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“Foi contratado o paulista Arthur Cidrin. Ele viria no
domingo pela manhã, em um carro alugado pela Federação
Paranaense. O percurso entre São Paulo e Curitiba tinha uma
tradicional parada na metade do caminho, para um lanche ou
café. Espertos, Manoel Aranha (presidente) e o dirigente athleticano
Cândido Mader foram até lá para recepcionar o árbitro.
Pouco tempo depois que chegaram, apareceu a limusine que
deveria transportar apenas o juiz Cidrin. O carro estaciona, e
o motorista, elegantemente, abre a porta do lado direito para
o árbitro descer. Aranha e Mader encaminham-se sorridentes
para dar boas-vindas ao juiz paulista. Enquanto isso, o chofer
dá a volta por trás do automóvel e abre a porta do lado esquerdo.
Quem é que desce do banco traseiro, o mesmo que viajava
o árbitro? Ninguém menos que Couto Pereira, o presidente
do Coxa”.
O que aconteceu foi isso mesmo que você imaginou. Enquanto
os athleticanos se deslocavam para receber o árbitro no
meio do caminho, o astuto presidente Coxa Branca já estava
em São Paulo, acompanhando Cidrin durante toda a viagem.
O Bailarino, atento como sempre,
com seus olhos excessivamente abertos,
diria que, em tempos atuais, roubar é o
verbo que, insistentemente, temos mais
conjugado, seja para o bem ou para o
mal. “É triste! Nos imaginamos mais
espertos do que somos”.
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