Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
do nosso escudo e nossas estrelas no peito. Do povão cantando
nosso hino em vozes altas e trêmulas de emoção e alegria. Do
eco dos gols. Da bola de prata. Do louro de cabelos esvoaçantes
e do menino magrelo agradecendo aos céus.
Desde o campo da Vila Cincinato, em frente à residência
do governador Ferreira Chaves, passando pelo Morro Branco,
Juvenal e Castelão, outrora Machadão. Do Machadinho, DED,
Palácio, para a Ponta Negra, nas belas dunas, que maravilha. É
o nosso estádio!
Quem imaginara, antes da cidade pequena, pacata e
provinciana. Eram apenas 27 mil natalenses por aqui. Hoje
da Grande Natal, do elefante geográfico, além-fronteiras. Dos
milhares e milhares de agora espalhados por todo o Brasil.
Do povo, das multidões, o mais querido do orgulho
potiguar transcrito na letra de Dozinho. Do grande Rei do
Foot-ball, como escreveu o poeta Deolindo Lima há mais de
um século. É a vida de muitos corações espalhados nessa terra
de Felipe Camarão. Com sua arte, faz até branco, amarelo, moreno,
nêgo, cafuzo ou mameluco dançar xaxado. Igual Lampião,
mas longe das brenhas de Mossoró.
O fenômeno de Lili, João Emilio, Batalha, Borges, Cabral,
Paraguay, Freire, Bigois, Moacyr, Mandú, Nóbrega e Mousinho.
De Jorginho, Danilo, Alberi e Morais. Dos Marinhos,
Marquinhos, Sérgios, Leonardos e Reinaldos. Dos velhos e
jovens, muitos jovens. Dos muitos Josés, Severinos, Antonios,
Franciscos e Joões nos quatro cantos da cidade. Da Redinha à
Ponta Negra. Cruzando à BR de norte a sul.
O Bailarino de Barba malfeita definiria
seu amor com poesia. É um sím-
- 66 -
BAILARINO.indd 66 12/01/2019 16:12:42