Detetar Fragilidades e Oportunidades para Bragança
Análise da influência do comércio tradicional no turismo, comunidade e desenvolvimento local
Análise da influência do comércio tradicional no turismo, comunidade e desenvolvimento local
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de pedra, à entrada da povoação; aqui se publicam os<br />
factos mais relevantes e dignos de crítica que<br />
aconteceram ao longo do ano que findou.<br />
FESTA DE SANTO ESTÊVÃO DE REBORDÃOS<br />
Acontece no dia 26 de dezembro. Três dos quatro<br />
mordomos vão realizar o ritual do peditório, cada qual na<br />
sua área de influência, de casa em casa e acompanhado<br />
por um "careta" (mascarado). O quarto mordomo<br />
permanece na Casa do Povo <strong>para</strong> tratar da gestão da<br />
refeição comunitária.<br />
A Mesa de Santo Estêvão, é uma refeição comunitária cujo<br />
prato principal é constituído por bacalhau e batatas<br />
cozidas, <strong>para</strong> todo o povo e forasteiros, com a atuação de<br />
pantominas dos “caretas” (mascarados) que são os<br />
grandes animadores da festa.<br />
FESTA DOS RAPAZES DE AVELEDA<br />
A festa começa a 25 de dezembro com rondas pela aldeia<br />
com gaiteiro, comédias (crítica social), atuação dos<br />
caretos, convívio popular e baile. No dia 26 de dezembro –<br />
dia de Santo Estêvão, os caretos continuam a marcar<br />
presença pelas ruas da localidade.<br />
FESTA DOS RAPAZES DE VARGE<br />
25 de dezembro: Rondas com gaiteiro, loas com teatro de<br />
rua (crítica social), atuação dos caretos, ronda de Boas<br />
Festas pela aldeia com os dois mordomos que<br />
transportam cada um a sua vara em forma de árvore,<br />
onde colocam os donativos.<br />
26 de dezembro – dia de Santo Estêvão: Rondas, almoço<br />
<strong>para</strong> os rapazes com eleição e proclamação dos novos<br />
mordomos, jantar, convívio e baile.<br />
MORTE, DIABO E CENSURA<br />
Nos últimos anos regressaram às principais ruas do<br />
centro histórico da cidade, sempre na quarta-feira de<br />
Cinzas. O trio de personagens, constituído pela Morte, o<br />
Diabo e a Censura, sai à rua pelos bairros mais antigos da<br />
cidade com a finalidade de perseguir as moças; quando<br />
as alcançam, castigam-nas com seus chicotes; quando<br />
ela se refugiam em casa, o Diabo arranja maneira de<br />
entrar; não sendo possível entrar pela porta, saltam pelas<br />
janelas ou varandas. Tudo isto se justifica: estamos na<br />
Quarta-feira de Cinzas e necessário se torna lembrar às<br />
pessoas que devem fazer penitência. Contudo, o ritual<br />
acaba por se tornar um momento de diversão; por isso se<br />
diz que <strong>Bragança</strong> tem mais um dia de Carnaval.<br />
OS REIS DE REBORDAINHOS<br />
O cantar dos Reis em Rebordainhos faz-se à luz do dia;<br />
logo pela manhã, reúnem-se os cantores, à porta da<br />
igreja; como que guiados pelo careto, que vai à frente,<br />
dirigem-se a todas as casas da freguesia, onde cantam os<br />
tradicionais “reis” e recebem os donativos dos moradores.<br />
No final faz-se o leilão, revertendo o estipêndio em<br />
benefício das almas dos defuntos. O careto, sendo<br />
conotado com o diabo, desempenha o papel (quase)<br />
sagrado de mestre-de-cerimónias de todo o ritual.<br />
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