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Revista de Educação Continuada em Medicina ... - CRMV-SP

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x i i c o n f e r ê n c i aSMITH, R. K. W. Patofisiologia das Lesões Tendíneas e Ligamentares / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Journal of ContinuingEducation in Animal Science of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 9, n. 3 (2011), p. 88–93, 2011.Patofisiologia daslesões tendínease ligamentares 1Introdução – o impacto da doençaLesões tendíneas são comuns em todas asatividades atléticas, tanto em humanos comoem equinos. Estudos epidemiológicos abordandoa incidência de lesões ortopédicasequinas sofridas em pistas de corrida mostramapenas a “ponta do iceberg”, uma vezque grande parte das lesões tendíneas ocorredurante o treinamento e, muito raramente, nopasto. Um estudo ultrassonográfico de cavalosem treinamento (National Hunt) mostrou quequase um quarto (23%) dos animais apresentamsinais de patologia tendínea, com índices próximosde 50% em algumas cocheiras. Isso representaum ônus elevado para o setor equino,tanto do ponto de vista financeiro quanto doponto de vista de conscientização do público.Estrutura, função e fisiologia dotendão normalOs tendões, embora descritos como estruturasque transmitem as forças da musculaturapara o osso, podem ser classificados em 2 tiposgenéricos – tendões posturais rígidos (como ostendões da mão humana e o tendão extensordigital comum equino), que se enquadram na descriçãoclássica, e tendões de sustentação do peso, mais elásticos(como o tendão de Aquiles humano, o tendão flexor digitalsuperficial (TFDS) e o ligamento suspensório (LS)equinos). O TFDS (e o LS) não age apenas dando sustentaçãoà articulação metacarpofalangeana, mas tambémarmazenando energia para uma locomoção eficiente –ou seja, age como uma mola. A contração máxima domúsculo flexor digital superficial é de aproximadamente2 mm e sua principal função é a fixação da origem doTFDS, além da absorção de oscilações de alta frequênciapotencialmente nocivas.Os equinos não poderiam correr em velocidade tãoalta e por distâncias tão grandes sem a elasticidade tendínea.Infelizmente, essa função tem um preço, traduzidoem aplicação de cargas muito altas durante o galope(uma carga de 1 a 2 toneladas é aplicada sobre o TFDS,cuja espessura é de apenas 1 cm 2 ) e grande amplitude dealongamento, chegando a 16% (em laboratório, a rupturado TFDS ocorre sob alongamentos de 12 a 20%). Isso significaque o TFDS trabalha muito próximo do seu limitede tolerância, o que o predispõe a lesões.A composição e a organização da matriz tendíneadeterminam suas propriedades elásticas funcionaisideais, embora os fatores que promovem a formaçãodesse sistema de sintonia fina ainda não sejam bem1 Palestra apresentada na XII Conferência Anual da Associação Brasileira de Médicos Veterinários deEquídeos (Abraveq), realizada em 11 e 12 de junho de 2011 no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas (SP).88 mv&z c r m v s p . g o v . b r

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