Analytica 98
Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas. Artigo 2 Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15 Espectrometria de massas A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas Análise de minerais O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos. E muito mais
Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas.
Artigo 2
Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15
Espectrometria de massas
A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas
Análise de minerais
O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos.
E muito mais
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artigo 1<br />
Imagem ilustrativa<br />
Autores:<br />
Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />
Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />
MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />
Juscély Santos Carvalho 1<br />
18<br />
REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />
res, indicando o sistema que atende<br />
toda a especificação requerida, e<br />
observando a robustez, a facilidade<br />
de manutenção, os recursos disponíveis,<br />
facilidades de treinamento,<br />
prazo de fornecimento, e os custos<br />
de aquisição (capex) e de operação<br />
(opex). Após seleção do fornecedor<br />
e, consequentemente, do sistema<br />
de analisador a ser implantado, dois<br />
itens são de extrema importância antes<br />
da instalação em campo:<br />
a) Esboços típicos de instalação<br />
do sistema. Estes desenhos serão<br />
utilizados para elaborar o projeto de<br />
detalhamento de instalação do sistema<br />
na planta<br />
b) Teste de Aceitação de Fábrica<br />
(TAF). Antes de o equipamento ser<br />
enviado pelo fornecedor deverá ser<br />
contratado pelo cliente, um TAF para<br />
inspecionar e verificar o funcionamento<br />
do sistema nas instalações<br />
do fornecedor. Nesta etapa, qualquer<br />
problema no funcionamento será<br />
corrigido pelo fornecedor antes do<br />
envio final para instalação.<br />
3.3 Implantação e<br />
operação<br />
Após a aprovação e aquisição do<br />
sistema analítico dedicado, segue a<br />
etapa de instalação na planta industrial,<br />
que deve seguir rigidamente as<br />
especificações do projeto e as recomendações<br />
do fornecedor, de modo<br />
a preservar os diversos componentes<br />
ópticos, eletrônicos, mecânicos<br />
e robóticos pertinentes (MOREIRA,<br />
2011). Em todos os casos, a montagem<br />
deve ser acompanhada por técnicos<br />
especializados nos sistemas de<br />
análise e, sempre que possível, com<br />
apoio de técnicos do fabricante.<br />
Após a instalação do analisador no<br />
ambiente fabril, ele é testado por um<br />
determinado período, onde padrões<br />
são usados, observando-se precisão<br />
e exatidão obtidas (MOREIRA, 2011).<br />
Em seguida, novos testes poderão<br />
ser realizados, agora com amostras<br />
derivadas da planta operacional, com<br />
todo instrumental do analisador operando,<br />
e comparando-se os resultados<br />
obtidos com as determinações<br />
laboratoriais convencionais de bancada,<br />
resultando em um relatório de<br />
validação do equipamento, usando as<br />
ferramentas estatísticas adequadas.<br />
O analisador instalado só poderá<br />
ser liberado para a operação<br />
caso o equipamento/método esteja<br />
validado. Caso existam diferenças<br />
significativas entre os métodos, são<br />
realizados ajustes no analisador, e<br />
os testes deverão ser repetidos até<br />
atingir-se o desempenho requerido.<br />
Após a validação do equipamento, o<br />
mesmo é liberado para uso na planta.<br />
A princípio, as análises (bancada<br />
e analisadores) podem acontecer de<br />
maneira simultânea por um período<br />
de tempo até que seja constatada<br />
a confiabilidade do analisador. As<br />
análises de bancada poderão ser<br />
reduzidas ou eliminadas a critério da<br />
engenharia e do laboratório.<br />
À medida que os resultados gerados<br />
pelo analisador se aproximarem<br />
dos valores encontrados pela bancada,<br />
com variações aceitáveis, os<br />
engenheiros de processo iniciam, de<br />
forma gradual, o aumento do ciclo da<br />
rotina do laboratório, até que estes<br />
se estabilizem no valor definido no<br />
projeto.<br />
3.4 Profissionais para operar<br />
os analisadores<br />
Deve-se reforçar que os analisadores<br />
não funcionam de maneira<br />
autônoma e independente. Deve haver<br />
um grupo de profissionais dedicados,<br />
com amplo conhecimento dos<br />
mesmos, para execução de tarefas<br />
como: programação, avaliação de<br />
performance, alteração operacional,<br />
calibração, aferição, manutenção, e<br />
interpretação dos resultados obtidos.<br />
Uma empresa petroquímica ou uma<br />
refinaria, por exemplo, pode possuir<br />
uma grande variedade (modelos e<br />
fornecedores) de analisadores instalados<br />
em suas plantas, os quais deverão<br />
ser conhecidos e manipulados<br />
por seu corpo técnico.<br />
Inicialmente, os primeiros analisadores<br />
instalados nas plantas eram<br />
de responsabilidade dos instrumentistas<br />
industriais. Contudo, diante do<br />
uso crescente e diversificação dos<br />
analisadores, algumas empresas investiram<br />
em educação continuada,<br />
mas sem metodologia acadêmica<br />
específica, formando profissionais<br />
nesta função para atender suas necessidades.<br />
A equipe de manutenção, que atua<br />
nos analisadores, deve ser preferencialmente<br />
multidisciplinar, com<br />
formações em diferentes áreas do<br />
conhecimento (química, eletrônica,<br />
instrumentação, automação), com<br />
facilidade para trabalhar em grupo<br />
e buscar constante aperfeiçoamento<br />
profissional. Um cromatógrafo de<br />
processo, por exemplo, contém sistemas<br />
de análise, sistemas eletrônicos;<br />
interface de comunicação com a<br />
planta; sistemas de condicionamento<br />
de amostra. O profissional deverá ser<br />
capacitado em eletrônica, instrumentação,<br />
automação e química. Devido<br />
a constante atualização tecnológica<br />
dos sistemas de analisadores, os profissionais<br />
deverão manter-se sempre<br />
atualizados para garantir e aperfeiçoar<br />
sua capacitação técnica para<br />
atender as demandas das empresas.<br />
Atualmente, algumas empresas<br />
mantêm todo o controle de qualidade,<br />
seja em laboratórios convencionais<br />
e ou por meio de analisadores,<br />
sobre uma mesma liderança, já que o<br />
objetivo da equipe é garantir e certificar<br />
a qualidade da produção. Deste<br />
modo, as equipes atuam de forma<br />
integrada, onde analistas de bancada<br />
e técnicos envolvidos com os analisadores,<br />
buscam sinergias inerentes ao<br />
processo de controle de qualidade.<br />
3.5 Manutenção dos<br />
analisadores<br />
Os analisadores de processo, apesar<br />
de realizarem análises automaticamente,<br />
necessitam de cuidados<br />
para garantir sua operacionalidade<br />
pelo maior tempo possível e sem fa-