I I e n d e s aaftosa. Os pecuaristas reconhecem a competência do serviço veterinário oficial,mas julgam que faltam meios de ação à defesa sanitária do Estado. Essesresultados fundamentaram a elaboração de um questionário que serviu debase a um inquérito por amostragem envolvendo os municípios de Rio Verdede Mato Grosso, Três Lagoas, Dourados, Eldorado e Ponta Porã. Os resultadosindicaram que o conhecimento sobre a doença está associado ao grau de escolaridade.A falta de conhecimento sobre diagnósticos diferenciais contribuipara que a frequência de notificação de suspeita seja baixa. Ficou evidenteo papel-chave que o veterinário particular pode ter em uma notificação desus peita, já que os pecuaristas e seus funcionários tendem a procurá-lo antesde chamar o serviço veterinário oficial. Os produtores rurais entendem que avigilância de febre aftosa é papel das autoridades públicas, não reconhecendoa sua própria importância como sensor do sistema. Em conclusão, o Sistemade Vigilância da Febre Aftosa deve aumentar a frequência de notificações desuspeitas de doenças vesiculares, melhorando a conscientização e participaçãode produtores, trabalhadores rurais e veterinários quanto à importância damanutenção níveis altos de alerta, aprimorando-se a compreensão do processode notificação e os registros das ações tomadas.Auxílio financeiro: CNPq.1Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,Instituto Central de Ciências, CP 4508CEP 70910-970, Brasília, DF, Brasil.2Mapa, SDA, DAS, Brasília, DF, Brasil.3Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo tecnia, SãoPaulo, SP, Brasil.4Iagro, Campo Grande, MS, Brasil.5SFA/MS, Campo Grande, MS, Brasil. 6 Propaga, Brasília, DF, Brasil.A coleta de sangue foi realizada no período de julho de 2010 a abril de 2011.As amostras de soro foram testadas quanto à presença da infecção pelos lentivírusde pequenos ruminantes, através da técnica de imunodifusão em gel deágar, utilizando-se o kit de diagnóstico para CAEV, com antígeno CAEV Cork,produzido na Embrapa Caprinos e Ovinos. Na mesorregião Metropolitana deFortaleza, 13,5% (24/178) dos caprinos avaliados apresentaram resultado positivopara CAE, sendo que 89% (8/9) das propriedades estavam infectadas. NoNorte Cearense, 11,25% (9/80) dos caprinos foram identificados como soropositivos.Nesse caso, 50% (2/4) das propriedades avaliadas estavam infectadas. Jánas mesorregiões do Noroeste e dos Sertões Cearenses, a prevalência da CAEfoi menor que 0,5% (1/218) e 0% (0/234), respectivamente. Nenhum dos ovinosavaliados neste estudo apresentou resultado positivo para maedi-visna. A mesorregiãometropolitana de Fortaleza e o Norte cearense são importantes baciasleiteiras do Estado. A alta ocorrência da CAE nessas mesorregiões pode serexplicada pela grande concentração de animais especializados para a produçãoleiteira e predo minância do sistema intensivo de criação. Diferentemente daCAE, o vírus da maedi-visna encontra-se menos disseminado no Brasil, provavelmentepelo tipo racial do rebanho envolvido no estudo (animais nativos,mestiços ou sem raça definida) e pelo sistema extensivo de criação prevalenteno Estado. Nesse sentido, fica explícita a necessidade de implantação de umprograma de controle das lentiviroses de pequenos ruminantes no País paracontrolar a disseminação do agente no rebanho nativo brasileiro.*Bolsista DTI do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Brasília, DF,Brasil.1Embrapa Caprinos e Ovinos, Estrada Sobral -Groaíras, km 4CEP 62010-970, Sobral, CE, Brasil.E-mail: selmo@cnpc.embrapa.br2Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, CE, Brasil.Inquérito sorológico da infecção pelos lentivírus depequenos ruminantes em rebanhos de caprinos e ovinosde quatro mesorregiões do Estado do Ceará, BrasilSerologic survey of small ruminants lentivirus in goat and sheep flocksregions of Ceará State, BrazilAlves, F.S.F. 1 ; Santiago; L.B. 1 ; Lima, A.M.C. 2 ; Farias, D.A. 1 *; Pinheiro,R.R. 1 ; Cavalcante, A.C.R. 1O Brasil possui