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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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muito menos advogando, que um homem explore suas opções e abra sua experiência

para fazer sexo com vários parceiros. Mais uma vez, esta convenção social é inatacável.

Parece que faz sentido, “rapaz, eu estou feliz de me casar/morar junto com a única

garota com quem eu já tive a oportunidade de transar e não pegar uma doença, pffew!”.

Soa como convicção, quando na verdade é uma racionalização pela falta de outras

opções realistas com as mulheres ou uma incapacidade de lidar com o medo da rejeição

de múltiplas fontes. Mais uma vez, a necessidade se torna virtude.

Localização, localização, localização

Outro artifício comum é a presunção de que mulheres menos que desejáveis (de baixa

qualidade) serão necessariamente encontradas em bares e clubes (ou em outros lugares

de “má reputação”). Assim, o frustrado evitará fortemente esses lugares. Este é, mais

uma vez, outro exemplo da lógica binária de um CFP e ignora completamente que: A.)

mulheres com as quais eles possam fazer uma conexão bem-sucedida frequentam, de

fato, clubes, e B.) mulheres menos desejáveis também podem ser encontradas em locais

de reunião “alternativos” (cafeteria, campus universitário, biblioteca, estudo da Bíblia

ou qualquer outro “lugar seguro”). No entanto, fazer aproximações em um clube é

difícil para os inexperientes aderentes ao jogo e para o CFP.

Há muita concorrência e muito potencial para a rejeição "em tempo real" para os

despreparados. Ao mascarar esse déficit em Jogo com a condenação de tais lugares, o

CFP acha que está matando dois coelhos com uma cajadada - ele está protegendo seu

ego de uma rejeição muito real e é elogiado pela sociedade "adequada" (ou seja, as

pessoas que freqüentam clubes mas dizem que não) por ser um pessoa honesta para

evitar aqueles "antros de iniqüidade".

O mito de "outros caras"

Esta talvez seja a convenção social CFP mais perigosa. Todos nós gostaríamos de

pensar que somos indivíduos únicos e especiais. É um pensamento reconfortante, mas

nossa singularidade não significa nada se não for apreciada. Todos gostaríamos de ser

belos, talentosos, inteligentes e extraordinários de alguma forma até certo ponto e fazer

com que os outros percebessem essas qualidades de forma inequívoca.

Esta é a raiz da convenção "Não é como os outros caras". A idéia é que o CFP pode e

será apreciado em um grau maior por suas convicções pessoais e/ou por sua maior

capacidade de se identificar com os pré-requisitos declarados para homens por mulheres

comparando-se com os nebulosos "Outros Caras" que são vistos como não cumpridores

dessas condições estabelecidas para a intimidade. A intenção é, em essência, gerar autoprova

social para a atração enquanto substitui um elemento social real por uma

evidência social.

A falácia deste esquema é que é sempre melhor demonstrar prova social do que explicála,

mas isso é perdido no CFP que adere a esta convenção. Isso só se torna mais

agravado pelo reforço que ele recebe de outros CFPs (e, na verdade, da sociedade em

geral), compartilhando seu desejo de ofuscar os "Outros caras" fantasmas. Lhe dão um

tapinha nas costas e ele é elogiado por homens e mulheres por voluntariamente moldar

sua personalidade para melhor se adequar ao ideal percebido de uma mulher. Lhe dizem

em tantas palavras “ah, CFP, estou tão feliz que você não seja como os outros caras”.

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