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I <strong>Congresso</strong> Internacional <strong>Rousseau</strong> x <strong>Kant</strong> – UFMA Página | 9<br />
III <strong>Congresso</strong> Nacional Jean-Jacques <strong>Rousseau</strong> – UFMA: estética e representação<br />
I <strong>Congresso</strong> <strong>Kant</strong> – UFMA: liberda<strong>de</strong>, justiça e dignida<strong>de</strong><br />
covardia, ou, em síntese, pelo fato <strong>de</strong> que a liberda<strong>de</strong>, bem como o aperfeiçoamento <strong>de</strong><br />
tudo que se acha estritamente ligado a ela é fruto <strong>de</strong> um agir que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> um<br />
princípio interno <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>terminação. Nessa perspectiva, a relação entre liberda<strong>de</strong>,<br />
justiça e dignida<strong>de</strong>, nos remete, evi<strong>de</strong>ntemente, para a compreensão kantiana acerca da<br />
fundamentação metafísica <strong>de</strong> tais conceitos, mas nos lança ainda no âmago <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio<br />
muito mais complexo que é o <strong>de</strong> refletir acerca <strong>de</strong> sua aplicação no mundo prático.<br />
São questões como essas, fomentadas quer pelo pensamento <strong>de</strong> <strong>Rousseau</strong>, quer<br />
pelo <strong>de</strong> <strong>Kant</strong>, que fortalecem a convicção <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>mos insistir na leitura e discussão<br />
<strong>de</strong> textos <strong>de</strong> tais pensadores, tornando-a solidária das aventuras do pensamento vivo,<br />
porque trata-se <strong>de</strong> mostrar como, para além do tempo lógico, uma filosofia conhece uma<br />
espécie <strong>de</strong> tempo transversal por meio do qual o presente po<strong>de</strong> colocar questões e<br />
trabalhar as respostas do passado. A transversalida<strong>de</strong> do tempo filosófico indica que o<br />
presente nada mais é do que o ponto <strong>de</strong> confluência on<strong>de</strong> a multiplicida<strong>de</strong> do passado se<br />
atualiza, pois, todo gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate que se insere na história da filosofia é capaz <strong>de</strong> expor<br />
os regimes <strong>de</strong> tal atualização. Por isto, ele já é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, filosofia.<br />
Sejam muito bem-vindos!!!<br />
Luciano da Silva Façanha<br />
Zilmara <strong>de</strong> Jesus Viana <strong>de</strong> Carvalho