um grande potencial de mercado para os produtos derivadosde caprinos e ovinos, apresentando condições favoráveis para a produçãode alimentos de alto valor biológico e pele de excelente qualidade. Apesar dadimensão territorial e das condições ambientais propícias ao desenvolvimentoda atividade, altos índices de mortalidade e morbidade têm sido observadosno rebanho brasileiro de pequenos ruminantes. Estudos epidemiológicos paraavaliação de riscos e impacto das enfermidades são limitados pela falta dedados relativos registrados nos criatórios de caprinos e ovinos do Brasil e pelodesco nhecimento da sua real situação zoossanitária. O objetivo deste estudofoi determinar a prevalência da artrite-encefalite caprina (CAE) e da maedivisnaem quatro mesorregiões do Estado do Ceará (região metropolitana deFortaleza, Norte, Noroeste e Sertões Cearenses). Foram coletadas amostras desangue de 710 caprinos e 840 ovinos pertencentes a 59 propriedades distribuídasem 17 municípios do Estado (Horizonte, Aquiraz, Caucaia, Eusébio, Pacajus,São Gonçalo do Amarante, Beberibe, Canindé, Santa Quitéria, Granja,Sobral, Parambu, Tauá, Independência, Quixadá, Quixeramobim e Banabuiú).Capacitação técnica de pesquisadores do InstitutoBiológico (IB) para o diagnóstico de larin gotraqueíteinfecciosa das aves (LTI)Technical training of a team of scientific researchers from InstitutoBiológico (IB) to perform the Infectious Laryngotracheitis (ILT)diagnosisSoares, N.M. 1 ; Buim, M.R. 1 ; Del Fava, C. 2 ; Ikuno, A.A. 2 ; Luciano, R.L. 3A capacitação de profissionais proporciona o conhecimento necessáriopara a padronização de procedimentos técnicos e científicos referentes aodiagnóstico de enfermidades, principalmente as doenças aviárias, já que oBrasil é grande produtor e exportador de produtos avícolas. O objetivo doprojeto, financiado pelo CNPq, foi promover a ca pacitação dos profissionaisdo Instituto Biológico (IB) para as técnicas de diagnóstico recomendadasoficialmente para LTI. Os treinamentos foram realizados no Laboratório NacionalAgropecuário (Lanagro) do Ministério da Agricultura e no Centro deReferência Internacional de Pesquisa e Diagnóstico das Doenças Aviárias daFaculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Geórgia. O diagnósticofoi implantado nos laboratórios do IB para auxiliar a execução das atividadesdo programa oficial de controle e erradicação da LTI na região de Bastos (SP) etambém para atender à demanda gerada pela necessidade das empresas de exploraçãocomercial de aves. Os técnicos foram treinados para execução de sorologia(ELISA e IDGA), histopatologia, PCR e isolamento viral. No Lanagro,40 mv&z c r m v s p . g o v . b r
I I e n d e s afoi realizado o treinamento para as análises de ELISA e imunodifusão, e emseguida quatro pesquisadores, foram treinados na Universidade da Georgia.Uma pesquisadora recebeu o treinamento para o diagnóstico anatomopatológico,que busca a identificação da inclusão viral eosinofílica no núcleo dascélulas epiteliais da mucosa conjuntiva e do trato respiratório, sendo essa lesãopatognomônica em aves enfermas no estágio inicial da doença (cinco a setedias após a infecção). Os trabalhos de biologia molecular foram executadossegundo o diagnóstico da LTI pela PCR convencional e em tempo real, tendoem vista que são provas rápidas, específicas e sensíveis. Toda a base teórica daPCR foi recordada e com as amostras de raspado de traqueia de aves enfermas,realizou-se um protocolo de extração de DNA, utilizando-se o kit QUIAGENe, em seguida, foi realizada uma reação de PCR em tempo real e uma de PCRconvencional, sendo comparada a sensibilidade analítica de ambas as técnicas.Com base nos resultados, concluiu-se que o protocolo da PCR convencionalpode ser aplicado com segurança no diagnóstico da LTI no Brasil, assim comoa PCR em tempo real. Para o isolamento viral, dois pesquisadores utilizarama cultura primária de células de rim de galinha SPF, de três semanas de idade,para observação do efeito citopático