) nomeadamente<br />
validando os mo<strong>de</strong>los internos<br />
(metodologias mais avançadas), revendo<br />
as práticas <strong>de</strong> avaliação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />
atribuição <strong>de</strong> ratings internos pelos bancos<br />
aos clientes e reconhecendo as agências<br />
externas para efeito do método standard do<br />
risco <strong>de</strong> crédito;<br />
� O mercado procurará transparência<br />
acrescida (Pilar 3 <strong>de</strong> Basileia II) sobre as<br />
activida<strong>de</strong>s, riscos e resulta<strong>dos</strong> das instituições<br />
<strong>de</strong> crédito.<br />
O mercado procurará<br />
transparência acrescida<br />
sobre as activida<strong>de</strong>s, riscos<br />
e resulta<strong>dos</strong> das instituições<br />
<strong>de</strong> crédito.<br />
<strong>Revisores</strong> & Empresas > Janeiro/Março 2006<br />
Para as empresas não financeiras Basileia<br />
II irá exigir a divulgação <strong>de</strong> maior volume<br />
<strong>de</strong> informação aos bancos <strong>de</strong> modo a<br />
permitir-lhes aferir mais a<strong>de</strong>quadamente o<br />
risco da activida<strong>de</strong> das mesmas e tarifar <strong>de</strong><br />
forma mais correcta os empréstimos concedi<strong>dos</strong><br />
e outros produtos comercializa<strong>dos</strong>.<br />
Notas<br />
(1) Nomeadamente capital, resulta<strong>dos</strong> internamente<br />
gera<strong>dos</strong> e outros fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> carácter<br />
mais permanente tais como passivos subordina<strong>dos</strong>.<br />
(2) Ou seja, a possibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> <strong>de</strong>vedores<br />
não reembolsarem o capital e/ou juros<br />
na data do seu vencimento.<br />
(3) A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas instituições <strong>de</strong><br />
crédito entrarem em perda nas suas posições<br />
em instrumentos financeiros <strong>de</strong>ti<strong>dos</strong><br />
na carteira <strong>de</strong> negociação nomeadamente<br />
por se alterarem as taxas <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />
mercado e as cotações em bolsa.<br />
(4) Notação <strong>de</strong> risco.<br />
(5) Ou seja, possibilida<strong>de</strong> das instituições<br />
<strong>de</strong> crédito incorrerem em perdas resultantes<br />
<strong>de</strong> falhas nos seus procedimentos <strong>de</strong><br />
controlo interno, nos seus sistemas informáticos,<br />
<strong>dos</strong> seus recursos humanos ou <strong>de</strong><br />
causas externas como sejam terramotos,<br />
actos <strong>de</strong> terrorismo, etc).<br />
(6) “Probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incumprimento” e<br />
a “perda dado o incumprimento” (ou seja,<br />
quanto é que a instituição <strong>de</strong> crédito estima<br />
per<strong>de</strong>r se o seu cliente falhar ao reembolso<br />
do capital emprestado e/ou <strong>dos</strong> juros<br />
venci<strong>dos</strong>; este último factor está afectado<br />
pelas garantias e colaterais que a instituição<br />
negociou com o seu cliente logicamente).<br />
(7) Mas que para po<strong>de</strong>rem ser usa<strong>dos</strong> no<br />
cálculo <strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong> próprios da instituição<br />
têm que ser previamente valida<strong>dos</strong> pelas<br />
entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supervisão do país da se<strong>de</strong> e<br />
do país on<strong>de</strong> operam.<br />
(8) Ou seja, cujas exposições (créditos e<br />
compromissos extrapatrimoniais) não excedam<br />
1 milhão <strong>de</strong> EUR e que não sejam<br />
geridas à partida <strong>de</strong> forma individual como<br />
se <strong>de</strong> exposições a médias e gran<strong>de</strong>s<br />
empresas se tratasse<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
– Bank of International Settlements,<br />
“International Convergence of Capital<br />
Measurement and Capital Standards: A<br />
Revised Framework “, Updated<br />
Version November 2005<br />
– Instituto Superior <strong>de</strong> Gestão<br />
Bancária, “Análise Financeira <strong>de</strong><br />
Bancos”, Setembro 2005<br />
– SAP, “The SAP barometer of<br />
Information Strategies for Banks and<br />
Insurance Companies – Basel II impacts:<br />
challenges and opportunities, Cross<br />
European Survey – October 2002”