Detetar Fragilidades e Oportunidades para Bragança
Análise da influência do comércio tradicional no turismo, comunidade e desenvolvimento local
Análise da influência do comércio tradicional no turismo, comunidade e desenvolvimento local
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concluído, restaram a cabeceira, com três capelas<br />
semicirculares, uma das torres da fachada e o arranque<br />
da parede da nave lateral, visível no lado sul. No absidíolo<br />
sul encontra-se um sarcófago monolítico de granito,<br />
composto por arco feral <strong>para</strong>lelepipédico, com tampa de<br />
secção pentagonal com remate superior de duas águas.<br />
O túmulo está decorado por dois brasões e uma inscrição<br />
inacabada – "ERA DE MIL E CCC E" – gravada na sua tampa.<br />
Est. De Conservação: bom.<br />
Localização: Aldeia de Castro de Avelãs<br />
Lendas e Tradições: uma velha tradição diz que o túmulo,<br />
guardado no interior de um dos absidíolos, pertence ao<br />
cavaleiro D. Pelaio, conhecido como conde de Ariães.<br />
Segundo reza a lenda, este conde fazia vitoriosas<br />
incursões bélicas contra os muçulmanos no tempo de D.<br />
Ramiro II, que encantavam os habitantes de <strong>Bragança</strong>.<br />
Este propusera-lhe entregar a cidade, caso concordasse<br />
entrar num desafio campal com um mouro, mas em<br />
força desigual. Confiante do seu triunfo, o conde aceitou o<br />
desafio marcado <strong>para</strong> o dia de São Jorge, a quem<br />
prometeu, em caso de vitória, erigir uma capela da sua<br />
invocação a qual visitaria anualmente em procissão.<br />
No Prado do Talho, o cavaleiro derrotou o inimigo, no<br />
limite da veiga de Airães, e mandou edificar um templo<br />
em honra de São Jorge. Outra tradição conta um episódio<br />
menos feliz da história deste conde. Certo dia, este<br />
zangou-se com a sua mãe, por esta não ter o jantar<br />
pronto quando voltava da caça e no pico da sua ira<br />
atiçou-lhe os cães que a mataram. Como forma de<br />
castigo, pelo crime horrendo que cometera, foi obrigado a<br />
tirar um cabelo da sua cabeça e metê-lo numa pia com<br />
água debaixo de uma pedra, até que este se<br />
transformasse numa cobra. Quando o animal estivesse<br />
bem crescido, seria metido com o conde numa tumba,<br />
identificada com o túmulo do mosteiro de Castro de<br />
Avelãs, <strong>para</strong> que fosse devorado pela cobra e assim fosse<br />
vingada a morte da sua mãe.<br />
PONTE DE ARIÃES<br />
Datação: Idade Média/Idade Moderna.<br />
Descrição: ponte de tabuleiro em cavalete assente sobre<br />
três arcos desiguais com longas rampas. O arco de<br />
maiores dimensões é o arco do meio, quebrado como o<br />
arco lateral Sul. O arco lateral norte é de volta perfeita.<br />
Na base dos arcos há cavidades <strong>para</strong> apoio dos<br />
agulheiros. O tabuleiro tem cerca de 3 metros de largura,<br />
está pavimentado com camada betuminosa e tem<br />
guardas de metal. O aparelho é de alvenaria de xisto, tem<br />
dois pegões reforçados com contrafortes, talhantes<br />
triangulares e talha mares de secção circular.<br />
Est. De Conservação: bom.<br />
Localização: Castro de Avelãs, <strong>Bragança</strong><br />
IGREJA DE SÃO SALVADOR DO MUNDO, MATRIZ<br />
DE GOSTEI<br />
Datação: século XVIII (conjetural) /século XIX.<br />
Descrição: igreja barroca de planta longitudinal, com<br />
uma nave e capela-mor de formato retangular. Do lado<br />
esquerdo tem adossado o batistério e a sacristia. O<br />
altar-mor apresenta um retábulo de talha dourada e<br />
branca com a imagem de São Sebastião no centro.<br />
Est. De Conservação: muito bom.<br />
Localização: Gostei, <strong>Bragança</strong><br />
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