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Mas a rivalidade também pode ser positiva. Ela, muitas
vezes, expõe fragilidades e aponta caminhos a serem seguidos.
Dizem que as rivalidades fazem bem à alma do futebol, mesmo
que as birras façam mal.
Denise Fraga, atriz Global, que confessadamente não entende
(quase) nada de futebol, disse que “a paixão incondicional
por um time é uma coisa insana, difícil de explicar”. “Mas é
bela”, completa se rendendo ao inevitável.
Os rivais se enfrentam quatro, cinco vezes seguidas e
mesmo assim, não haverá consenso algum depois de tantos
jogos, pois assim mesmo é a rivalidade. Sem consenso.
Tem até aquela que gera receita para os clubes, como
a rivalidade corpo a corpo, centavo a centavo, clube a clube
entre a Globo e o Esporte Interativo, que lutavam pelos direitos
de transmissão do futebol brasileiro. É a concorrência que
valoriza o produto. É a rivalidade sadia, a que promove.
E tem a rivalidade que mata. As guerras das torcidas organizadas,
que descambam para a violência. Tem também a
lúdica, estilo Fla-Flu, capaz de, em 90 minutos, transformar
vizinhos, amigos e até mesmo parentes em inimigos mortais.
Mas há também, infelizmente, a rivalidade cega, que
gera conflito. É quando ela é encarada no sentido de aversão,
qualificando o adversário meramente como um inimigo.
Nesse contexto, a competição e a rivalidade agem no sentido
contrário ao aumento da produtividade. No futebol, é preciso
utilizá-las com sabedoria, para promover e valorizar o produto
oferecido. Em outras palavras, é mais viável unir esforços no
sentido colaborativo, para promover, garantir brilho e agregar
valor ao espetáculo esportivo.
Nessa Terra do Elefante, nos últimos tempos, nasceu um
tipo de rivalidade que limita o adversário em “dez por cento”.
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