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Seu Adenor, nosso Tite, é um gentleman, um exemplo de homem.
Educado, inteligente, coerente e vencedor. A amiga invejosa
agora deu para cismar com a aparência de Tite. “Futebol
é cabelo suado, assanhado, estilo Valderrama. Esse treinador
de terno e gravata, que fala bonito, de sapato italiano e cabelo
arrumadinho com gel não dá vencimento”.
Dias atrás quem partiu para briga com ela fui eu. A moça
passou dos limites. Quis pisar, como pano de chão, na bandeira
do Brasil que o amigo otimista trouxe de casa para decorar
sua mesa de trabalho. Intervi prontamente diante de tamanha
falta de respeito ao nosso símbolo nacional.
E para completar, ontem, a amiga invejosa disparou essa
pérola no Facebook: “Melhor um Maradona dopado que um
Pelé vendido. Sou alemã, mas se for pra torcer contra o Brasil,
visto até a camisa da Argentina”. Se bem que prefiro vê-la de
azul celeste, torcendo para o time do Messi, do que aturar suas
postagens e compartilhamentos em apoio a Bolsonaro para
presidente.
O Bailarino, com a taça da Copa
nos seus pensamentos, sentiria muita
vergonha de um ser assim. “Chorei pela
ausência de muitos ídolos, Che, Lenon,
mas gente assim, me faz chorar pela sua
presença. Inveja mata”.
Dia 17 de junho, quatro anos após a maior derrota em
Copas – indiscutivelmente em números – a seleção brasileira
dá início a mais uma caminhada, em busca do hexa. Dizem
que as derrotas nos ensinam. E se eu tenho uma certeza, é que
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