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REVISTA PÓS-VENDA 61

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Manuel Monteiro: Nós queremos ser<br />

o melhor cliente de muitos dos nossos<br />

fornecedores, em alguns temos quotas<br />

de 20 a 25%, e somos o fornecedor<br />

do nosso cliente, seja profissional ou<br />

particular.<br />

O e-commerce é a melhor solução<br />

para o cliente?<br />

LV: Sendo a B-Parts a faturar, a assumir<br />

o processo logístico e a trabalhar as garantias,<br />

acabamos por ter um risco associado.<br />

Somos defensores do modelo<br />

de e-commerce tal como o temos hoje,<br />

tendo, por isso, a possibilidade de agregar<br />

informação, pois somos uma empresa<br />

de retalho assente em tecnologia,<br />

mas permite-nos controlar o processo e<br />

trabalhar o pricing, o que é muito importante<br />

face a um marketplace.<br />

Outra vantagem muito importante é que<br />

representamos para os nossos clientes a<br />

solução em matéria de peças reutilizadas,<br />

possibilitando-lhes falar com um<br />

único interlocutor, com todas as vantagens<br />

associadas a isso.<br />

Todos sabem qual a nossa política de<br />

pagamentos, como funcionam as garantias,<br />

as devoluções, etc., o que se tornaria<br />

difícil para uma oficina gerir se,<br />

em vez de um, tivesse 40 ou 50 fornecedores<br />

de peças reutilizadas, cada um<br />

com a sua forma de trabalhar.<br />

A oficina passa a ter assim um interlocutor<br />

único, mas para os vossos<br />

fornecedores também tem vantagens?<br />

MM: Atualmente, um bom centro de<br />

abate, seja nosso fornecedor ou não,<br />

consegue ter uma taxa de resposta de<br />

7%, enquanto a B-Parts tem uma taxa<br />

de resposta que está nos 40%, subindo<br />

para valores acima de 60% se falarmos<br />

das peças de colisão. Isto é excelente,<br />

tendo em conta a diversidade da procura<br />

que temos.<br />

O conceito base pela qual foi criada<br />

a B-Parts ainda se mantém nos dias<br />

de hoje?<br />

LV: Sim, mantém-se exatamente igual.<br />

MM: Temos um documento de 2014,<br />

que serviu de base à criação da B-Parts,<br />

que é fiel ao momento que vivemos hoje<br />

na B-Parts em muitos dos parâmetros<br />

analisados.<br />

Mas o modelo de negócio foi evoluindo<br />

face à experiência adquirida?<br />

MM: Logicamente que fomos afinando<br />

o modelo, pois existem uma série de<br />

situações que são críticas para o nosso<br />

negócio, como por exemplo, a logística.<br />

Temos 80 fornecedores na Europa,<br />

60 dos quais trabalham com a B-Parts<br />

diariamente e estamos a fornecer peças<br />

para 16 países diferentes. Só a estrutura<br />

para coordenar esta logística de forma<br />

integrada é brutal!<br />

Depois, cada fornecedor tem o seu modelo<br />

de preço diferente. Nós temos que<br />

harmonizar tudo, trabalhar os preços,<br />

torná-los eficientes, fazer com que sirvam<br />

o nosso fornecedor, sejam competitivos<br />

para o cliente e ainda fique uma margem<br />

para reinvestir no nosso negócio. Como<br />

em tudo na vida, também tivemos sorte,<br />

mas também tivemos parcerias que nos<br />

permitiram escalar o negócio, como era<br />

nossa estratégia.<br />

LV: Todos foram importantes neste processo.<br />

Por exemplo, alguns fornecedores<br />

abriram-nos as portas e explicaram-<br />

-nos como funciona o mercado, o que<br />

nos permitiu evoluir mais rapidamente.

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