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os ídolos
Esta semana, lendo o livro “Anos 40: viagem à década
sem Copa”, do jornalista Roberto Sander, descobri em quem o
Rei Pelé buscou inspiração para ser o maior jogador de futebol
de todos os tempos. Quando criança e adolescente em Três
Corações e, mais tarde em Bauru, tinha como ídolo Zizinho,
ex-atacante do Flamengo e da seleção brasileira, eleito o melhor
jogador da Copa de 1950, ano em que o Rei completava
dez anos de idade.
Pois é, ídolo também tem ídolo. Creio que uma das poucas
exceções foi Garrincha. Aquele era incrivelmente diferente.
Vestir a camisa do time da fábrica de tecidos de Pau Grande,
onde nasceu, do Botafogo ou da seleção não era mais que obrigação.
O que ele queria era jogar pelada, disse Ney Castro, autor
da biografia do jogador. O que ele queria mesmo era passar
por todos os marcadores que aparecessem na sua frente. Não
torcia para nenhum time, muito menos tinha ídolo.
Mas voltando ao Rei, há de se destacar que seu reinado
nas décadas de 60/70 serviu de inspiração para muitos jovens
jogadores. Exemplo claro da representação de Pelé para o futebol
é que o Doutor Sócrates, ídolo do Corinthians, declarou
com todas as letras que era torcedor do Santos devido ao escrete
vencedor, comandado por Pelé, que possuía o Peixe nos
anos 70.
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