UnicaPhoto - Ed.18
Revista do Curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
Revista do Curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
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o que se faz na Amazônia e o que o
governo lá não faz.
O primeiro brasileiro a receber
o icônico Prêmio Pulitzer é um
fotojornalista, o genial Boechat.
Orgulho.
O fotojornalismo não morreu.
Por aqui, a tragédia de Petrópolis
foi registrada em imagens que
foram publicadas nas primeiras
páginas dos jornais e na internet,
produzidas por fotojornalistas.
A Arfoc – a associação que reúne
os fotojornalistas e cinegrafistas
do Estado de S.Paulo anuncia
sua mostra anual com quase 800
fotos inscritas e cerca de 250
selecionadas para a exposição
virtual.
Quando comecei na profissão, no
começo da década de 1970, meu
mantra e de meus parceiros era
“nós somos os olhos do leitor” isto
porque chegávamos onde poucos
chegavam. Nós e nossa pesada
tralha, nossos equipamentos de
registrar, fotografar e transmitir
imagens, nossas fotografias. O
tempo passou a tecnologia acelerou
- e não para de acelerar, o que é
ótimo,- e hoje os quase 8 bilhões
de habitantes aqui do planeta,
tem quase 4 bilhões de celulares
com suas câmeras. Todo mundo
fotografa, poucos eventos ficam
sem registro porque sempre tem
uma câmera/um celular perto. E
isto também é muito bom.
Mesmo assim são os fotojornalistas
que continuam indo às guerras, se
expondo às pandemias, ao Covid,
ao Ebola, à Ucrânia, à Síria, ao
Iraque. A tralha diminuiu, não
muito, mas diminuiu. E como
é uma profissão, ela requer
a pesquisa e o investimento
intelectual e formal que
fotojornalistas têm que ler e
mergulhar na História o mais que
puderem. É isto que permite ler o
evento que ele vai cobrir. Ajuda a
se posicionar.
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