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Analytica 98

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas. Artigo 2 Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15 Espectrometria de massas A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas Análise de minerais O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos. E muito mais

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas.

Artigo 2
Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15

Espectrometria de massas
A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas

Análise de minerais
O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos.

E muito mais

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Metrologia<br />

Curso Técnico em Segurança<br />

Cibernética: Formando Mão-de-Obra<br />

para a Indústria 4.0 no Brasil<br />

Por Ewerton Longoni Madruga*<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Os processos industriais passam<br />

por uma transformação importante.<br />

Estes processos estão gradualmente<br />

baseando-se em recursos<br />

digitais e virtuais para produção.<br />

O surgimento do que se convencionou<br />

chamar Indústria 4.0 [CNI<br />

2017] vem transformando a produção<br />

industrial com novos processos,<br />

produtos e modelos de negócios<br />

impensáveis há alguns poucos<br />

anos. Esse fenômeno, assim batizado<br />

em referência à 4ª Revolução<br />

Industrial, promete tornar os modelos<br />

convencionais de produção<br />

gradualmente ineficientes.<br />

A Indústria 4.0 tem como uma<br />

das principais características a<br />

incorporação da digitalização à<br />

atividade industrial, integrando<br />

componentes físicos e virtuais no<br />

que tem sido chamado de sistemas<br />

ciberfísicos: inteligência artificial,<br />

computação em nuvem, big data,<br />

internet das coisas, etc.<br />

Dispositivos localizados em diferentes<br />

unidades produtivas, inclusive<br />

de empresas diferentes, podem<br />

trocar informações instantaneamente<br />

sobre compras e estoques.<br />

Isso proporciona uma otimização<br />

logística por meio do estabelecimento<br />

da integração entre fornecedores,<br />

empresas e clientes, ou seja,<br />

possibilita uma maior Integração<br />

Horizontal da produção.<br />

Assim, em um contexto onde a<br />

verticalização da produção dá lugar<br />

à maior interação entre unidades<br />

produtivas quem pertençam a ins-<br />

tituições distintas é imperativo nos<br />

darmos conta dos novos obstáculos.<br />

O fornecedor de uma empresa<br />

hoje pode, por exemplo, tornar-se<br />

um concorrente no futuro próximo<br />

após coleta silenciosa de inteligência.<br />

Ademais, a necessidade de<br />

conectividade com pares distintos<br />

localizados em locais geograficamente<br />

e administrativamente<br />

distintos abre a possibilidade de<br />

ataques aos sistemas de produção.<br />

Sistemas ciberfísicos precisam<br />

de proteção. Desta maneira, não é<br />

surpresa que segurança cibernética<br />

seja uma disciplina que surge<br />

trazendo à tona a preocupação<br />

com várias áreas da informática<br />

atual: engenharia de software, sistemas<br />

operacionais, redes de computadores,<br />

banco de dados, etc.<br />

Enquanto segurança cibernética<br />

é um curso multidisciplinar que<br />

envolve aspectos de direito, fatores<br />

humanos, ética e gestão de risco, é<br />

na sua base fundamentalmente um<br />

curso de computação. A preocupação<br />

com formação de mão de obra<br />

qualificada nesta área é tamanha<br />

que duas das mais prestigiosas<br />

associações mundiais de profissionais<br />

da engenharia e computação<br />

propõem um currículo de formação<br />

de profissionais [ACM/IEEE 2017].<br />

Este currículo, além da base de informática,<br />

precisa ter a ênfase em<br />

ensinar a ética e a conduta profissional,<br />

fatores preponderantes para<br />

colocação no mercado de trabalho.<br />

Dentro do Inmetro, a Diretoria de<br />

Metrologia Científica (Dimci) e a Diretoria<br />

de Metrologia Legal (Dimel)<br />

estão envolvidas em programas de<br />

homologação de sistemas cibernéticos<br />

em diversas áreas. Estes sistemas<br />

nas suas versões mais atuais<br />

são essencialmente dispositivos<br />

embarcados baseados em redes<br />

de sensores, que, portanto, utilizam<br />

software para comunicação de informação<br />

legalmente relevantes,<br />

como por exemplo medidores de<br />

energia elétrica.<br />

Sistemas embarcados deste<br />

tipo necessitam utilizar criptografia<br />

para a manutenção da integridade<br />

da informação trocada entre pares<br />

da rede, uso de autenticação para<br />

identificação de pares e garantia de<br />

confidencialidade. Assim, existe há<br />

alguns anos uma demanda interna<br />

para profissionais que dão apoio<br />

ao processo de homologação de<br />

sistemas embarcados. Entretanto,<br />

é claro que um profissional que recebe<br />

capacitação na área de segurança<br />

da informação em sistemas<br />

cibernéticos adquire habilidades<br />

que atendem demandas de outros<br />

setores da economia fortemente<br />

tecnológica.<br />

Embora muito seja debatido a<br />

respeito do momento em que o<br />

assunto de segurança cibernética<br />

deva ser incluído em cursos de<br />

graduação, é nosso ponto de vista<br />

que o assunto seja ensinado já no<br />

ensino médio. A área de segurança<br />

da informação pressupõe um modo<br />

de pensar fortemente baseado

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