x i i c o n f e r ê n c i adiscordando de um estudo grande realizado na Argentina,em que as taxas de recuperação de embriões forammaiores nas éguas com ovulações duplas bilaterais doque nas com ovulações duplas unilaterais (RIERA, 2006).A possibilidade de existência de um embrião no úteroapós uma tentativa negativa de lavagem deve ser considerada.Betteridge e colaboradores (BETTERIDGE et al.,1985) relataram a ocorrência de prenhez em 4 éguas dasquais nenhum embrião havia sido recuperado em lavadosuterinos realizados entre os dias 6,5 e 9,5 após a ovulação.McKinnon e colaboradores (MCKINNON et al., 1988)também diagnosticaram prenhez positiva em 9 de 27éguas, após a falha na tentativa de recuperação de embriões6,5 dias após a ovulação. Por este motivo, recomendasea administração de prostaglandinas após a conclusão doprocedimento de recuperação do embrião, a fim de provocara regressão do corpo lúteo, permitindo que a égua retorneao cio e garantindo que ela não mantenha a prenhezcaso o embrião não tenha sido recuperado.Em nossa clínica, quando o embrião não é recuperadoapós uma série inicial de lavagens uterinas, uma lavagemadicional é imediatamente realizada, e a instituição dessa“lavagem extra” aumentou muito nossa taxa geral de recuperaçãode embriões (MCCUE et al., 2003). Não sabemosse a recuperação do embrião durante a “lavagem extra” sedeve à ocitocina administrada, aos 3 minutos de dilataçãouterina com meio de lavagem ou simplesmente à repetiçãoda infusão e recuperação de fluido. Em nosso programa,não costumamos repetir a lavagem no dia seguinte a umatentativa negativa de recuperação, embora tenhamos realizadotal procedimento inúmeras vezes ao longo dos anos,em um esforço final desesperado de recuperar o embrião.Curiosamente, obtivemos resultados positivos em 9,7%dessas tentativas e observamos que o meio recuperadocostuma ser levemente turvo ou conter debris celulares.O percentual de lavagens positivas foi maior duranteas 4 primeiras lavagens da estação reprodutiva do que nastentativas subsequentes, o que pode ser devido ao fato dealgumas éguas no nosso programa serem consideradassubférteis, requerendo mais de um ciclo para que um embriãopossa ser recuperado. Entretanto, isso também poderefletir alterações da condição do útero após múltiplosciclos de inseminação e lavagem, conforme dados de umestudo prévio, em que éguas submetidas a ciclos repetidosde inseminação e coleta de embriões apresentam alteraçõesinflamatórias uterinas crônicas (CARNEVALE et al., 2005).Ovócitos não fertilizados (UFOs) costumam ficarretidos no oviduto, próximo à junção ampulo-ístmica(WEBER et al., 1991; BETTERIDGE , 1989; STEFFE-NHAGEN, 1972). Em geral, a recuperação de um UFOsó ocorre quando esse é transportado através da junçãoútero-tubárica junto com um embrião viável. Nos casosem que um UFO é recuperado isoladamente, recomendasea realização de uma lavagem adicional, na esperançade recuperar o embrião (MCCUE et al., 2009).Em síntese, as taxas de coleta de embriões foram maisaltas em éguas mais jovens e em éguas que não acumulamfluido no útero após a inseminação. O aumento da taxade ovulação foi associado a um aumento da recuperaçãode embriões, sem influência do local de ocorrência dasovulações múltiplas (unilaterais ou bilaterais). Lavagensadicionais realizadas imediatamente após uma tentativanegativa de recuperação, ou no dia seguinte, levaram àrecuperação de embriões.Referências1. McCue, P. M.; Squires, E. L.; Bruemmer, J. E. et al. Equine embryo transfer: techniques,trends and anecdotes. In: Proceedings Annual Conference of the Society forTheriogenology, 2001. p. 229-235.2. Squires, E. L.; Carnevale, E. M.; McCue, P. M. et al. Embryo technologies in the horse.In: Theriogenology, 2003. 