ONELIFE #33 – Brazilian Portuguese

O NOVO DISCOVERY
OBJETO N.° 8
CAMUFLAGEM
Há um período no desenvolvimento de um novo carro em que os
projetistas fazem tudo para nos distrair das características de que
estão mais orgulhosos. Esse período específico tem início, de alguma
forma, durante o desenvolvimento do carro, quando os protótipos
com algo próximo da carroceria final começam a ser testados em
estradas públicas, e termina quando o carro finalizado é lançado em
um salão do automóvel. Antes disso, os protótipos iniciais podem
usar as roupagens de um modelo existente, sutilmente personalizadas
para se adequarem ao novo carro, sendo difíceis de detectar.
Porém, nenhum Land Rover é aprovado sem ser, também, exaustivamente
testado na sua versão finalizada definitiva. Isso significa
alguns meses desconfortáveis para os projetistas, que querem
maximizar o impacto do momento do lançamento e nos mostrar
seu trabalho com a melhor perspectiva possível.
O interesse sobre o design exterior do Novo Discovery foi particularmente
intenso. Depois de mais de um quarto de século, a sua
linguagem de design inconfundível – o capô em concha, o teto elétrico
alpino e a porta traseira assimétrica, entre outras características
– já se tornou tão icônica e reconhecida quanto as formas quadradas
do antigo Defender. Então, a imprensa especializada e os clientes
estavam desesperados para saber como ele ia evoluir. E evoluiu: está
mais dinâmico e também mais aerodinâmico, sua forma exterior
refletindo a estrutura leve e racional em alumínio.
“A concepção de camuflagem tornou-se um hobby”, diz Andy Wheel.
“Os padrões de camuflagem dos antigos barcos de guerra foram nossa
inspiração para o último Range Rover, e no Range Rover Evoque Convertible,
usamos figuras humanas de papelão. Já no novo Discovery, pegamos um
código de barras e o distorcemos bastante”.
“Há um momento no processo de testes” acrescenta Alex Heslop,
Engenheiro-Chefe, “em que temos que dirigir os carros em estradas
públicas, com partes inteiras do carro à mostra, sem camuflagem”. Como
mencionado, os protótipos iniciais usam a forma do
modelo antigo como camuflagem. Depois, vem a fase da camuflagem
pesada sobre a nova forma, mas esta “pode ter o efeito indesejado de
encobrir algumas coisas, como o barulho do vento em testes de alta
velocidade. Por isso, no fim, é aplicada uma camuflagem mais leve sobre a
nova forma. “O disfarce do código de barras é apenas uma película
aplicada nos painéis reais. A forma do carro não é afetada. Na verdade, já
estamos vendo o carro finalizado, só que a camuflagem é tão incrível que
nos impede de vê-lo”.
Mas como sabemos agora, Gerry McGovern e sua equipe
mantiveram o carro final muito parecido com o Discovery Vision
Concept original. “Se quisesse mesmo saber o que estava sob a
camuflagem, bastava olhar para lá”, diz Andy Wheel. “O novo Discovery
esteve sempre escondido à vista de todos.”
Consulte o portal landrover.com para saber mais sobre o Novo Discovery
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