RENASCENDO DAS CINZAS(1)
Baseado na imortalidade da Fênix, conta a história da morte espiritual do ser. As perseguições morais no serviço público em um ambiente semelhante a uma instituição de policia militar. Traça um paralelo entre a participação popular e a corrupção do sistema democrático.
Baseado na imortalidade da Fênix, conta a história da morte espiritual do ser. As perseguições morais no serviço público em um ambiente semelhante a uma instituição de policia militar.
Traça um paralelo entre a participação popular e a corrupção do sistema democrático.
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– Somos todos guerreiros trazendo flores nas mãos e ideais<br />
consolidados.<br />
A população já não aceita ver a Constituição Federal ser<br />
devorada por quem está no poder, nos seus diversos níveis, como se<br />
ela fosse um pão açucarado e macio que satisfaz somente a fome de<br />
quem pode usufruí-la.<br />
Uma voz calada jamais verá justiça. Se não houver luta, mesmo<br />
que a custa de muitas feridas, a ilegalidade sempre existirá. Da<br />
vitória, porém, não gozam os que dormem e se calam.<br />
Eu decidi que, se perdesse minha identidade, jamais poderia<br />
lutar pelos meus sonhos.<br />
Eu renasci das cinzas para fazer história! A minha história!<br />
Ideologia que marca os batimentos do meu coração.<br />
Eu não abri mão dos ideais nem mesmo quando a opressão<br />
roubou lágrimas dos meus olhos e até mesmo quando houve a<br />
desistência da vida.<br />
Eu sou a imagem dessa grande quantidade de vozes que está<br />
nas ruas, e agora eu sei que tudo que fiz foi por amor! Sim, amor!<br />
Amor à justiça e à igualdade! Um sentimento puro que não se<br />
mancha pela pressão, pela opressão ou pelo assédio. .<br />
Estava renovado de forças e sentia uma felicidade imensa<br />
no coração por estar no meio do povo, unindo os ideais para<br />
verdadeiramente promover a Independência do Brasil.<br />
Eis que, enquanto eu gritava, um me passou o microfone do<br />
palanque, já cansado e rouco, e me disse:<br />
– Fala alguma coisa aí que já não aguento mais gritar.<br />
Voz! O povo tem voz, mas para ser ouvido deve falar com<br />
propriedade! Sem medo ou receio. Eu sempre acreditei na justiça!<br />
Segurei o microfone, voltei para a multidão o meu olhar<br />
queimando e o corpo retinto, brilhante de suor, e comecei a falar.<br />
E o que eu disse...<br />
rENASCENDO DA CINZA - vITOR MOREIRA