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PME Magazine - Edição 17 - julho 2020

Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, é a figura de capa da edição de julho da PME Magaizne, dedicada à retoma económica do pós-Covid. Leia-a aqui!

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e

CASOS DE SUCESSO

IMPRESSÃO 3D REVOLUCIONA

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Ana Rita Justo

FAN 3D

A FAN 3D foi uma das empresas que se adaptou para fabricar viseiras

a partir da impressão em 3D, com ajuda de muitas outras empresas

e pessoas que também queriam ajudar. O futuro antevê novos

desenvolvimentos em equipamentos para espaços comerciais e

consultórios médicos.

As potencialidades da impressão 3D são imensas, mas

nem toda a gente parece acreditar nisso. Eurico Assunção

acredita. Foi por isso que, no ano passado, fundou

a FAN 3D para fazer consultoria em engenharia e revenda

de equipamentos de impressão 3D. O que ele

não sabia é que este ano iria estar a usar esses equipamentos

para produzir viseiras.

A pandemia de Covid-19 trouxe várias necessidades

de diferentes equipamentos de proteção. A FAN 3D é

uma microempresa de consultoria em engenharia e foi

fundada por Eurico Assunção – que acumula funções

na Federação Europeia de Soldadura – e por outras

duas colegas da Federação, Rute Ferraz e Luísa Coutinho.

Quando a Covid-19 chegou a Portugal, o fundador

apercebeu-se de que havia falta de viseiras no

hospital de São Bernardo, Setúbal, cidade onde reside.

“Tentámos perceber, primeiro, o que era uma viseira,

fomos ver o que havia noutros países. Encontrámos algumas

iniciativas de impressão 3D de viseiras, arranjámos

o ficheiro e imprimimos. Umas colegas testaram

num turno, voltámos a imprimir com ajustes até chegarmos

às finais”, revela o responsável.

A partir daí, o movimento escalou: “Começámos a ter

pedidos de todo o país, a ter pessoas a contactar-nos

porque tinham uma impressora 3D e queriam ajudar”.

Rapidamente, a FAN 3D criou um formulário online para

receber os pedidos e outro para quem quisesse ajudar.

Com a ajuda de pessoas de todo o país e também de

empresas como a Autoeuropa, que imprimiu viseiras,

ou como a Filkemp ou a Lisnave que doaram material,

foram produzidas e doadas mais de seis mil viseiras a

profissionais de saúde de todo o país.

“Só conseguimos fazer isto porque tivemos muita gente,

individuais e empresas, a ajudar-nos”, ressalva o

engenheiro mecânico.

Além das viseiras para adulto, a FAN 3D também desenvolveu

viseiras para crianças para entregar no Hospital

de São Bernardo, de forma que as crianças que

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Eurico Assunção, fundador da FAN 3D

acedam às urgências estejam também protegidas. Outros

materiais foram também bem-sucedidos, como fitas

em nylon para prender as máscaras, de forma a não

causar feridas nas orelhas dos profissionais de saúde.

NOVOS PRODUTOS NO HORIZONTE

A febre das viseiras deu, entretanto, espaço para pensar

novos equipamentos neste contexto de pandemia e

é nisso que agora a FAN 3D está a focar-se.

“Isto permitiu-nos explorar outras coisas que não tínhamos

tido tempo de explorar, fazer testes, prototipagens

diferentes. Não somos os únicos a produzir

viseiras, mas o facto de termos sido os primeiros e

de termos um contacto

muito próximo com

profissionais de saúde

permitiu-nos entrar

noutros produtos e é

algo que agora estamos

a ver como é que

podemos adaptar às

nossas atividades normais”,

explica.

O foco, agora, está em

produtos “associados

à reabertura de espaços

comerciais e consultórios”

médicos,

como pequenos adaptadores

para abrir portas

sem usar as mãos,

mas apenas os braços,

produzidos com material antibacteriano.

FAN 3D começou a fabricar viseiras a

partir da impressão 3D

Eurico Assunção revela, ainda, a possibilidade de a

FAN 3D dedicar-se mais aos equipamentos médicos

e à certificação dos mesmos: “Os médicos não tinham

noção da capacidade da tecnologia 3D e acho que

agora as pessoas vão começar a olhar para ela com

outros olhos”.

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