AMA_Diagrama_09
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Editorial<br />
<strong>Diagrama</strong> • setembro 2019 5<br />
Paulo Mauritti<br />
Vogal<br />
Conselho Diretivo — <strong>AMA</strong>, I.P.<br />
M<br />
uito nos orgulhamos<br />
do caminho percorrido<br />
nos últimos 20 anos, em<br />
matéria de modernização<br />
e simplificação<br />
administrativa. Muito<br />
foi feito e de muito nos orgulharemos se, nos<br />
próximos 20 anos, conseguirmos continuar<br />
a mudar a vida dos cidadãos e empresas,<br />
mantendo o empenho e o entusiasmo tido nestas<br />
duas últimas décadas.<br />
A modernização administrativa é um pilar<br />
essencial na construção de um Estado de Direito<br />
que elege a qualidade de vida dos seus cidadãos,<br />
bem como a competitividade das empresas.<br />
Por outro lado, a modernização e a<br />
simplificação administrativas são essenciais para<br />
o efetivo combate às desigualdades, a promoção<br />
do investimento e a redução de encargos<br />
administrativos, os quais devem ser eliminados<br />
ou reduzidos sem colocar em causa a prestação<br />
de um serviço público de qualidade.<br />
O foco no cidadão e nas empresas constituiu,<br />
em abril de 1999, o imperativo que permitiu a<br />
diversas entidades prestar serviços públicos,<br />
ou de utilidade pública, num só espaço, numa<br />
lógica de celeridade.<br />
Assim, surgiram as Lojas de Cidadão.<br />
Ao longo destes 20 anos, a prestação<br />
dos serviços foi sendo construída de forma<br />
sustentada, alicerçando-se nas tecnologias de<br />
informação e comunicação, sem nunca perder o<br />
seu foco: os cidadãos e as empresas.<br />
Hoje, conseguimos disponibilizar diferentes<br />
canais de atendimento, presenciais e<br />
digitais, para cidadãos e empresas cada vez<br />
mais exigentes.<br />
Foi assim que, no último ano do século<br />
XX, surgiu a primeira das quase 60 Lojas<br />
de Cidadão que hoje existem. É, por isso,<br />
este o marco escolhido para registar o início de<br />
uma nova era na relação entre a Administração<br />
Pública, os cidadãos e as empresas.<br />
Desde aí, nas diversas áreas de intervenção do<br />
Governo, como a Saúde, a Educação, a Justiça,<br />
a Economia, a Segurança Social, assim como<br />
na Administração Regional e na Local, temos<br />
assistido a uma evolução sem precedentes<br />
na prestação de serviços de qualidade, cuja<br />
relevância, não só a nível nacional como<br />
internacional, é reconhecida. A integração<br />
de Portugal no Grupo D9 — Leading Digital<br />
Governments, do qual também fazem parte<br />
Canadá, Coreia do Sul, Estónia, Israel, México,<br />
Nova Zelândia, Reino Unido e Uruguai — em<br />
suma, os países que ocupam o topo em matéria<br />
de serviços digitais — é um exemplo desse<br />
reconhecimento.<br />
Temos hoje as Lojas de Cidadão, a Empresa na<br />
Hora, os Espaços Cidadão, a renovação online<br />
do Cartão de Cidadão e da Carta de Condução,<br />
a Chave Móvel Digital, o IRS automático, o SNS<br />
online, o Portal de serviços públicos ePortugal,<br />
entre muitas outras soluções.<br />
Mas se muito foi feito, muito mais temos<br />
para fazer. O futuro, fruto da rápida evolução<br />
da tecnologia, deverá permitir chegar a uma<br />
Administração com reduzidas exigências ou<br />
interações. Caminhamos para o «serviço zero»,<br />
minimizando a interação e indo ao encontro da<br />
satisfação das necessidades que o Estado não pode<br />
deixar de conhecer. ≤