Analytica 98
Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas. Artigo 2 Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15 Espectrometria de massas A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas Análise de minerais O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos. E muito mais
Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas.
Artigo 2
Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15
Espectrometria de massas
A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas
Análise de minerais
O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos.
E muito mais
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artigo 1<br />
Imagem ilustrativa<br />
Autores:<br />
Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />
Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />
MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />
Juscély Santos Carvalho 1<br />
16<br />
REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />
propeno para produção de polipropileno.<br />
Os cromatografos, assim como<br />
outros equipamentos on line, são<br />
instalados em edificações construídas<br />
na área operacional, chamadas<br />
de shelters. A amostra, em fase<br />
gasosa, é transferida para o equipamento<br />
por diferença de pressão<br />
e necessita de acondicionamento<br />
(redução de pressão e temperatura)<br />
antes de sua injeção.<br />
Por questões de segurança, os cilindros<br />
de gases, insumos e padrões,<br />
necessários para o funcionamento<br />
do cromatógrafo são dispostos fora<br />
do shelter.<br />
Assim, conforme representação da<br />
Figura 3, a instalação de um cromatógrafo<br />
on line é fundamental para o<br />
controle da purificação do propeno,<br />
onde a determinação de etano e metano<br />
nas duas correntes de propeno<br />
ocorre de forma cíclica e alternada,<br />
com períodos de análise programados<br />
de acordo com o ciclo de análise.<br />
Deste modo, além do controle da<br />
eficiência do sistema de purificação,<br />
este sistema permite avaliar a qualidade<br />
do produto comercializado.<br />
Atualmente, existem no mercado<br />
softwares de gerenciamento de<br />
dados de analisadores que permitem<br />
monitorar e diagnosticar remotamente<br />
o funcionamento destes<br />
equipamentos instalados na planta.<br />
Através destes softwares é possível<br />
acompanhar variáveis críticas dos<br />
analisadores (temperatura de forno,<br />
tempo de retenção em cromatografia,<br />
por exemplo); variáveis de processo<br />
(como, temperatura, vazão,<br />
pressão); fluxo de amostra para o<br />
equipamento; etc. Estes softwares<br />
podem ser configurados para que o<br />
técnico responsável pelos analisadores<br />
possam se antecipar à possíveis<br />
falhas do analisador e evitar que um<br />
resultado incorreto chegue até a<br />
operação da planta, evitando assim<br />
tomadas de decisões errôneas que<br />
poderiam causar perda de produção<br />
e até mesmo parada de plantas.<br />
3. Etapas para<br />
instalação de um<br />
analisador de processo<br />
3.1 Justificativa para aquisição<br />
de analisador<br />
Analisadores são equipamentos<br />
caros, que devem ter sua aquisição<br />
justificada pela engenharia de processo.<br />
O processo petroquímico de destilação<br />
do benzeno, por exemplo, necessita<br />
de determinações dos teores<br />
de benzeno, tolueno, xilenos e não<br />
aromáticos na entrada (carga) e nas<br />
saídas, principalmente no topo, onde<br />
se avalia a pureza do benzeno produzido.<br />
Em rotina de laboratório convencional,<br />
o tempo decorrido entre a<br />
coleta da amostra até a recepção dos<br />
resultados pelo operador pode chegar,<br />
em média, a duas horas, sendo,<br />
portanto, realizadas por cromatógrafo.<br />
A depender do fluxo do processo<br />
e disponibilidade de equipamentos,<br />
o risco de produção de produto não<br />
conforme pode ser grande.<br />
Por exemplo, numa sequência hipotética<br />
de eventos ocorrida numa<br />
planta de destilação de benzeno,<br />
onde a rotina no laboratório para<br />
aferição da qualidade do produto<br />
final seja em horário par (0, 2, 4h,<br />
...). Deste modo, um fato ocorrido às<br />
00:30h, que levou a perda de especificação<br />
do benzeno, somente será<br />
detectado pela amostra coletada às<br />
2h, com emissão deste resultado às<br />
4h. Somente a partir desse horário,<br />
a operação pode executar manobra<br />
para corrigir a falha. Esta correção<br />
será detectada apenas numa amostra<br />
extra, coletada às 5h, cujo resultado<br />
será emitido às 6h.<br />
Estes eventos poderiam gerar um<br />
grande impacto financeiro. Contudo,<br />
se nesta planta fosse instalado um<br />
analisador cromatográfico na entrada<br />
e saída desta torre, a periodicidade<br />
das determinações poderia cair<br />
para aproximadamente 10 min., com<br />
possibilidade de até 144 determinações<br />
diárias, onde uma corrente não<br />
conforme poderia ser identificada e<br />
corrigida em até 30 min.<br />
Deste modo, ao justificar um projeto<br />
de analisador para uma planta,<br />
além dos aspectos técnicos de funcionalidade,<br />
dados de produtividade<br />
e, consequentemente, financeiros<br />
devem ser computados. Deste modo,<br />
mesmo que o analisador tenha menores<br />
exatidão e precisão que as<br />
determinações de bancada, ele pode<br />
ser adquirido para controle da planta,<br />
alimentando o sistema de modelagem<br />
quimiométrica da planta com<br />
seus dados, deixando as análises de<br />
laboratório apenas para contingência,<br />
caso haja uma descontinuidade<br />
operacional do analisador, ou para<br />
checagem, validação e tomadas de<br />
decisões, quando existirem dúvidas<br />
em relação a resultados emitidos.<br />
Raciocínio análogo pode ser aplicado<br />
à instalação de analisadores<br />
em processos de cinética lenta, onde<br />
a produção ocorre por batelada ou<br />
em fluxos baixos, como as plantas<br />
de produção de biodiesel por transesterificação.<br />
Nestes casos, não há<br />
previsibilidade de ganhos produtivos<br />
com incremento da diminuição do<br />
ciclo analítico, da amostragem até a<br />
recepção do resultado. Por exemplo,<br />
não há necessidade de investimento<br />
em um analisador de pH, que emite<br />
resultados continuamente, se a transesterificação<br />
do biodiesel leva 2h.<br />
Nestes casos, onde não há ganhos<br />
operacionais ou de segurança para<br />
planta, não se justifica implementar<br />
um analisador.<br />
Uma vez que o desígnio do analisador<br />
é oferecer melhorias para<br />
a fábrica em relação ao controle<br />
de qualidade da produção e, consequentemente,<br />
no aumento da<br />
produtividade, deve-se avaliar se a<br />
operação deste equipamento contribui<br />
para que a balança custo–benefício<br />
esteja pendendo para o lado do<br />
beneficio. Caso a planta não atinja<br />
os índices de produtividade deseja-