PME Magazine - Edição 17 - julho 2020
Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!
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o
Marketing
O Marketing 4.0 vai muito além dos valores que as empresas investem em anúncios
possibilita que os seus utilizadores partilhem as suas
experiências nos restaurantes em que já estiveram. A
palavra do consumidor é, cada vez mais, lei e é isso
também que as pessoas procuram quando tentam saber
algo mais sobre determinada marca.
UMA TRANSFORMAÇÃO CONSTANTE
Tal como o Marketing 3.0 teve de adaptar-se, na sua
época, para entrar nas vidas dos consumidores, o 4.0
também o fez e ainda está a fazê-lo. Vivemos num
mundo que é quase 80% digital, em que a internet prevalece
mais do que os meios tradicionais, mas isso não
quer dizer que devamos esquecer-nos do antigo e focarmo-nos
apenas no novo, muito pelo contrário: o desafio
agora é pensar numa forma de fazer com que os
meios estejam sempre conectados.
"Quando a marca consegue ganhar
a confiança do seu consumidor,
este passa a ser um advogado
da marca, tanto no mundo dito
tradicional quanto no mundo
digital"
O Marketing 4.0 é muito mais pessoal do que jamais
poderia imaginar-se. O objetivo de vender a qualquer
custo foi ficando para trás e o lado de entregar um significado
ou um valor na vida do consumidor, fazendo
com que este se sinta especial ou até mesmo parte da
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marca, tornou-se no seu grande foco. Não estou com
isto a dizer que as vendas perderam o sentindo para o
marketing. As vendas são o motor dos negócios, mas o
ato de vender apenas por vender e gerar lucro não terá
mais o mesmo impacto, as pessoas querem ver coisas
reais, porque também elas são reais.
"O Marketing 4.0 é muito mais
pessoal do que jamais poderia
imaginar-se"
Além disso, o novo consumidor está sempre ligado,
sempre atento a ver o que se passa no mundo e isso
faz com que se torne um pouco mais exigente do que
os ‘antigos consumidores’. Assim, a forma como devemos
abordá-lo deve ser mais subtil e diferenciada – o
que funcionou com uma pessoa poderá não funcionar
com outra. A procura por informações sobre serviços e
outras experiências tornou-se quase mandatória para
este novo consumidor, por isso, devemos, mais do que
nunca, manter a nossa verdade e não tentar “comprar”
comentários ou atirar areia para os olhos de quem nos
compra, porque da mesma forma que um consumidor
alavanca uma marca também pode destruí-la muito rapidamente.
Nunca se esqueça: os consumidores não são apenas
compradores, eles podem vir a ser a sua melhor publicidade,
por isso, trate-os sempre como se fossem
membros da sua família.