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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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Uma questão que muitos dos meus críticos têm é que, ao expor essas inconsistências,

essas convenções sociais operativas e os propósitos latentes por trás delas, minha escrita

(na verdade, a maioria da manosfera) parece assumir um tom conspiratório.

Eu consigo entender completamente isso, e talvez isso choque alguns leitores, mas eu

rejeito grande parte da perspectiva popularizada de MRA (ativistas dos direitos dos

homens) a esse respeito. Eu concordo com uma perspectiva de MRA em uma análise

racional até certo ponto, mas não há uma grande conspiração, nenhum cabal secreto e

misterioso promovendo uma percepção negativa da masculinidade - e é exatamente por

isso que o que eu descrevo no meu blog é tão difundido.

Não precisa haver um grupo unitário de "anti-homens" empenhados em alguma meta

melodramática de dominação mundial, porque esse ideal feminizado já está embutido

em nossa socialização. O femi-centrismo é nossa consciência social coletiva.

Ele não precisa de uma diretoria centralizada porque a mentalidade já está tão instalada

e perpetuada pela sociedade como um todo, que se tornou normalizada, tomada como

certa e autoperpetuada. CFPs criando CFPs leva a ainda mais CFPs. Esta geração não

percebe sua própria parcialidade porque ela foi padronizada, incentivada e reforçada

neles e na sociedade ao longo de várias gerações.

O que há para questionar, especialmente quando chamar a atenção para a dinâmica da

feminização leva à chacota e ao ostracismo?

Então, para responder à questão da conspiração: Não, não há uma conspiração de

sombras dos Illuminati, e é exatamente isso que faz da feminização o padrão

normalizado e ignorado.

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