PME Magazine - Edição 17 - julho 2020
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!
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AMBIENTE
JULHO 2020
PMEMAGAZINE.SAPO.PT
PRESERVAR O AMBIENTE NA RETOMA
Mariana Barros Cardoso
Zero e Quercus
O país começa a retomar a normalidade com o desconfinamento e torna-se urgente respeitar os limites
do planeta na retoma económica. A PME Magazine falou com Francisco Ferreira, presidente da Zero –
Associação Sistema Terrestre Sustentável, e com Paula Nunes da Silva, presidente de direção nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, para perceber de que modo é que as pequenas
e médias empresas podem ajudar a cumprir o compromisso ambiental para este e para os anos seguintes.
suaves de mobilidade, como as bicicletas, aquisição
de frota elétrica para passageiros e para transporte de
mercadorias, bem como investimentos em energias renováveis
para fornecimento de eletricidade aos edifícios
e eficiência energética das empresas.
Estes investimentos devem ser feitos com uma avaliação
do custo-benefício das medidas para a própria
empresa, para a sociedade e para os colabores, reforça
Francisco.
"As medidas têm
que ser das empresas,
mas também das autarquias",
diz Paula Nunes Silva
Paula Nunes da Silva, presidente da direção nacional da Quercus
A retoma económica e a manutenção de boas regras
de preservação do meio ambiente são preocupações
constantes. Torna-se, por isso, importante saber que
tipo de investimento é necessário para adotar medidas
mais sustentáveis a nível ambiental dentro das próprias
empresas, passando pela preservação do ambiente na
retoma da economia nos tempos atuais e pelo veículo
facilitador que esta a adoção de medidas e meios sustentáveis
pode ter na reativação das economias.
Questionada acerca das medidas que as empresas deviam
adotar para cumprir com as diretrizes europeias
no que toca às metas ambientais, Paula Nunes da Silva,
presidente da direção nacional da Quercus, diz esperar
uma resposta não só corporativa, mas também institucional
ao nível do poder local.
“As medidas têm que ser das empresas, mas também
das autarquias para se atingir a neutralidade carbónica,
que pode ser assegurada de forma prática e com alteração
do consumo dos edifícios com recurso a energias
renováveis, por exemplo”, apela.
Já Francisco Ferreira, presidente da Zero, dá-nos conta
da importância do estímulo ao uso de modos mais
Para a presidente da Quercus, a contabilização destas
medidas de sustentabilidade e investimentos em
energias renováveis revelam-se, a longo prazo, numa
poupança económica para a empresa. A responsável
concede importância às campanhas junto dos colaboradores,
apelando à poupança dos consumíveis em
escritórios e outros equipamentos das empresas, bem
como a alteração das lâmpadas para LED, a diminuição
de deslocações ou substituição de veículos utilizados
por bicicletas ou viaturas elétricas e a correta utilização
de recursos hídricos.
INVESTIR NAS PESSOAS
Para estas alterações ocorrerem nas empresas, para
a rentabilidade ambiental e até económica, é preciso
investimento para se conseguir adotar medidas mais
sustentáveis.
A presidente de direção nacional da Quercus acredita
que “parte significativa do investimento está nas
pessoas e na alteração de comportamentos que terão
investimentos mais avultados”. Contudo, Paula Nunes
da Silva acredita que, feito um plano de gestão, muitas
dessas medidas poderão compensar a médio, longo
prazo para as empresas.
Quando questionada sobre os “investimentos avultados”
a mesma diz referir-se ao “setor de construção e
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