característico do vírus e ovos embrionadosde galinha SPF de 9-11 dias, inoculados por via membrana corioalantoide(MCA). Os ovos foram incubados e examinados diariamente, para observaçãodo espessamento e formação de lesões tipo pocks, na MCA.1Instituto Biológico, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do AgronegócioAvícola, Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de BastosAv. Gaspar Ricardo, 1700, CEP 17690-000, Bastos, SP, Brasil.E-mail: nilcemarias@gmail.com2Instituto Biológico, Cen tro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal,São Paulo, SP, Brasil.3Instituto Biológico, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do AgronegócioAvícola, Descalvado, SP, Brasil.e sequenciamento parcial do gene ICP4 (688 bp). Treze amostras de campoforam positivas no PCR (68,4%). Dessas, nove (69,2%) foram confirmadas pelahistopatologia. Adicionalmente, o DNA das 13 amostras de campo foi sequenciado,revelando uma deleção de nove nucleotídeos (nt) na posição 734-742e uma inserção de 12 nt (posição 271-283) na sequência viral. Esse perfil foidiferente das amostras disponíveis no GenBank (número de acesso EU104909)e das duas vacinas comerciais: CEO Nobilis-ILT/Intervet (número de acessoFJ477351) e TCO LTI-IVAX/Schering–Plough (número de acesso FJ477349). Aassociação da histopatologia e das análises moleculares foi importante para odiagnóstico agudo e crônico da LTI nos lotes estudados. O PCR foi altamentesensível na detecção do vírus da LTI, enquanto a histopatologia foi específicana identificação das lesões características desse agente. A estirpe viral encontradaem Guatapará foi geneticamente diferente das vacinas comerciais e outrasamostras de campo detectadas em outros surtos no Brasil. Esses resultadossão importantes ferramentas laboratoriais para o diagnóstico da LTI, servindocomo base para a adoção de medidas de controle por parte do programa oficialde sanidade avícola.*Suporte financeiro: CNPq (Processo Nº 578354/2008-0).1Instituto Biológico, Centro Avan çado de Pesquisa Tecnológica do AgronegócioAvícola, Rua Bezerra Paes, 2278, CEP 13690-000, Descalvado, SP, Brasil.E-mail: rluciano@biologico.sp.gov.br2Instituto Biológico, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do AgronegócioAvícola, Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Bastos, Bastos, SP, Brasil.3Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sani dade Animal,São Paulo, SP, Brasil.4Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal,São Paulo, SP, Brasil.5Comitê Estadual de Sanidade Avícola, São Paulo, SP, Brasil. 6 Coordenadoria deDefesa Agropecuária do Estado de São Paulo, Campinas, SP, Brasil.7Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,Departamento de Patologia, São Paulo, SP, Brasil.Detecção e caracterização do vírus de laringotraqueíteinfecciosa em um surto em aves de postura no Estado deSão Paulo, Brasil*Detection and characterization of infectious laryngotracheitis virus inan outbreak in laying hens from the state of São Paulo, BrazilLuciano, R.L. 1 ; Buim, M.R. 2 ; Del Fava, C. 3 ; Ikuno, A.A. 3 ; Harakava, R. 4 ;Ishizuka, M.M. 5 ; Buchala, F.G. 6 ; Ferreira, A.J.P. 7 ; Soares, N.M. 2Laringotraqueíte infecciosa das aves (LTI) é uma doença respiratória agudae altamente contagiosa, causada pelo Herpesviridae, Gallid herpesvirus 1. Essaenfermidade é responsável por um alto nível de mortalidade e redução na produtividade,em condições de campo. O objetivo deste trabalho foi descrevera caracterização molecular do vírus LTI, envolvido em um surto que ocorreuem aves de postura em Guatapará, Estado de São Paulo, Brasil. Em dezembrode 2009, ocorreu uma doença respiratória aguda, com a presença de mucohemorrágico na traqueia, no final do inverno e início da primavera de 2010, oqual foi reportado ao Serviço Estadual de Saúde Animal. Dezenove pools deamostras (três cabeças/pool) proveninentes de oito lotes com sintomas clínicose sus peita epidemiológica de LTI foram coletados. Essas amostras foramanalisadas