ONELIFE #33 – Brazilian Portuguese

O NOVO DISCOVERY
OBJETO N.° 1
FERRAMENTAS DE MODELAGEM EM ARGILA
Nesta era digital, é bom pensar que algumas tarefas ainda só
podem ser adequadamente executadas à mão e a olho, utilizando
materiais e ferramentas antigos. Quando o tema para a
concepção do Novo Discovery foi definido numa série de
esboços e modelos em escala, a equipe de projeto criou um
modelo virtual completo e detalhado do novo carro para
visualização em telas gigantes. Ao terminar o projeto digital,
um modelo em tamanho natural foi construído a partir de um
material surpreendentemente pouco tecnológico para uma
empresa tão hi-tech: a argila.
Tudo bem que se trata de uma argila para modelar muito
sofisticada e cara, com a temperatura controlada cuidadosamente
para uma maleabilidade ótima e com a possibilidade de voltar
a ser moldada infinitamente, além de poder ser polida e pintada.
Mas ainda assim, ela continua sendo castanha e lamacenta quando
sai da fresadora. É aí que começa o trabalho sério.
“Eu nunca vi um projeto sair da fresadora e já parecer tão
certo”, diz Andy Wheel, Projetista-Chefe da Land Rover.
“Quando vemos um conceito em uma tela, é apenas uma
imagem, e nas imagens ficamos escravos das lentes, mesmo
que seja uma lente virtual. O fato é que não há lente melhor
do que o olho humano e não há nada que substitua ver um
modelo real do carro em tamanho natural e poder circular à
sua volta e tocá-lo”.
Os projetistas puderam, então, trabalhar no carro de argila
com modeladores especializados, alterando os detalhes
e raios em frações de milímetro ou grau, utilizando ferramentas
tão simples quanto as que são vistas na imagem acima,
concebidas para criar arestas afiadas ou curvas, e que pouco
mudaram no milênio que passou, desde que os homens começaram
a trabalhar a argila. “É uma parceria”, Wheel explica.
“Os nossos modeladores sabem instintivamente como
trabalhar um destaque ou como as superfícies devem ser unidas.
Quando acabamos de refazer uma seção, voltamos a digitalizá-la
e tudo volta à esfera digital. Mas para fazer isso
bem, temos que fazer à mão e a olho”.
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