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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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pessoal e da sua verdadeira necessidade para as mulheres. Os homens têm que continuar

sendo necessitosos das mulheres, para que sua insegurança seja assegurada, e o controle

do imperativo feminino seja garantido.

O poço de conhecimento e consciência que o Jogo representava tinha que ser

envenenado.

As convenções sociais nas quais o imperativo feminino dependia há décadas não eram

mais tão efetivas quanto eram em uma era pré-internet. A contínua expansão do Jogo

nos domínios social, psicológico, evolucionário e biológico era uma evidência de que o

Jogo era algo que aquela antiga convenção não podia conter, de modo que o imperativo

desenvolveu novos tatos ao mesmo tempo que reinventava os antigos.

Envergonhar e ridicularizar eram (e ainda são) as táticas rudimentares que os menos

intelectuais do imperativo feminino recorriam, mas a expansividade do Jogo precisava

de algo que o distorcesse mais. Os defensores do imperativo feminino começaram a

admitir certos pontos universais que o Jogo havia afirmado há muito tempo sobre a

natureza feminina (e o imperativo feminino havia há muito rejeitado) em um esforço

para cooptar o impulso social que o Jogo levou mais de uma década para desenvolver.

O Imperativo Feminino não podia argumentar com a validade extensiva e comprovável

dos princípios do Jogo, por isso procurou (procura) reprojetar o Jogo a partir de dentro e

modificá-lo para seu próprio propósito. O Imperativo Feminino quer apenas poder

masculino o suficiente para devolver os homens a um estado de utilidade melhorada

(realmente mais antiga) para seus próprios fins, mas não tanto que a verdadeira

emancipação masculina do imperativo ameaçaria seu domínio. Ao cooptar o jogo e

admitir que as verdades são menos ameaçadoras, o imperativo espera construir Betas

melhores - homens que acreditam que estão empoderados pelo Jogo, mas ainda estão

comprometidos com o Imperativo Feminino.

A verdadeira emancipação do imperativo ameaça seu domínio, de modo que os homens

que enxergam através disso são rotulados como Obscuros, Sociopatas e Desviantes pelo

imperativo. Não foi suficiente apenas se infiltrar no Jogo e higienizá-lo para o seu

benefício, o Imperativo Feminino teve que categorizar o Jogo por si mesmo - Jogo do

Bem vs. Jogo do Mal. O bem, é claro, sendo característico de quaisquer aspectos que

beneficiassem o imperativo, e o mal sendo qualquer coisa que "egoisticamente"

beneficiasse o masculino. O Imperativo Feminino não se importa com as várias

ramificações do Jogo - natural, internalizado, casado, etc. - só se preocupa com que

aspectos daqueles ramos que podem ser distorcidos para sua vantagem e quais aspectos

não podem.

Isso nos leva ao Jogo como o conhecemos hoje. O jogo ainda está evoluindo, e se eu

tivesse a presciência de ver aonde ele iria seguir, eu me arriscaria a dizer que seria a

emancipação dos homens do Imperativo Feminino. Não uma emancipação das

mulheres, mas uma emancipação do condicionamento e propósito do imperativo delas.

Não é uma negligência das mulheres por parte dos homens como fazem os MGTOW, na

esperança de que elas se comportem como os homens gostariam depois de não terem

outra escolha, mas uma verdadeira emancipação pelo Jogo do controle que o femcentrismo

manteve por tanto tempo.

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