por histopatologia e PCR convencional. De 19 lotes estudados, aanálise histopatológica revelou a presença de células sinciciais com corpúsculosde inclusão no epitélio traqueal em 57,9% (11/19) das amostras. A presençado vírus foi demonstrada por técnicas moleculares: PCR convencionalCaracterização de um modelo murino para avaliaçãoclínica e anatomopatológica de ca mundongosexperimentalmente infectados com o vírusda encefalite de Saint LouisCharacterization of a murine model for clinical and pathologicalevaluation of mice experimentally infected with the Saint Louisencephalitis virusCosta, E.A. 1 *; Rosa, R. 1 ; Oliveira, T.S. 2 ; Furtini, R. 2 ; Paixão, T.A. 3 ; Santos,R.L. 1 O recente isolamento do vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV) em umequino que apresentou sinais neurológicos no Estado de Minas Gerais objetivoua necessidade da caracterização in vivo desse arbovírus no País, visto seu amplopotencial epi dêmico e epizoótico. Estoques virais foram produzidos por inoculaçãodo homogeneizado do tecido cerebral do equino infectado pelo SLEV emcélulas de mosquito da linhagem C6/36. Sete grupos de seis camundongos suíçosneonatos foram infecta dos via intracerebral (ic) com o estoque viral a umaconcentração de 1.0 x 103 FFU C6/36/ 4 μL/camundongo. Os tecidos cerebraisdos animais que vieram a óbito ou que foram sacrificados sete dias pós-infecção(dpi) foram homogeneizados (pool), clarificados, filtrados e utilizados comoinóculo para o segundo grupo de camundongos (P2) e assim sucessivamentec r m v s p . g o v . b rmv&z41
- Page 1 and 2: mv&zCONSELHO REGIONAL DE MEDICINA V
- Page 3 and 4: E X L I B R I SC R M V - S Pc r m v
- Page 5 and 6: E D I T O R I A LColega,Fale conosc
- Page 9 and 10: g r a n d e s a n i m a i sMaterial
- Page 11 and 12: g r a n d e s a n i m a i sOs resul
- Page 13 and 14: g r a n d e s a n i m a i snostico
- Page 15 and 16: Pedro Vieira Borges Salgueiro 1 sal
- Page 17 and 18: h i g i e n e a l i m e n t a rquan
- Page 19 and 20: h i g i e n e a l i m e n t a rfaci
- Page 21 and 22: Flávia MoratoCássia Yumi IkutaFum
- Page 23 and 24: z o o n o s e santigo datado de 182
- Page 25 and 26: z o o n o s e sNa Austrália, o ví
- Page 27 and 28: z o o n o s e sos genótipos 2 e 3.
- Page 29 and 30: z o o n o s e s45. PATHINFO (Pathog
- Page 31: I I e n d e s aII ENDESAc r m v s p
- Page 36 and 37: I I e n d e s aque as proteínas pu
- Page 38 and 39: I I e n d e s aA Vaccinia bovina (V
- Page 42 and 43: I I e n d e s aaté a sétima passa
- Page 44 and 45: I I e n d e s a1Instituto “Evandr
- Page 46 and 47: I I e n d e s aequinos sensibilizad
- Page 48 and 49: I I e n d e s aA mastite é um entr
- Page 50 and 51: I I e n d e s anos animais vacinado
- Page 52 and 53: I I e n d e s acom menos de 30 fêm
- Page 54 and 55: I I e n d e s aCardoso, D. L. 1 ; V
- Page 56 and 57: I I e n d e s aMercury, lead, arsen
- Page 58 and 59: I I e n d e s afoi avaliar a presen
- Page 60 and 61: I I e n d e s adois pontos abaixo n
- Page 62 and 63: I I e n d e s aaquáticos. Tais est
- Page 64 and 65: I I e n d e s aE-mail: giovanacamil
- Page 66 and 67: I I e n d e s a1Empresa de Pesquisa
- Page 68 and 69: I I e n d e s aSpectrophotometric d
- Page 70 and 71: I I e n d e s apublicações detalh
- Page 72 and 73: I I e n d e s aa partir de modelos
- Page 74 and 75: I I e n d e s aVigilância da sanid
- Page 76 and 77: I I e n d e s asistema, essas respe
- Page 78 and 79: x i i c o n f e r ê n c i a78 mv&z
- Page 80 and 81: x i i c o n f e r ê n c i aMCCUE,
- Page 82 and 83: x i i c o n f e r ê n c i aFigura
- Page 84 and 85: x i i c o n f e r ê n c i aSMITH,
- Page 86 and 87: x i i c o n f e r ê n c i aprogram
- Page 88 and 89: x i i c o n f e r ê n c i aSMITH,
- Page 90 and 91:
x i i c o n f e r ê n c i apossive
- Page 92 and 93:
x i i c o n f e r ê n c i aapenas
- Page 94 and 95:
x i i c o n f e r ê n c i aMCCUE,
- Page 96 and 97:
x i i c o n f e r ê n c i aGrau Co
- Page 98 and 99:
x i i c o n f e r ê n c i adiscord