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Revista Apólice #210

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transporte<br />

Fernando Martinho<br />

❙❙Adailton Dias, da Yasuda Marítima<br />

baixo risco para roubo de carga. Segundo<br />

o executivo da Yasuda Marítima, isso<br />

tem a ver muito mais com as características<br />

específicas desses Estados, como<br />

baixo investimento em infraestrutura<br />

rodoviária, grande número de bacias<br />

hidrográficas, cidades isoladas e de difícil<br />

acesso; do que mais propriamente<br />

por razões de segurança.<br />

Ações específicas não acabam com<br />

esses entraves, mas podem contribuir<br />

para minimizá-los. “Em caso de roubo e<br />

acidente, podemos treinar os motoristas<br />

e monitorar os veículos. Ao cliente final<br />

é preciso aproximação, levar as informações<br />

de mercado e adequação da apólice à<br />

cobertura para cada negócio. Enfim, não<br />

há uma receita só”, declara Iramil Bueno<br />

de Araujo, da Rodobens.<br />

22<br />

Projeções<br />

Mesmo diante de um cenário macroeconômico<br />

adverso, os executivos<br />

apontam para uma perspectiva positiva.<br />

Eles confirmam que o mercado<br />

securitário, no geral, projeta um 2016<br />

mais desafiador, mas destacam que este<br />

também será um ano para aproveitar as<br />

oportunidades. “Nossos esforços têm<br />

sido constantes para, cada vez mais,<br />

levar aos clientes e corretores mais<br />

flexibilidade e benefícios em nossos<br />

produtos, buscando resultados assertivos<br />

para todos os envolvidos”, garante<br />

a executiva da Porto Seguro.<br />

A ênfase sobre a obrigatoriedade<br />

dos seguros de RCTR-C – Seguro de<br />

Responsabilidade Civil do Transporta-<br />

❙❙Rose Matos, da Porto Seguro<br />

dor Rodoviário Carga, ação realizada<br />

pela Agência Nacional de Transportes<br />

Terrestres (ANTT) em conjunto com a<br />

Susep, também dá fôlego neste momento.<br />

Para Claudinei Costa, superintendente de<br />

Transportes da Seguros Sura Brasil, este<br />

maior controle na regulamentação da<br />

legislação gera uma expectativa positiva<br />

para o segmento de seguros de transportes.<br />

“As seguradoras que assumirem um<br />

papel consultivo, auxiliando seus clientes<br />

na gestão de riscos, estarão mais preparadas<br />

para conquistar este mercado”,<br />

frisa Costa.<br />

Adailton Dias, da Yasuda Marítima,<br />

também identifica uma janela de<br />

oportunidade justamente porque muitos<br />

concorrentes deixaram o mercado por<br />

não alcançar rentabilidade em suas<br />

carteiras.<br />

Por sua vez, Sergio Caron frisa que<br />

a perspectiva depende muito de cada<br />

empresa e o setor de atuação dela. Alguns<br />

clientes prevêem um crescimento<br />

entre 20% a 30% em seus faturamentos,<br />

embora a realidade aponte para uma visão<br />

mais conservadora. Normalmente, as<br />

companhias têm declarado uma previsão<br />

com redução de faturamento na ordem<br />

de 20%.<br />

“Contudo, como há outros fatores<br />

que influenciam o valor final dos<br />

prêmios de seguro (como reposição da<br />

inflação, câmbio, franquias, cenário<br />

micro e macroeconômico, ajustes de<br />

taxas, investimentos em maior ou menor<br />

escala em gestão de riscos, entre outros),<br />

entendemos que os prêmios totais de<br />

❙❙Sergio Caron, da Marsh<br />

seguro devem ter uma elevação de até<br />

5% em nossas linhas de atuação”, diz o<br />

executivo da Marsh.<br />

Números alarmantes<br />

Considerado um importante centro<br />

logístico do Estado do Rio de Janeiro<br />

pela proximidade com vias importantes,<br />

Pavuna, na zona norte, vê as empresas de<br />

logística locais desaparecerem. Segundo<br />

polo empresarial da região, apenas em<br />

2015 cerca de 10% das 45 empresas que<br />

integravam o grupo fecharam as portas.<br />

Além da saída de algumas empresas,<br />

outras que não têm filiais no local estão<br />

evitando fazer entregas na região.<br />

No Estado, os números preocupam.<br />

Enquanto em 2014 foram registrados<br />

5890 roubos de cargas, segundo o Instituto<br />

de Segurança Pública (ISP), no ano<br />

passado o número saltou 22,66% e chegou<br />

a 7225. Dados mais recentes indicam<br />

que apenas nos primeiros três meses de<br />

2016 houve 1988 roubos de carga, número<br />

11% maior do que o registrado no mesmo<br />

período do ano anterior (1790).<br />

Já São Paulo foi na contramão no<br />

mês de março. Dados divulgados pela<br />

Secretaria de Segurança Pública (SSP)<br />

indicam que os roubos de carga no<br />

Estado recuaram 7,74% no período e<br />

passaram de 879 ocorrências registradas<br />

em 2015, para 811, em 2016. O índice<br />

segue a tendência de queda para essa<br />

categoria de crime, que no primeiro<br />

trimestre deste ano sofreu redução em<br />

9,31% em relação aos três primeiros<br />

meses de 2015.

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