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A STARTUP ENXUTA - ERIC RIES

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histórias em inúmeros seminários, palestras e conferências.<br />

Toda vez que dou uma aula a respeito da história da IMVU, os alunos sentem uma tentação<br />

irresistível de focar nas táticas que ela ilustra: lançar um protótipo inicial de baixa qualidade,<br />

cobrar os clientes desde o primeiro dia, e utilizar pequenas metas de receita como modo de<br />

orientar a contabilidade. São técnicas úteis, mas não são a moral da história. Há muitas<br />

exceções. Nem todo tipo de cliente aceitará um protótipo de baixa qualidade, por exemplo. Se<br />

os alunos fossem mais céticos, poderiam argumentar que as técnicas não se aplicam à sua<br />

indústria ou situação, mas funcionam só porque a IMVU é uma empresa de software, um<br />

negócio da Internet voltado para o consumidor ou um aplicativo que não é de missão crítica.<br />

Nenhuma dessas técnicas é especialmente útil. A startup enxuta não é um conjunto de táticas<br />

individuais, mas uma abordagem com princípios para o desenvolvimento de novos produtos.<br />

A única maneira de entender essas recomendações é compreender os princípios subjacentes<br />

que as fazem funcionar. Como veremos nos próximos capítulos, o modelo da startup enxuta foi<br />

aplicado a diversos negócios e setores: manufatura, tecnologia ambiental, restaurantes e até<br />

lavanderias. As táticas da história da IMVU podem ou não fazer sentido em seu negócio<br />

específico.<br />

Em vez disso, o caminho a seguir é aprender a enxergar cada startup, em qualquer setor,<br />

como um grande experimento. A pergunta não é “Esse produto pode ser desenvolvido?”. Na<br />

economia moderna, quase qualquer produto que possa ser imaginado pode ser desenvolvido.<br />

As perguntas mais pertinentes são: “Esse produto deve ser desenvolvido?” e “Podemos<br />

desenvolver um negócio sustentável em torno desse conjunto de produtos e serviços?”. Para<br />

responder a essas perguntas, precisamos de um método para decompor sistematicamente um<br />

plano de negócios nas suas partes componentes e testar cada parte de forma empírica.<br />

Em outras palavras, precisamos do método científico. No modelo da startup enxuta, cada<br />

produto, cada funcionalidade, cada campanha de marketing – tudo que uma startup faz – são<br />

entendidos como um experimento projetado para alcançar a aprendizagem validada. Essa<br />

abordagem experimental funciona para diversas indústrias e setores, como veremos no<br />

Capítulo 4.<br />

7 Os cinco fundadores da IMVU foram Will Harvey, Marcus Gosling, Matt Danzig, Mel Guymon e eu.<br />

8 Nos Estados Unidos, a utilização era ainda mais concentrada; ver<br />

.<br />

9 Para saber mais a respeito das primeiras conversas com os clientes da IMVU que nos levaram a pivotar para longe da<br />

estratégia do add-on, ver .<br />

10 Uma advertência: demonstrar a aprendizagem validada requer o tipo certo de métrica, denominada métrica acionável, que<br />

será discutida no Capítulo 7.<br />

11 Esse estudo é de autoria de Bethany Coates, sob orientação do professor Andy Rachleff. Você pode obter uma cópia em:<br />

.

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