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Mas voltando ao assunto inicial, porque essa discussão
de gênio da lâmpada e monstro do lago é longa, retomo a eleição
extraordinária dos companheiros de rádio. A ideia era de
escolher o melhor de todos, caso Messi e CR7 não existissem
ou mesmo, por acaso, tivessem ingerido uma comida estragada
ou exagerado nas doses da noite anterior, e contraído sem
dó uma dor de barriga daquelas que os fariam faltar a cerimônia
de premiação.
Pois bem, retirados os dois monstros, houve quem votasse
na regularidade do artilheiro, mordedor (literalmente)
e companheiro de Lionel, Luizito Suarez. O cara é simplesmente
o melhor no cenário de chacinas, a grande área sob a
ótica de Eduardo Galeano. Outro lembrou o belíssimo ano do
argelino Riyad Mahrez, preponderante na igualmente, fantástica,
inédita e histórica conquista do título inglês do até então
pequeno e desconhecido Leicester City.
Meu voto, enfim, deu destaque aos Garçons do Futebol,
os caras que armam e servem. Acredito que, logicamente, os
dois nunca deixariam de ser os craques completos, decisivos e
diferenciados que são, mas talvez, sem esses coadjuvantes, seus
números e resultados não fossem os mesmos.
Na discussão citei o alemão Tony Kross, o colombiano
James Rodriguez e o croata Luka Modric, ambos do Real.
Também os parceiros de Messi no Barça: Neymar e Suarez.
Mas apostei mesmo no espanhol Iniesta. Que, na verdade, não
repetiu o desempenho tão destacado, como em outras temporadas,
mas que até hoje paga o preço de ser contemporâneo
dos dois melhores do mundo.
Porque o espanhol é daquele tipo de jogador que não se
vê muito no futebol atual, tão dinâmico, de muita movimentação,
vigor físico, onde quase não se guarda mais posição. É o
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