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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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namoro/acasalamento, convenções sociais operativas usadas para manter a dominância

cognitiva e leis e legalidades que vinculam a sociedade em benefício do feminino. A

partir disso, é derivado o status padrão dos homens como o sexo "descartável",

enquanto as mulheres são o sexo protegido. É essa raiz que o imperativo usa para

desculpar (não pedir desculpas) as inconsistências mais flagrantes e as atrocidades das

mulheres.

A monogamia e a fidelidade são úteis apenas quando combinadas com uma hipergamia

otimizada.

Sem essa otimização, elas são obrigações inconvenientes para a realidade feminina.

Para efetivar essa realidade, os homens devem estar convencidos de que eles mesmos

têm um grau de controle maior do que o imperativo feminino exerce. Eles devem

acreditar que são eles que são os mestres de uma realidade definida pelo feminino,

enquanto permanecem dependentes dos sistemas que a realidade feminina delineia para

eles. Assim, eles são informados de que são reis, brutos, selvagens, patrícios,

intelectuais, elites, qualquer coisa que possa convencê-los de que a realidade em que

existem é privilegiada e serve expressamente a seu próprio propósito egoísta. Já sendo o

"sexo protegido", tudo isso incentiva a presunção padrão de vitimização para o

feminino.

A cereja do bolo de ironia da realidade feminina é que os homens devem ser acusados

de patriarcado, ao mesmo tempo que permitem o próprio enquadramento do imperativo

feminino. A estratégia sexual feminina é vitoriosa porque, mesmo sob os auspícios

inventados da opressão masculina, ainda é o estado objetivo feminino que é acordado

como o esforço correto. Satisfazer o imperativo feminino, alcançar os fins da estratégia

sexual feminina pluralista ainda é a condição normativa. Os objetivos dos homens são

aberrantes, os das mulheres são beatificados.

Perdoe-me se eu for um pouco poético demais aqui, mas é importante ver a Matrix pelo

que ela realmente é. Na próxima ocasião em que você se depara com as opiniões até

mesmo da mulher mais bem-intencionada (ou do homem feminizado) sobre a vida,

relacionamentos, casamento, ter filhos, religião, etc., compreenda que suas percepções

se baseiam nessa realidade. Ela está correta porque suas crenças se alinham com o que a

estrutura de sua realidade reforçou nela como correta. Qualquer outro quadro de

referência é absolutamente estranho para ela, na melhor das hipóteses, perverso e mal na

pior das hipóteses.

Femi-centrismo

Minha intenção com tudo isso é ilustrar como a realidade em que achamos as coisas

“normais” é representada pela influência centrada no feminino. Em todas as etnias e

abrangendo todo tipo de diversidade social, essa influência é tão insaturada em cultura,

leis, mídia, entretenimento, desde nossa consciência social coletiva até nossa psique

individual, que simplesmente tomamos como garantida como a estrutura operativa em

que vivemos. Percebo que esta é uma pílula difícil de engolir, porque o imperativo

masculino de fato se cruza com o imperativo feminino, dependendo de objetivos

mútuos. No entanto, a questão é que o quadro operativo, a realidade em que atuamos, é

definida principalmente pelo feminino.

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