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Sempre tive uma queda pelas<br />
crônicas, aquelas que falam do dia a<br />
dia, dos acontecimentos verídicos e<br />
inventados, causos alegres e descontraídos<br />
e causos curiosos.<br />
A crônica nos dá uma maior<br />
dimensão da leitura, pois ela é mais<br />
dinâmica, objetiva, engloba os fatos, a<br />
mentira, os causos alegres e tristes e, por si só, tem a força de<br />
falar de um grande acontecimento, de um grande fato, de<br />
coisas corriqueiras em pouco mais de trinta linhas.<br />
Em 1976, Lauro me procurou para que eu lesse uma<br />
de suas crônicas e observei que tinha uma forma peculiar<br />
para abordar temas relacionados à política. É importante<br />
mencionar que vivíamos um período de pouca liberdade<br />
na imprensa, mas assim mesmo, como se usasse um ferrão,<br />
Lauro conseguia, com uma dose de ironia e humor, escrever<br />
sobre o tema. Assim, passei a chamá-lo de Lauro Ferrão.<br />
Naquela época, eu era presidente do “Jornal da<br />
Cidade”, convidei-o a participar da coluna “Tema Livre”<br />
que publicava todas as semana <strong>contos</strong> e crônicas. Posteriormente,<br />
o semanário passou a ser “Jornal de Itumbiara” e o<br />
Lauro Ferrão foi nomeado editor-chefe.<br />
Após algumas décadas, ele reúne várias crônicas<br />
publicadas, ao longo desses anos, em seu primeiro livro “O<br />
meu coração ficou na curva do Rio Paranaíba”, narrando<br />
fatos engraçados ou que, historicamente, tornaram-se<br />
lendas, como os relatos de quando aqui havia uma aldeia<br />
indígena passando para vila, povoado, Santa Rita até chegar<br />
a Itumbiara.<br />
O autor traz, ainda, para suas crônicas as conversas da<br />
praça, os bate-papos do bar, as discussões sobre futebol e<br />
política, uma mistura de ficção e realidade, sempre acompanhada<br />
de uma boa dose de humor.<br />
Prezado leitor, o livro “O meu coração ficou na curva<br />
do Rio Paranaíba é uma obra de entretenimento, mas<br />
também um registro histórico e uma homenagem às pessoas<br />
que fizeram e fazem parte da sociedade itumbiarense.<br />
Getúlio Lima<br />
Cadeira nº 13 | AILA – Academia Itumbiarense de Letras e Artes