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Economia & Mercado Setembro 2020

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de Hugh Brown, não coube<br />

apenas pensar e implementar<br />

o projecto. Quando lá<br />

chegaram, faltava um “pouco<br />

de tudo” na região. Além<br />

de parcerias para edificar<br />

as infra-estruturas, foi necessário<br />

abrir vias de acesso<br />

no interior da área de<br />

conservação – um processo<br />

marcado pelas<br />

dificuldades no transporte,<br />

de barco, de cerca de 40<br />

mil toneladas de materiais<br />

de construção. “As comunidades<br />

locais aqui sempre<br />

foram uma prioridade para<br />

o projecto”, salienta Brown.<br />

“Procuramos sempre apoiar<br />

as pessoas. Mesmo quando<br />

estávamos a construir,<br />

foram os pescadores que<br />

transportaram tudo e, consequentemente,<br />

ganharam<br />

muito dinheiro.” Para Gabriel<br />

Zivane, chefe da comunidade<br />

de Chingunguene, a<br />

cerca de 20 quilómetros do<br />

centro do Santuário, o crescimento<br />

daquela região<br />

após o projecto é incalculável,<br />

a contar pelo facto de<br />

as populações estarem mais<br />

conscientes da importância<br />

da conservação. “Hoje, graças<br />

a este projecto, temos<br />

escolas aqui. Eu não pude ir<br />

à escola, mas hoje os meus<br />

netos podem. Além disso,<br />

eles ensinaram-nos que temos<br />

de cuidar dos animais”,<br />

observa Zivane. A área tem<br />

estado no radar de pesquisadores<br />

internacionais. Recentemente,<br />

Brown dirigiu<br />

uma equipa que esteve a<br />

analisar a biodiversidade<br />

marinha e costeira daquela<br />

área, numa pesquisa multidisciplinar<br />

que se estendeu<br />

às ilhas Primeiras e<br />

Segundas e que envolveu<br />

a Universidade Pedagógica<br />

de Moçambique. “As constatações<br />

preliminares são<br />

claras. Esta parte de Vilanculos<br />

tem uma biodiversidade<br />

riquíssima e única,<br />

que merece ser preservada”,<br />

conclui o empresário.<br />

texto ESTÊVÃO AZARIAS<br />

CHAVISSO<br />

fotografia D.R.<br />

O Santuário alberga algumas das mais importantes<br />

espécies de Moçambique. Vale a pena ir... e ficar<br />

ROTEIRO<br />

Como ir<br />

Voe com a LAM até Vilanculos<br />

e organize o transfer para o<br />

Santuário directamente com os<br />

hotéis. A ligação faz-se de barco<br />

e dura cerca de 40 minutos.<br />

ONDE DORMIR<br />

Existem duas unidades<br />

hoteleiras no Santuário: Dugong<br />

Beach Lodge e Pambele Beach<br />

House.<br />

Onde comer<br />

Os hotéis referenciados têm<br />

restaurantes, com um cardápio<br />

em que predominam os<br />

mariscos. Destaque para o caril<br />

de caranguejo, servido com<br />

matapa.<br />

O QUE FAZER<br />

Além de visitar pontos com<br />

uma beleza turística única e<br />

ver animais, é possível praticar<br />

desportos náuticos, incluindo<br />

passeios de barco e pesca<br />

desportiva.<br />

www.economiaemercado.co.mz | <strong>Setembro</strong> <strong>2020</strong><br />

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