Jornal das Oficinas 158
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ATUALIDADE<br />
Balanço da 1.ª Convenção Diesel Turbo<br />
Sucesso<br />
confirmado<br />
No rescaldo da 1.ª Convenção Diesel Turbo, Paulo Marques,<br />
diretor-geral do Grupo Bombóleo, comenta o sucesso da iniciativa<br />
e garante que a morte anunciada dos motores de combustão interna<br />
é uma precipitação<br />
Por: Jorge Flores<br />
Qual o futuro dos motores Diesel<br />
em Portugal? O Grupo Bombóleo<br />
está atento à evolução da indústria<br />
automóvel e quer ser parte ativa da<br />
mesma. Nesse sentido, organizou, no passado<br />
dia 20 de outubro, uma convenção<br />
centrada no futuro do Diesel em Portugal,<br />
que teve o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>das</strong> como<br />
media partner. A iniciativa teve lugar no<br />
Centro de Congressos do Estoril e contou<br />
com a presença dos muitos parceiros da<br />
empresa e com um painel de oradores de<br />
renome. Entre estes, constaram nomes<br />
como Ricardo Oliveira, da World Shopper,<br />
David Iglesias, da Delphi, e Marco Capasso,<br />
da Bosch, entre muitos outros, todos especialistas<br />
na área. Transversal a to<strong>das</strong> as<br />
intervenções foi a visão do futuro. A indústria<br />
e o mercado automóvel encontram-se<br />
em mutação acelerada. E os propulsores a<br />
gasóleo parecem uma espécie ameaçada.<br />
Mas será mesmo assim? De acordo com<br />
a maioria dos intervenientes, este tipo<br />
de motores ainda tem “cartas a dar” no<br />
parque automóvel.<br />
Em entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
Paulo Marques, diretor-geral do Grupo<br />
Bombóleo, fez o balanço da 1.ª Convenção<br />
Diesel Turbo e admitiu que o ponto de<br />
viragem para a situação atual terá sido<br />
o escândalo da Volkswagen. “Além de<br />
ter sido uma iniciativa única, dentro do<br />
campo em que se inseriu, pelo número<br />
de pessoas presentes de diversas áreas e<br />
tendo em conta todos os comentários e<br />
reações pós-convenção, podemos afirmar<br />
que o balanço foi extremamente positivo”,<br />
começou por referir. Paulo Marques preferiu<br />
não destacar nenhuma intervenção,<br />
sublinhando, no entanto, a sua globalidade.<br />
“Falou-se de uma maneira aberta e<br />
assertiva, expondo, sem rodeios, a realidade<br />
do mercado do Diesel e turbos, com<br />
projeções muito positivas e plausíveis para<br />
os anos vindouros.<br />
n IDEIAS PARA FUTURO<br />
Segundo Paulo Marques, no futuro, “existem<br />
importantes alterações no mercado<br />
da mobilidade, ou seja, estamos a assistir<br />
a mudanças com novos produtos, serviços<br />
e tecnologias. No entanto, temos Diesel e<br />
turbos para muitos anos. O mercado não<br />
vai mudar tão rápido como se anuncia”,<br />
revelou. “A ligação a marcas e parceiros<br />
que disponham de capacidade para inovar<br />
e dar assessoria, é fator muito importante<br />
para o desenvolvimento e progressão do<br />
negócio no futuro”, acrescentou o diretor-<br />
-geral do grupo.<br />
Prova do dinamismo do setor está na<br />
saída da Magneti Marelli no pós-Grupo<br />
Fiat. Para Paulo Marques, a operação de<br />
aquisição da marca pela japonesa Calsonic<br />
Kansei, realizada a 28 de outubro de 2018,<br />
é muito recente para balanços. “Ainda não<br />
passaram dois meses sobre o facto. Logo,<br />
creio que ainda é muito cedo para tirar<br />
conclusões definitivas. No entanto, de<br />
acordo com Mike Manley, CEO da FCA<br />
(Fiat Chrysler Automobiles), para além<br />
do encaixe financeiro da operação (6,2<br />
mil milhões de euros), ‘a Magneti Marelli<br />
continuará a ser um dos mais importantes<br />
parceiros de negócio da FCA, querendo<br />
que, assim, continue e cresça’, segundo<br />
publicou o Observador. O futuro perfila-se<br />
com desafios importantes e crescimentos”,<br />
afirmou. Q<br />
Janeiro I 2019<br />
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