59 . p. 151-170.3. Hinrichs, K. A simple technique that may improve the rate of embryo recovery onuterine flushing in mares. In: Theriogenology, 1990. 33 . p. 937-942.4. McCue, P. M.; Niswender, K. D.; Macon, K. A. Modification of the flush procedure toenhance embryo recovery. In: J Equine Vet Sci, 2003. 23 . p. 1-2.5. McCue, P. M.; DeLuca, C. A.; Ferris, R. A. et al. How to evaluate equine embryos. In:Proceedings, American Association of Equine Practitioners, 2009. 55 . p. 252-256.6. Weber, J. A.; Freeman, D. A.; Vanderwall, D. K. et al. Prostaglandin E 2secretion byoviductal transport-stage equine embryos. In: Biol Reprod, 1991. 45 . p. 540-543.7. Squires, E. L.; McKinnon, A. O.; Carnevale, E. M. et al. Reproductive characteristics ofspontaneous single and double ovulating mares and superovulated mares. J ReprodFertil, 1987. Suppl 35 . p. 399-403.8. Losinno, L.; Aguilar, J. J.; Lisa, H. Impact of multiple ovulations in a commercialequine embryo transfer programme. In: Proceedings 5 th International Symposiumon Equine Embryo Transfer, 2000. p. 81-83.9. Riera, F. L.; Roldán, J. E.; Hinrichs, K. Patterns of embryo recovery in mares withunilateral and bilateral double ovulations. In: Animal Reproduction Science, 2006.94 . p. 398-399.10. Betteridge, K. J.; Renard, A.; Goff, A. K. Uterine prostaglandin release relative toembryo collection, transfer procedures and maintenance of the corpus luteum. In:Equine Vet J, 1985. Suppl 3 . p. 25-33.11. McKinnon, A. O.; Squires, E. L.; Voss, J. L. et al. Equine embryo transfer. In: CompContin Ed Pract Vet, 1988. 10 . p. 343-355.12. McCue, P. M.; Niswender, K. D.; Macon, K. A. Modification of the flush procedure toenhance embryo recovery. In: J Equine Vet Sci, 2003. 23 . p. 1-2.13. Carnevale, E. M.; Beisner, A. E.; McCue, P. M. et al. Uterine changes associated withrepeated inseminations and embryo collections in mares. In: Proceedings AmericanAssociation of Equine Practitioners, 2005. 51. p. 202-203.14. Betteridge, K. J. The structure and function of the equine capsule in relation to embryomanipulation and transfer. In: Equine Vet J, 1989. Suppl 8. p. 92-100.15. Steffenhagen, W. P.; Pineda, M. H.; Ginther, O. J. Retention of unfertilized ova inuterine tubes of mares. In: Am J Vet Res, 1972. 33. p. 2391-2398.98 mv&z c r m v s p . g o v . b r
e v i s t a d e e d u c a ç ã o c o n t i n u a d aNormas parapublicação• As colaborações enviadas à Revista de Educação Continuada em MedicinaVeterinária e Zootecnia na forma de artigos, pesquisas, nota prévia,comentários, atualizações bibliográficas, relatos de casos, notícias e informaçõesde interesse para a classe médica veterinária e zootécnica devemser elaboradas utilizando softwares padrão ibm/pc, ou seja, textos em Wordfor dos ou Winword até versão 2007; gráficos em Winword, Power Pointou Excel até versão 2007, ou PageMaker 7; e ilustrações em CorelDraw atéversão X3 (verificando para que todas as letras sejam convertidas para curvas)ou Photoshop até versão CS4.• Revisão: Os artigos de revisão têm estrutura livre de acordo com os objetivosdo(s) autor(es) e da Revista. O artigo de revisão deve apresentaravaliações críticas sistematizadas da literatura sobre determinado assunto.De preferência, a estrutura deve contemplar o resumo, a introdução, osobjetivos, as fontes consultadas, os critérios adotados, a síntese dos dados,conclusões e comentários.