SCMedia News | Revista | Abril 2020
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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SCM Supply Chain Magazine 25<br />
Texto: Ana Paiva<br />
A RESPOSTA DA SUPPLY CHAIN<br />
AO CORONAVÍRUS<br />
Os efeitos do Covid-19 sentem-se em toda a Europa, em todos os sectores.<br />
Um deles tem sido a corrida aos supermercados, a ruptura de stock e o medo<br />
que os bens essenciais se esgotem de um dia para o outro. Para evitar que tudo<br />
isto aconteça, as cadeias de abastecimento do país não têm parado, como a<br />
do Grupo Os Mosqueteiros, Auchan, Cerealis ou Novadis. Nesta pandemia são<br />
muitos os heróis que se posicionam na linha da frente e estes são alguns deles.<br />
N<br />
o combate à pandemia Covid-19, vários<br />
sectores de actividade não puderam parar<br />
porque, se assim fosse, o mundo entraria<br />
em colapso. Enquanto muitas empresas<br />
encerraram temporariamente, serviços<br />
como farmácias, hospitais e supermercados<br />
mantêm o normal funcionamento para que<br />
nada falte à população. Para isso, a cadeia<br />
de abastecimento não pode parar e, mais<br />
uma vez, é em momentos como estes que<br />
percebemos a sua importância.<br />
Os profissionais das grandes cadeias de<br />
retalho têm vivido dias como nunca viveram.<br />
Têm uma carga horária mais pesada, bem<br />
como medidas redobradas de protecção e têm<br />
ainda de saber gerir a ansiedade de trabalhar<br />
neste contexto. Não é nada fácil.<br />
“A missão de continuarmos a alimentar<br />
o país é muito nobre”, confessa Nuno<br />
Bastos, director de logística do Grupo<br />
Os Mosqueteiros, nas SCM Talks, evento<br />
organizado pela Supply Chain Magazine.<br />
Das insígnias deste grupo, apenas a cadeia<br />
de retalho Intermarché é que não tem sofrido<br />
quebras pois têm registado altos níveis<br />
de procura. Já o Bricomarché, a Roady e as<br />
gasolineiras estão a sofrer a desaceleração<br />
do negócio porque, ao contrário do que<br />
acontece no supermercado, não há procura.<br />
O responsável explica que existe uma<br />
alteração completa no paradigma da<br />
procura e do volume, que põe em causa<br />
as previsões e a capacidade instalada, “em<br />
Março acabámos com 11% de crescimento em<br />
produtividade/hora, ou seja, simplificámos<br />
processos, desafiámo-nos e acelerámos a<br />
transformação digital em muitos domínios”.<br />
Para se adaptarem ao contexto actual<br />
e trabalharem segundo as regras de<br />
segurança recomendadas, foi necessário<br />
realizar alterações significativas no espaço,<br />
bem como um trabalho de gestão muito<br />
organizado: “neste momento estamos a<br />
gerir a alteração da procura, o risco, a<br />
desestruturação da cadeia de abastecimento<br />
e a gestão das equipas… os medos, os<br />
anseios, as expectativas, o dia-a-dia”.<br />
A nível interno, além de terem