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Jornal das Oficinas 117

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas17Novo quadro legislativo trouxe alteraçõesPreocupações e desafios do setor“O sistema de inspeção deveículos implementadoem Portugal é dos maiseficazes e rigorosos daUE”, afirmou Paulo Areal,Presidente da ANCIAOexercício da atividade de inspeção de veículos emPortugal, fruto do novo enquadramento legislativo,sofreu alterações significativas nos últimos anos, deonde derivam um conjunto de preocupações e desafios.Designadamente:- A abertura de novos centros de inspeção muito paraalém daquilo que o utente necessita deste setor de atividade,o que, decididamente, irá gerar dificuldadesde vária ordem, nomeadamente, no controlo do sistemae da qualidade <strong>das</strong> inspeções;- O aumento da contrapartida financeira a entregarpelos centros de inspeção ao IMT, I.P. pela realizaçãode cada inspeção que, num prazo de três anos, passoude 5% para 15%, ao que acresce a ausência de qualqueratualização <strong>das</strong> tarifas <strong>das</strong> inspeções em 2015;- A retração na procura do serviço de inspeção, comodemonstra o relatório anual referente a 2013 publicadopelo IMT, I.P., tendo-se registado uma diminuição de96.699 inspeções em relação ao ano de 2012.Para a ANCIA, este são alguns dos desafios que exigemuma profunda reflexão, quer sobre o importantepapel que este setor desempenha na nossa sociedade,quer sobre a criação de condições para o exercício destaatividade, não devendo ser colocada em causa a sustentabilidadedos centros de inspeção, pressupostoessencial para continuar a garantir a qualidade e rigorna prestação deste serviço ao utente.fundar o diálogo com o Governo e comtodos os parceiros sociais e estabelecerpontes com as associações cívicas desegurança rodoviária e, consequentemente,reforçar a sua posição como umimportante parceiro estratégico do setor<strong>das</strong> inspeções em Portugal.A realização desta convenção constituiuuma oportunidade de atualização deconhecimentos, partilha de experiênciase de saber fazer. E proporcionou umambiente de discussão enriquecedor,quer pelas matérias aborda<strong>das</strong>, quer pelaelevada qualidade dos seus oradores.Convenção ANCIAConclusõesGoverno e ao IMT, que é a entidade reguladoradeste setor.A implementação de inspeção obrigatóriaaquando da alteração da titularidadedo certificado de matrícula e dainspeção extraordinária sempre que severifique a participação de sinistro queenvolva veículos que apresentem danosestruturais, é outra <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> incluí<strong>das</strong>no caderno reivindicativo.Este programa de ação consiste numprojeto que deverá envolver e aproximartodos os intervenientes públicos e privadosrelacionados com a segurançarodoviária. Pelo que a ANCIA vai aprolA Convenção revelou-se comoum principal fórum de discussãosobre o importante papel dos centrosde inspeção na redução da sinistralidaderodoviária, de onde sedestacam as seguintes principaisconclusões:1. A importância e o contributo dainspeção de veículos no cumprimentodos objetivos do Plano NacionalRodoviário, até 2020: reduzirpara metade o número de acidentesrodoviários. E, até 2050, zero mortos.2. A obrigatoriedade de inspeção atodos os veículos a motor que circulamna via pública, designadamente:veículos a motor de duas e três ro<strong>das</strong>;tratores agrícolas e máquinas industriais;veículos que apresentem danosestruturais na sequência da participaçãode um sinistro, bem como noscasos de alteração da titularidade docertificado de matrícula.3. O contributo significativo <strong>das</strong> inspeçõestécnicas de veículos na prevençãorodoviária tem de continuara ser complementado com uma forteação por parte dos agentes fiscalizadoresdo trânsito.4. Saiu reforçada a recomendação daANCIA, bem acolhida pelo IMT, I.P.,no sentido de alguns dos serviçosprestados por este instituto (relacionadoscom veículos), poderem serprestados pelos centros de inspeção.5. A necessidade de avançar e implementarum novo sistema decomunicações entre os Centros deInspeção e o IMT, I.P.6. Os presentes interiorizarem bemque as inspeções aos motociclos, triciclose quadriciclos com cilindra<strong>das</strong>uperior a 250 cm3 vão arrancar no2.º semestre de 2016.Mesa da presidênciacomposta por: AntónioNunes (ANCIA), PauloAreal (ANCIA), JorgeJacob (ANSR), CarinaOliveira (AR) e CarlosSantos (ANCIA). Oalmoço decorreu noagradável páteo doCentro Cultural deCascaisJorge Jacob, Presidente da ANSR, defendeo alargamento <strong>das</strong> inspeções aos tratoresagrícolas, devido aos acidentes ocorridosA deputada Carina João Oliveira destacou ocontributo que as inspeções periódicas dãopara o aumento da segurança rodoviária7. Preocupação com o elevado númerode novos centros de inspeção,que vai gerar dificuldades de váriaordem, nomeadamente no controlodo sistema de inspeção, assim comona qualidade <strong>das</strong> inspeções e na segurançarodoviária.8. A necessidade de garantir a estabilizaçãoe o equilíbrio estruturaldeste setor de atividade. É tempode estabilizar este setor e permitirque os centros de inspeção possamexercer a sua atividade e, assim, garantiro interesse público, mormentea segurança rodoviária, que está intimamenteligada ao estado de conservaçãodos veículos em circulação.www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Agosto I 2015

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