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Educação Física Escolar: Pesquisas e Reflexões

Maria Isaura Plácido Soeiro Maria Ione da Silva ISBN: 978-85-7621-084-9 Editora: Edições UERN

Maria Isaura Plácido Soeiro
Maria Ione da Silva

ISBN: 978-85-7621-084-9 Editora: Edições UERN

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O tema pressupõe que a televisão, rádio, jornais, revistas e sites da internet<br />

influenciam o modo como os alunos percebem, valorizam e constroem suas<br />

experiências de Se-Movimentar no jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica,<br />

muitas vezes atendendo a modelos que apenas dão suporte a interesses<br />

mercadológicos e que precisam ser submetidos à análise crítica.<br />

Propor formas de organização do tempo disponível a partir dos interesses e<br />

conteúdos do Lazer – tema: Lazer e Trabalho (SÃO PAULO, 2008f). O tema<br />

pressupõe que os conteúdos da <strong>Educação</strong> <strong>Física</strong> devem ser incorporados pelos<br />

alunos como possibilidades de lazer em seu tempo escolar e posterior a ele, de<br />

modo autônomo e crítico; além disso, a <strong>Educação</strong> <strong>Física</strong> deve propiciar a<br />

compreensão da importância do controle sobre o próprio esforço físico e o<br />

direito ao repouso e lazer no mundo do trabalho.<br />

Podemos analisar criticamente a PPC-EF em quatro níveis (SANCHES NETO e<br />

VENÂNCIO 2010): as críticas do “1º nível” seriam referentes à concepção, suas possibilidades e<br />

implicações. Neste nível as críticas remeteriam aos critérios e às escolhas relacionadas à<br />

sistematização dos conteúdos e temas presentes no texto da concepção da proposta curricular<br />

(SÃO PAULO, 2008a). A flexibilidade que cabe ao planejamento docente com o uso desse<br />

referencial, contudo, é bastante abrangente, cabendo ao professor escolher diferentes<br />

manifestações da Cultura de Movimento, conforme as indicações bimestrais de conteúdos.<br />

O “2º nível” das críticas seria referente aos 28 cadernos bimestrais do professor que<br />

acompanham a PPC-EF. As manifestações tomadas como exemplos nesses cadernos (SÃO<br />

PAULO, 2008b, 2008c, 2008d, 2008e, 2008f) podem ser apontadas como indicadores para o<br />

trabalho dos professores, ainda que caiba a flexibilidade no sentido de escolher outras<br />

manifestações da Cultura de Movimento em alguns casos, bem como estratégias alternativas para<br />

o trato com os conteúdos e temas. Aqui há destaque para o debate sobre a autonomia dos<br />

professores, para a qual concordamos com Cunha (1989, p. 164):<br />

Na maior parte das vezes, as instituições não expressam claramente o seu<br />

projeto. Segundo, percebe-se que, quando o fazem, há uma distância grande<br />

entre um discurso que procura ser pouco claro e uma realidade que é concreta e<br />

definida. Talvez seja este o momento institucional da escola brasileira hoje que<br />

permite que o projeto individual do professor tenha mais força, em função do<br />

espaço existente. Se isto, por um lado, pode ser positivo, na medida em que<br />

represente liberdade e autonomia docente, por outro, pode ser nefasto, pois<br />

pode significar uma total dependência da individualidade do professor e de seu<br />

grau de compromisso e competência.<br />

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