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Educação Física Escolar: Pesquisas e Reflexões

Maria Isaura Plácido Soeiro Maria Ione da Silva ISBN: 978-85-7621-084-9 Editora: Edições UERN

Maria Isaura Plácido Soeiro
Maria Ione da Silva

ISBN: 978-85-7621-084-9 Editora: Edições UERN

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pela pesquisa possibilita mobilização, que poderia se dar pelos próprios professores porque esse<br />

saber orienta suas atividades. E neste momento nos parece que os procedimentos<br />

(auto)biográficos podem contribuir no processo elaborativo do saber pelos “professorespesquisadores”<br />

e com sua mobilização coletiva.<br />

Não temos a pretensão aqui de tratar exaustivamente da conceituação no campo da<br />

pesquisa (auto)biográfica, mas de delinear os procedimentos abordados com os “professorespesquisadores”e<br />

situá-los como possibilidades (auto)formativas. Para tanto, citaremos três<br />

trabalhos que nos parecem relacionarem-se à temática: (1º) no campo das práticas formativas na<br />

<strong>Educação</strong> (BRAGANÇA e MAURÍCIO, 2008), (2º) no campo das relações formativas com<br />

professores do Ensino Superior e da <strong>Educação</strong> Básica (FIORENTINI, 2009) e (3º) no campo da<br />

pesquisa em <strong>Educação</strong> <strong>Física</strong> <strong>Escolar</strong> (SILVA e DIEHL, 2010).<br />

No campo das práticas de formação em <strong>Educação</strong>, Bragança e Maurício (2008)<br />

apresentam um quadro-síntese de concepções que orbitam as narrativas (auto)biográficas. Os<br />

autores diferenciam os desdobramentos metodológicos da história oral, da biografia e da<br />

(auto)biografia. Na abordagem (auto)biográfica, situam uma diversidade de aportes teóricometodológicos:<br />

história de vida, etnobiografia, narrativa de vida, biografia educativa ou narrativa<br />

de formação. E apresentam uma diversidade de procedimentos e técnicas como possibilidades<br />

em práticas de investigação e formação: questionário biográfico, trabalho com documentos<br />

pessoais, entrevista biográfica, história de vida em grupo, seminários de histórias de vida, história<br />

de vida na perspectiva de projeto, memoriais e diários.<br />

Para os autores, a (auto)biografia consiste em uma produção escrita do próprio sujeito<br />

sobre si, tendo como referência sua trajetória existencial, enfocando a vida de forma ampla, sem<br />

abordar fragmentos, mas buscando a expressão da totalidade ou o essencial da vida. Analisando o<br />

desenvolvimento dessa perspectiva, os autores apóiam-se em Nóvoa (apud BRAGANÇA e<br />

MAURÍCIO, 2008), destacando que foi no âmbito de discussão sobre a educação/formação<br />

permanente que o aporte (auto)biográfico se colocou como possibilidade metodológica.<br />

Essa perspectiva parece em uso corrente em diferentes áreas da pesquisa educacional. Por<br />

exemplo: ao tratar da constituição de uma comunidade de prática investigativa com professores<br />

que trabalham no Ensino Superior e na <strong>Educação</strong> Básica, especificamente com o ensino de<br />

Matemática, Fioretini (2009) faz uma narrativa de vida sobre um grupo de professores, com<br />

riquezas de detalhes (modos de fazer) que só cabem a quem é participante do processo coletivo<br />

que ora descreve e interpreta.<br />

No trato de questões afetas à <strong>Educação</strong> <strong>Física</strong> escolar, Silva e Diehl (2010) apresentam<br />

uma experiência metodológica a partir da escolha e do uso de procedimentos da narrativa escrita<br />

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