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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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(geralmente aqueles tão sem opções que desculpam seus comportamentos para chegar à

sexualidade delas, ou homens tão condicionados que eles ignoram isso como normal).

É socialmente aceitável que uma mulher gire descaradamente pratos.

Isso te soa chocante? Enquanto uma mulher que torna suas práticas sexuais um pouco

óbvias corre o risco de ser percebida como uma vagabunda (o que é improvável de

acontecer em nossa época), a maioria das mulheres relativamente atraentes secretamente

tem um bocado constante de iniciantes pronto para uso a qualquer tempo - também

conhecidos como "Orbitadores".

Os orbitadores são os provedores de atenção, os caras do “talvez”. Faz pouca diferença

em termos de opções disponíveis, das quais ela escolhe a qualquer momento. O próprio

fato de que ela tem cinco ou seis deles perseguindo-a é o suficiente para aumentar seu

senso de auto-estima, seu status social entre suas companheiras do mesmo sexo, e darlhe

a confiança para soltar qualquer um dos seus pratos a qualquer momento, sabendo

que mais 2 ou 3 caras (ou mais 20 no facebook) estão prontos para tomar o seu lugar,

sem perguntas, e com racionalizações pré-concebidas prontas.

Além disso, essa prática é reforçada socialmente por mulheres fazendo a mesma coisa, e

as convenções sociais construídas para desculpar o comportamento. É a regra não dita

da prerrogativa de uma mulher: uma mulher sempre pode mudar de idéia.

Essa é uma ferramenta poderosa para as mulheres - em qualquer situação, se uma

mulher não escolhe ser sexual, ela foi necessariamente forçada (ou obrigada), mesmo

quando é depois do fato. Ou o “babaca" forçou-a, física ou emocionalmente, ou ela

pensou que queria, mas depois reconsiderou - faz pouca diferença. Em todas as

situações sociais, o padrão é estar ao lado do feminino, o “sexo frágil” - mulheres, por

simpatia ou empatia, e homens, por um desejo de eventualmente se tornar íntimo delas.

Em ambos os casos, a prerrogativa feminina é socialmente reforçada. Isso é importante

para entender, porque, o fato de eu sequer falar sobre esse assunto aqui, como um

homem, faz com que meus motivos para fazê-lo tornem-se suspeitos. É assim que essa

dinâmica é incorporada - questioná-la pode levar ao ostracismo. No entanto, também

entendo que, para a maior parte das mulheres, essa dinâmica de girar pratos não é um

esforço consciente da parte delas. Na verdade, eu diria que é algo tão completamente

reconhecido que as mulheres tomam isso por padrão de forma autônoma. Além disso,

este é um bom exemplo do primeiro princípio do poder - quando você tem poder,

sempre finja impotência.

Reinado livre

Assim, com um firme entendimento de que seus comportamentos serão, na maioria das

vezes, desculpados, elas estão livres para praticar a forma feminina da teoria dos pratos,

livres de represálias sociais. O giro de pratos feminino envolve muito mais do que sexo.

Lembre-se, a atenção é a moeda do reino na sociedade feminina. A capacidade de

comandar a atenção determina a autoestima, o status entre colegas, a seletividade sexual

e uma série de outros fatores na vida de uma mulher, de modo que girar pratos se torna

mais do que apenas um prospecto sobre “com quem eu vou ficar hoje à noite”. Esta

dinâmica e esses fatores são o que torna as mulheres giradoras de pratos por natureza.

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