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Rollo Tomasi (2013), O Homem Racional - PT-BR

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DE AMOR E GUERRA

Geralmente, as pessoas de ambos os sexos não gostam de ter o amor definido para elas.

O conceito de amor é carregado de subjetividade, e não sem surpresa, você ofenderá as

interpretações e sensibilidades das pessoas ao tentar conter sua ideia de amor em uma

caixa definida. Esta é uma das razões pelas quais o amor é uma idéia tão grande e

humana, mas sua ambigüidade é também a principal causa de grande parte da tragédia

humana e do sofrimento que experimentamos.

Nós vemos o amor em contextos religiosos, interpretações pessoais, ensaios filosóficos,

dinâmicas biológicas e toda uma série de outras arenas, por isso é muito fácil entender o

quão universalmente confuso, manipulador, e também o quão aproximador e benéfico o

amor pode ser de acordo com o quão bem, ou quão mal nossos conceitos de amor se

alinham com os dos outros.

Ao delinear (não definir) uma perspectiva masculina do amor em contraste com uma

perspectiva feminina, é necessário compreender como o entendimento do amor do

homem muda à medida que ele amadurece. Muitos comentaristas do Rational Male

queriam encontrar a base desse conceito em seu relacionamento com suas mães. Por

mais Freudiano que isso soe, eu não diria que é um mau começo.

Os homens de fato aprendem suas primeiras impressões de amor íntimo, físico e

benéfico de suas mães, e isso então forma a base daquele amor esperado de suas

possíveis esposas (ou amantes). Mesmo quando as crianças são incapazes de pensar em

termos abstratos, há uma compreensão inata e básica da condicionalidade que deve ser

satisfeita para manter esse amor materno. Yohami postou uma ótima ilustração disso

com o experimento do rosto parado. O comentador Yohami destrinchou isso assim:

Esse circuito é impresso antes de aprendermos a falar = antes de sermos capazes de

formar conceitos concretos e abstratos. É um circuito básico de quatro elementos

emocionais/comportamentais.

Existem muitas maneiras pelas quais o circuito pode ser impresso “errado”. Uma delas é

ter a mãe (ou pais) na ponta receptora, fazendo da criança o doador. Outro é tê-lo

possuindo a moldura. Outro é quuando a mãe (ou pais) responem apenas quando a

criança age. Outro é fazer o garoto agir e depois silenciá-lo/puni-lo por isso. Etc.

Brevemente, o garoto entende o jogo e começa a jogar.

E então você constrói tudo em cima disso.

Suas experiências de 12 a 21 anos, naturalmente, ajudaram a formar você, porque agora

você tem 35 anos e esse é um jogo acumulativo de somas. Mas honestamente, o que

aconteceu com você de 12 a 21 anos, são as mesmas mecânicas que já estavam

acontecendo, adicionando apenas mais influência do mundo externo, desejo sexual e

pressões adicionais.

Estou tentando localizar a fonte da dor, e é essa: como uma bússola ou uma peça

geométrica que deseja encontrar o equilíbrio, a dor quer encontrar o “bom” novamente

(do bom, o mau e o feio), mas só sabe chegar a esse “bom” equilibrando-se

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