• Artigo técnico: Contribuição destinada a divulgar o estado da arte e daciência em assuntos técnico-científicos que envolvem a medicina veterináriae zootecnia. Trata-se de abordagem contemplando informações como objetivo de educação continuada, uma vez que contribuições científicascom resultados de pesquisas originais devem ser publicadas em revistasespecializadas com corpo e perfil editorial específico. A estrutura é livre,devendo conter o resumo, a introdução, os objetivos do artigo e referências.• Relato de caso: Serão aceitos para publicação os relatos que atenderem osobjetivos da educação continuada nas áreas da medicina veterinária e dazootecnia. Estrutura: introdução, descrição do caso, discussão e conclusões,referências.• Ensaio: Estudos teóricos de determinados temas apresentados sob enfoquepróprio do(s) autor(es).• Com a finalidade de tornar mais ágil o processo de diagramação da revista,solicitamos aos colaboradores que digitem seus trabalhos em caixa alta ebaixa (letras maiúsculas e minúsculas), evitando títulos e/ou intertítulos totalmenteem letras maiúsculas. O tipo da fonte pode ser Times New Romanou similar, no tamanho 12.• Os gráficos, figuras e ilustrações devem fazer parte do corpo do texto e otamanho total do trabalho deve ficar entre seis e nove laudas (aproximadamentenove páginas em fonte TNR 12, com espaço duplo e margens 2,5 cm).No caso dos artigos de revisão, em casos excepcionais, o tamanho total dotrabalho poderá ser superior a nove páginas.• As referências bibliográficas devem obedecer às normas técnicas da abntnbr-6023e as citações, à nbr 10520, sistema autor-data.• Para a garantia da qualidade da impressão, são indispensáveis as fotografiase originais das ilustrações a traço. Imagens digitalizadas deverão ser enviadasmantendo-se a resolução dos arquivos em, no mínimo, 300 pontos porpolegada (300 dpi). Além de constarem no texto, as figuras e ilustraçõesdevem ser encaminhadas em arquivos separados, em seu tamanho original,seguindo a resolução solicitada.• O primeiro autor deverá fornecer seu endereço completo (rua, no, cep,cidade, Estado, país, telefone, fax e e-mail), o qual será o canal oficial paracorrespondência entre autores e leitores.• Os trabalhos deverão ser encaminhados exclusivamente on-line paracomunicacao@crmvsp.org.br.• Recebido o trabalho pela Redação, será enviada declaração de recebimentoao primeiro autor, no prazo de dez dias úteis. Caso isso não ocorra, entreem contato com a Assessoria de Comunicação do crmv-sp pelo telefone:(11) 5908 4772.• Arquivos que excederem a 1 MB deverão ser enviados zipados (WinZip ouWinRAR).• Será necessário que os colaboradores mantenham seus antivírus sempreatualizados.• As colaborações técnicas serão devidamente analisadas pelo Corpo Editorialda revista e, se aprovadas, será enviada ao primeiro autor declaração deaceite via e-mail.• As matérias serão publicadas conforme ordem cronológica de chegada àredação. Os autores serão comunicados sobre eventuais sugestões e recomendaçõesoferecidas pelos consultores.• Não serão remetidos trabalhos via fax.• As matérias enviadas para publicação não serão retribuídas financeiramenteaos autores, os quais continuarão de posse dos direitos autorais referentesàs mesmas. Parte ou resumo das matérias publicadas nesta revista,enviadas a outros periódicos, deverão assinalar obrigatoriamente a fonteoriginal.• Do trabalho, devem constar título em português e em inglês, nome completodo autor e co-autores, nome completo das instituições às quais pertencem,summary, resumo e palavras-chave.Dúvidascomunicacao@crmvsp.gov.brc r m v s p . g o v . b rmv&z99
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