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UnicaPhoto - Ed.18

Revista do Curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco

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imagens são registros de cenas

urbanas e rurais. São famosas

suas fotografias panorâmicas de

cidades como o Rio de Janeiro.

O brasileiro Augusto Malta foi

responsável pela documentação

da urbanização e modernização

da cidade do Rio de Janeiro,

posteriormente nomeado fotógrafo

oficial do Distrito Federal pelo

prefeito Pereira Passos, quando a

cidade era a capital do país.

No início do século XX, coube

à empresa norte-americana

Kodak lançar a câmera Brownie

de papelão, portátil e barata.

A revelação, óbvio, ficava sob

responsabilidade exclusiva da

fabricante. Além de filmes de

rolo e de maior sensibilidade,

era então possível captar cenas

em movimento. A fotografia

adquire, nesse momento, uma

nova dinâmica e se populariza,

vira mania em todas as camadas

sociais. Um meio de comunicação

novo proporcionando a expressão

do real em toda as suas

possibilidades.

Nos idos de 1925/26, a fabricante

alemã Leica construiu a primeira

câmera para filmes 35mm. Muito

pequena, leve e com possibilidade

de operar películas mais sensíveis.

Começa o distanciamento da

fotografia pictórica e dos retratos

posados. O fotógrafo tem mais

liberdade de movimento na busca

de ângulos e enquadramentos.

Mais de uma década depois,

o fotojornalismo começa se

impor como um meio auxiliar da

comunicação, com a cobertura da

Segunda Guerra. Isso estimulou

a profissionalização, já com um

aliado importante, que apareceu

nos anos de 1930. A máquina

de telefoto, uma geringonça

apresentada pela agência de

notícias norte-americana UPI

(United Press International),

transformava, “num passe de

mágica”, as imagens em preto

e branco em impulsos elétricos,

enviando-as para qualquer lugar

do planeta.

Era um trabalho complicado,

porque o fotógrafo, além de

operar a máquina, precisava

antes revelar o filme e depois

ampliar as cópias em quartos

escuros improvisados em algum

lugar onde existisse uma linha

telefônica. Era contar com a sorte

o tempo todo, mas o fato é que a

telefoto permitiu ganho de tempo

para que as imagens chegassem

até as rotativas para impressão

com muito mais agilidade.

Como o tempo não para, nos

anos 1990 veio uma mudança

radical no processo fotográfico,

com o lançamento da primeira

câmera com tecnologia digital.

De novo a Kodak saí na frente

e lança o modelo DCS 200. A

novidade trouxe o dispositivo

CCD (Charged Coupled

Device), de captura da imagem,

armazenando-a em um cartão de

memória, decretando “a morte” do

filme negativo.

Nesse ponto tivemos uma

ruptura na atividade do fotógrafo

profissional, para sempre livre

da tarefa de revelar e copiar.

Um ganho impressionante de

tempo, com o trabalho acessível

quase que instantaneamente. Um

momento ainda mais avassalador

estava por vir, nos anos de

1980, com o surgimento dos

smartphones, os celulares, que

desde a versão “tijolo” até o

Alcir Lacerda posa

com câmera de

Rolleiflex.

Foto: Reprodução

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