PME Magazine - Edição 17 - julho 2020
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!
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JULHO 2020
PMEMAGAZINE.SAPO.PT
“SOMOS UMA INCUBADORA DE PROJETOS
VOLUNTÁRIOS PARA MITIGAR A COVID-19”- João
Ana Rita Justo
Tech4Covid19
Figueirinhas Costa
Um conjunto de empresários portugueses criou um movimento para desenvolver soluções tecnológicas
que ajudassem a mitigar a Covid-19. Hoje, são já mais de cinco mil os voluntários. O empresário João
Figueirinhas Costa é um dos fundadores, responsável pela coordenação das diversas equipas transversais
do movimento, e falou à PME Magazine sobre a essência do Tech4Covid19
João Figueirinhas Costa, co-fundador do movimento Tech4Covid19
PME Magazine – Como começou este movimento?
João Figueirinhas Costa – O Tech4Covid19 é
um movimento informal e começou num grupo do
Whatsapp que já existia, de uma comunidade de
fundadores de startups. Antes da quarentena oficial,
começou a surgir a discussão informal sobre o que é
que poderíamos fazer. Esta discussão foi evoluindo no
grupo do Whatsapp e esse grupo passou para um grupo
de Slack, mais estruturado, num espaço de horas. Logo
na primeira tarde chegámos às 300, 400 pessoas.
Dividimos o grupo em canais de discussão de ideias e
o movimento ganhou uma força e uma vida própria que
não foi planeada, com o passa a palavra, com as equipas
das empresas dos fundadores a começarem a querer
integrar e participar. Muito rapidamente chegámos aos
3000, 4000 voluntários e, neste momento, somos mais
de 5300. O movimento é uma espécie de incubadora de
projetos que têm contribuído, de alguma forma, para
mitigar resultados, diretos ou indiretos, da pandemia.
As áreas de atuação não são aleatórias, há aqui áreas
mais claras e o projeto tem de ser não comercial e
não lucrativo. Não quer dizer que não haja dinheiro a
circular, há alguns projetos que o implicam, pela sua
natureza, mas não há comissão, lucro, nem margem.
Há projetos que saem de empresas, mas esses são
produtos já existentes e que são adaptados e que, por
uma questão de patentes, são as próprias empresas
que gerem. Genericamente, somos uma espécie de
incubadora de projetos voluntários, tendencialmente
de base tecnológica para mitigar os efeitos da Covid-19
e deste contexto de pandemia.
PME Mag. – Como é que asseguram esta tendência
não comercial?
J. F. C. – Aquilo que fizemos foi criar equipas de organização
interna. Temos uma equipa de comunicação
interna, uma equipa de recrutamento que, olhando
para os voluntários que existem, tenta alocá-los a
projetos em função das suas competências, disponibilidade
e das necessidades dos projetos. Temos uma
equipa de project management que dá acompanhamento
estrutural aos projetos. Há um sítio onde as ideias
são discutidas, assim que ganham um pouco de tração,
essas pessoas criam um canal e vão desenvolvendo
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